O artigo está fundado nas questões encontradas na monografia “Em cima da hora: uma etnografia da brincadeira do coco no Iguape (CE)†e procura compreender como é vivenciada uma prática cultural conhecida como “coco†pelas populações que habitam pequenas comunidades de pescadores no litoral cearense.
Grande parte dos folcloristas que estudaram o coco são unânimes em afirmar que não mais havia tal brincadeira no Estado do Ceará. O contraste entre essa afirmação e a existência de vários coquistas por todo Estado impulsionou um antigo desejo em pesquisar o coco e o universo sócio-cultural que envolve seus brincantes.
O coco pode ser encontrado, praticamente, em todo o litoral do nordeste brasileiro. Atribui-se sua origem aos tempos dos primeiros africanos no Brasil, nos meados do séc. XVI. O folclorista Edison Carneiro relata que muitos desses grupos de escravos se reuniam para tocar seus tambores, cantar e dançar em lembrança da “Mãe Ãfricaâ€. Daquelas “reuniões†surgiram brincadeiras como o jongo, o samba, o lundu, o coco etc., de acordo com as apropriações e sentidos dados pelos seus brincantes nas mais diferentes regiões onde são praticados.
A designação “coco†é algo que não se sabe quando passou a ser utilizada. Este estudo não pretende encontrar as origens de tal prática. Procura, antes, compreender como aquelas manifestações – praticadas nas senzalas, nos quilombos e nas aldeias – podem ter sido, de algum modo, incorporadas pelos grupos sociais que habitam atualmente o litoral do Estado do Ceará. E nesse processo histórico de “incorporação†busca verificar, também, as associações daquelas experiências com outras práticas vivenciadas pelas pessoas aqui estudadas.
Seu trabalho é fantástico, Ninno!
Fazer o resto do PaÃs conhecer as manifestações culturais de cada lugar, é tarefa nossa, que bebemos cultura.
Parabéns, bom cearense!
Benny.
Maravilhoso trabalho, foi um prazer
ter vindo, votado.
abçs.
Ninno, que maravilha de tema!
Sugiro apenas colocar a data. É bom saber que é um trabalho tão recente!
O Coco do Iguape está na primeira compilação Ceará Original Soundtrack.
Levamos os alemães da Popkomm para vê-lo lá mesmo, no Iguape, quando estiveram no Ceará vendo e ouvindo quanta música se faz no Estado.
Emocionante...
Votei e também estou divulgando no blog que eu e o Glauber Almeida criamos, para falarmos à distà ncia sobre as coisas daÃ.
Um beijo grande e tudo de bom!
Vixe!
O link certo para o blog é este: www.embaixadacearense.blogspot.com.
;)
Belo trabalho.
Sinceros parabéns e abraço fraterno.
Massa, Ninno!
O Coco do Iguape é sem explicação! Já fiz uma reportagem com eles! Clévia é ótima!
Olha só, estou fazendo um artigo sobre o Coco, mas com uma perspectiva antroplógica. Você indica alguns livros bons que falem sobre o Coco? Se você puder me ajudar, agradeço demais mesmo!
Outra coisa, você por acaso conhece Natal, de Tianguá?
Grande abraço!
Parabéns!
Companheiro Nino,muito bom seu texto,sem contar que você é um artista notável,fica com Deus camarada,e deixe-o comigo também,a propósito,visite meu site,um forte abraço.
como faço para deixar ao lado,minha foto?
é isso aÃ, ninnão!
gostei de ver, mas acho que esse espaço merece a continuidade de teu artigo.
considero o que você postou como um ... digamos, "prólogo".]
abraço
Olá Ninno, muito prazer, agradeço-te o convite e quero que saiba que acho o tema muito interessante.
Dia desses vendo uma reportagem a respeito de danças folclóricas do mundo, percebi que a maioria delas é muito parecida. No entanto, nosso Brasil, por ser enorme e riquÃssimo, há essa qualidade variada de jongo, samba, lundú, carimbó, maracatú e etc.. E se formos colocar todos aqui não vai ter espaço, não é?
Muito oportuno e esclarecedor o seu texto.
Um grande abraço
Olha, só... me cadastrei não muito tempo aqui no Overmundo, no intuito de também tentar divulgar essa questão de artes e costumes, muito intensos, porém, pouco valorizados na região do Cariri. Não divulguei nada ainda (rsrsrs) mas diante mão, lhe parabenizo pela sua divulgação e pelo seu texto, e fico contente em saber que várias outras pessoas se importam com tudo isso, com o nosso folclore. Que essa cultura permaneça e seja gritante nas futuras gerações! Logicamente o melhor do Coco é dançá-lo, né? Mas valeu muito o seu texto. Parabéns!
Felip Lemos · Juazeiro do Norte, CE 22/11/2007 16:01Para comentar é preciso estar logado no site. Faça primeiro seu login ou registre-se no Overmundo, e adicione seus comentários em seguida.
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