César Maurício resgata a memória do rock mineiro na Stereoteca

04/7 · Belo Horizonte, MG
Nuno Birra. Direitos reservados.
Ex líder das bandas Virna Lisi e Radar Tantã comemora 20 anos de carreira
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Mi [de Camila] Cortielha · Belo Horizonte, MG
5/7/2007 · 65 · 3
 

Os 20 anos de carreira de César Maurício são um reflexo do que foi música alternativa em Belo Horizonte nas últimas décadas. O cantor e compositor fundou o Virna Lisi, considerado um dos grupos que mudaram a cara do rock brasileiro e mais tarde liderou o cultuado Radar Tantã. Atualmente, em carreira solo, César vai repassar toda essa história no projeto Stereoteca.

O SHOW
César Maurício vai apresentar antigas composições do Virna Lisi, Radar Tantã e novas músicas de sua autoria interpretadas por outros parceiros, entre eles Skank, Lô Borges, Squadra, Ira, além de músicas inéditas. No show do Stereoteca, o artista terá como convidado o músico Renato Vilaça, seu mais novo parceiro, e alguns integrantes do Virna Lisi.

Como César Maurício também é artista plástico, formado em cinema de animação, o espetáculo unirá diversas linguagens artísticas. Haverá um cenário eletrônico de sua autoria, utilizando vídeo, desenho animado, colagens e outras técnicas.

César Maurício
Fundador da banda Virna Lisi, cuja trajetória foi fundamental na história recente do rock nacional, César Maurício integrou a mesma cena de Chico Science, Mundo Livre, Raimundos e outros para mudar a cara da nova música brasileira, misturando ritmos regionais a guitarras distorcidas.

Precursor dessa fusão que depois se transformou em “moda” na música brasileira, o Virna Lisi gravou três CDs, tendo participado de mais de 10 coletâneas lançadas no Brasil e no exterior.

Após o fim do Virna Lisi, em 1997, César Maurício criou o Radar Tantã, que coleciona admiradores e prêmios por todo o país, principalmente pelos seus videoclipes em desenho animado, dirigidos pelo próprio César.

A história do vocalista César Maurício, agora em carreira solo, continua com a formação de novas parcerias com expoentes da música mineira, entre eles Lô Borges, Márcio Borges e Samuel Rosa, contribuindo para fortalecer cada vez mais seu nome no cenário artístico do estado e do país.

Renato Vilaça
Renato Vilaça é compositor, produtor musical, professor e pesquisador da área de produção fonográfica. Nos últimos anos tem se dedicado principalmente ao trabalho de produção de discos, trabalhando com Patrícia Ahmaral, Titane, Makely Ka, Dudu Nicácio, Estrela Leminsky e outros artistas.

Renato faz parte da nova geração de músicos influenciados pelo tropicalismo, rock e bossa nova. O disco “Somosom” será lançado em 2007 e é um mapeamento de todas as facetas do artista. Renato Vilaça volta ao palco do Stereoteca – já se apresentou na abertura com Makely Ka - acompanhando César Maurício em algumas canções, incluindo duas feitas em parceria entre eles.

onde fica
Teatro da Biblioteca Luiz de Bessa
Praça da Liberdade, 21
quando ir
04/7/2007, s 20:30h
quanto custa
Inteira: R$6,00
Meia-entrada para estudantes: R$ 3,00
(Ingressos vendidos no dia do show, na bilheteria.)
contato
Informações 3223.7331
www.stereoteca.com.br

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j. coelho larosa
 

O pior sintoma da síndrome de vira-latas é a pusilanimidade da omissão oportuna. Precursor dessa fusão, ‘’que depois se transformou em moda na música brasileira’’, foi o grupo carioca Picassos Falsos (1987). Sem dúvida, a supracitada banda mineira teve seus méritos na recorrência do batiquitum, todavia, ‘’dê a César o que é dele!’’

j. coelho larosa · Belo Horizonte, MG 7/4/2008 14:32
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F Furtado
 

Coelho não seja tão rápido na sua análise.
Antes dos Picassos a terra não era sem forma e vazia.
Lobão cantava com Elza Soares, o Obina Shok já estava na estrada, May East tinha o seu Tabaporã e o Selvagem (1986) dos Paralamas já era quase um clássico.
Isso só para falar da cena carioca na metade dos anos 80.
Está claro que o texto fala de um novo ciclo com a Geração 90.

F Furtado · Belo Horizonte, MG 5/2/2010 01:59
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j. coelho larosa
 

Caro Fernando, perdoe-me! mas ao trazer à baila o título de ‘’precursor, o episódio deixou de ser devidamente localizado. Tentando localizar, podemos recorrer ao final da década de 40, época em que Bola Sete e Waldir Calmon e Seus Roquetes já vinham experimentando diversas fusões do Rock com o Samba. Um pouco mais adiante, os Novos Baianos (Pepeu, Baby, Paulinho Boca de Cantor, Jorginho, Didi, Charles, Baixinho e Bola) misturavam futebol, samba, choro, rock, cachaça, LSD e soltavam uma precursora e monumental sonoridade.
É isso, concordo com a apreciação! antes dos Picassos, do soul-funk-rock-samba do Gueto, da cadência e clima intimista do Fellini, do japa Akira S & as Garotas, Obina, Júlio Barroso (neto do mineiro Ary Barroso) May East e ‘’Virna Lisi’’ a terra não era sem forma e vazia, não!
Sem nenhuma pitada de parcialidade e direcionamento, precursores podem ser incutidos! No entanto, pertencer ao rol de precursores não é tarefa simples.
Lembranças à nossa querida amiga e jornalista Bianca Alves!
Prosperidade ao Skank, man!

j. coelho larosa · Belo Horizonte, MG 11/3/2010 13:22
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