colaborações publicadas
É galante e é primata,
Vem como um sedutor que aguça
Vem como o amor que fuça
Que enreda enquanto busca
E então, se derrama e mata.
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"O bairro das quatro letras
Até um rei conheceu
Onde tanto malandro viveu
Onde tanto valente morreu
Enquanto a cidade dorme
A Lapa fica acordada
Acalentando quem vive
De madrugada"- (A Lapa- de Herivelto Martins e Benedito Lacerda)
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Perebeiro da moléstia
Amancebado co’a encrenca
Dentuço de pôça boca
De tanta bunda num senta
Pai de menino traquina
Caraca suja na venta
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Uma alegria imensa e uma Grande honra eu tive ao receber este poeta tão importante como parceiro, pelo seu amor ao Brasil, suas pesquisas apuradas sobre nossa gente, é um privilégio escrever ao lado de quem se admira ! Axé Azuir, poeta tão querido cantando comigo o mestre Caymmi!!!
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Ô focinho de uma foca,
Troncho,banda de cambito
Brecheiro de repentista,
Tu é calo de punguista
É pulga em riba de paca,
Pintor de pinta de vaca
Acocorado das vistas
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Valei-me a pena preta da graúna
Valei-me de agourar a acauã*
Valei-me o toco forte baraúna
Valei-me a luz do cisco de Tupã
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Por fim virou dançarino
Fez um salão perto ao bar
Casou com a irmã do primo
Deixou de ser peregrino
E aprendeu a vender pato
Com o tio em Lumiar.
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Fala Mangueira!
Fala Domingueira!
Fala Saideira!
Fala Gente Brasileira!
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A MARVADA,
Derrubou a sucupira
O milho gordo morreu
As galinhas foram sem sorte
Os bodes ganharam a morte
Moço, esse jerimum é seu ?
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"Ele farta o rubor da rosa
Ele é prosa de grande euforia
Tão forte como a multidão ruidosa
Quando espera cantoria"
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Ó meu Deus tem compaixão!
Tora a ânsia deste cão!
Faz o homem ficar burro!
"E faz chover pão no sertão!"
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E se tornou um poeta
Amigo dos vagalumes
Desses que adornam viola
São Ãntimos de lua estrelada
E caminham sua estrada
Elegantes pelo mundo
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E quando o marido perguntou o porquê da correria, ela não titubeou- É o Formigão de dona Júlia fazendo vento, bem...! Ô menino danado aquele, parece filho de Ãndio!
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Assobiar, sabia como ninguém, pois treinara com as aves lá do seu agreste paraibano. Certo dia -me falou- seu trinado estava tão parecido com um trovão que a criançada corria anunciando a dádiva divina, o padre Rosário chegou a tocar o sino da igreja . Imaginem como é isso para uma gente que vive esperando a chuva todo momento...
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Por várias vezes questionou o seu modo calmo de ser, quando se dizia -quem cala consente- o avô lhe ensinava o contrário,avisava que quem cala tinha a calma suficiente para esperar a verdade chegar forte, no trotar das circunstancias
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Quando ele era Pascal,
Ela era Carmem Miranda
Ele fala em Schopenhauer
Ela, em Elvis e sua banda
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Meus sonhos são pernoitados
São feito cartas para Neruda
São como a Beauvoir sisuda
São Vargas Llosas apaixonados
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É Marcolino,pai...é Marcolino...veja o sinhô mesmo!!!
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Eu sou fino cantadô
Inté já botei nos livro
Custo a intendê como eu vivo
Se num houvera o xaxado...
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Apruma o cangote sem gemê pois é forte!!
Se não viu a morte...foi que se escondeu!!!
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Vou que lá tenho mantença
Meio de vida é o pé de palma
Cabo de enxada e calma
Que é pro cabra ter ciência
Pra plantar com paciência
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Pois já vai dar meio dia nos dentes do jacaré....
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Seu dotô meu bucho é rouco
O meu bolso sem dinheiro
Mas eu vivo os meu janeiro
De braço com meu baião
Seu dotõ o peito range
Esse calo sangra em mina...
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Quero deuses e licores mágicos
Com seus odores fugazes
Na lapela do poema
Onde há conversa sabida
E chá de macela colhida...
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A lucidez do poeta...
É jaguar manco do pulo bambo
É palavra que sai sem ter plano
Numa boca que engole um poema.
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Como cisco em olho de boi
Pôs-se um verso a andar no infinito
E um bendito sossego se foi
Convocar o luar mais bonito
Fêz ferrôlho em cada tramela
Trouxe flores à rima donzela...
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Teu olhar sombrinha de frevo
Põe curupira espreitando a roda
Por isso eu lanço a ciranda
Brindadndo o saci-pererê...
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Jaz na luz da noite
O candeeiro dos seus olhos
Fértil sobre mim
Ver o peso dos seus braços
Laço forte assim...
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Adoraria voar...
Ser abduzida nas asas,
Dum sabiá,
Ver as casas lá de cima,do mar...
Falar com Niterói
Cagarras...ver Paquetá...
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..O olhar de sabre que fita...
Quer o caqui sem a cica
Em metros de quietude...
Para cômpor um poema...
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O que inspira o poeta...
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Ai Deus meu,o homem bole com tudo na natureza..e pensa que pode ser sempre assim....
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Denguinho
Meu amor quando merenda
E vê um pé de sapucaia
Sonha que está me amando
Com a malÃcia duma arraia
Colhe a fruta mais linda
Que é pra me degustar
Traz-me o hálito fresco
Doce como abelha uruçu
Forte como pau de jatobá
Quando me trunca no peito
Tonto de ter convulsão,
É feito formiga no corpo
Sopro de asas de viração
Um punhado de destino
Não...
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