A culpa é dos dois lados!

A corrida eleitoral provoca nos cidadãos uma verdadeira confusão. Como escolher o candidato que mais inspira confiança, num cenário em que os representantes da população, que ficam em seus gabinetes com ar condicionado e funcionários à disposição, estão cada vez mais enfraquecidos perante a opinião pública? A própria propaganda eleitoral virou sinônimo de espaço “chato� na tv e rádio. O que se observa nas ruas, principalmente nas centrais das grandes cidades, é poluição visual produzida pelos cartazes e outros tipos de propaganda eleitoral. Sem contar sobre a sujeira provocada pelos santinhos e panfletos.
Por outro lado, numa forma hipócrita, o governo federal faz propagandas “engraçadinhas� na tv sobre o ato de votar numa eleição. A questão é como descobrir se aquele candidato é sério e realmente quer fazer algo de útil vestindo paletó e ganhando rios de dinheiro.
Os eleitores devem pesquisar sobre a vida política do candidato escolhido, mas falta motivação do próprio cidadão. Há uma questão cultural aí. O brasileiro é acomodado e não acredita que pode realmente fazer algo de útil votando em gente séria.
Vivemos em uma sociedade extremamente individualista onde o que interessa é o que “posso fazer para mim� e apenas isto. Não conseguimos pensar no outro, o conjunto da obra. Quem ouviu aquela frase “votarei em qualquer um, pois ninguém presta mesmo!�? A culpa da bagunça é parte dos políticos das câmaras e prefeituras e parte do cidadão.