Surfistas mineiros do PROA pegam onda no projeto Stereoteca

O que acontece quando quatro amigos freqüentadores dA Obra formam uma banda com o modesto objetivo de se apresentar na casa que é legenda da noite underground belo-horizontina e do cenário independente nacional?

Para Daniel Saavedra (guitarra), Danilo Miranda (guitarra), Rodrigo Araújo (baixo) e Helbeth Trotta (bateria), aconteceu coisa demais. Dois anos depois de se organizarem como o P.R.O.A. (sigla para punk, rock, oldies e afins), eles vêm se dando bem. Além d'A Obra e de Belo Horizonte, eles têm conquistado excelentes críticas Brasil a fora.

O PROA pode ser apontado como um dos principais nomes da surf music tupiniquim. Prova maior é a numerosa lista de apresentações, shows e turnês por outros estados, além do destaque que tiveram no badalado Sétimo Primeiro Campeonato Mineiro de Surf 2007, o principal evento do gênero no país, organizado pela Reverb Brasil e que transforma Belo Horizonte na capital brasileira do surf. Parece inusitado porque por aqui não tem mar, mas é super bem organizado o negócio.

Inspirados em música, televisão e cinema, esses quatro “surfistas das Gerais� transformam trilhas de filmes, programas de TV, propagandas, desenhos animados e filmes em composições próprias. Fazendo um som instrumental descolado e de qualidade, o Proa agrega ao seu estilo um turbilhão de ritmos, timbres e ambiências. A raiz suja e roqueira do grupo é clara, mas abre espaço para pitadas de polca, funk, drum´n´bass, miami bass, jazz, bossa e new wave.

No show do Stereoteca, a mistura aumenta com a particição de Gabriel Guedes, importante nome do chorinho em Minas Gerais. Sobre a mistura de estilos tão distintos, o bateirista do PROA, Trotta, explica “Somos uma banda de música instrumental, então procuramos outro representante desse gênero, mas que fosse de um estilo totalmente diferente�, e não esconde a expectativa sobre onde isso vai dar: “Nem nós sabemos�.