A HISTÓRIA REAL DE UM ANJO

zegadis
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Antonio Brás Constante (Escritor maluco) · Canoas, RS
7/5/2008 · 124 · 10
 

A HISTÓRIA REAL DE UM ANJO
(Autor: Antonio Brás Constante)


Um anjo não é um ser mitológico com asas, mas é um ser de carne e osso que nos auxilia, ama, ampara, fazendo de nossa existência um lugar melhor para se viver. Este texto pretende falar sobre um desses anjos, uma mulher, que entre tantos nomes poderia se chamar de Ana, Maria, Tereza, Lecir, Edna, Regina, Solange, Érica, Madalena, Santina, mas que dispõe de um nome único, um nome que bem poderia ser realmente de um anjo.

Sua história começa no interior de um dos estados deste imenso País, mas precisamente na roça. Trabalho árduo que compartilhava com o resto de sua família. Ainda muito nova perdeu o pai. Família grande, de muitos irmãos e irmãs. O campo era seu pequeno mundo e o resto do universo uma incógnita.

Sua frágil figura de semblante sereno, ainda jovem foi desposada, iludida, tirada do seio de seu lar para viver o sonho das mulheres de sua mocidade, de poder se casar, quem sabe até partir para uma vida melhor. Triste ilusão, a inocência encontra a desilusão. O calvário do anjo começa. Quantos anjos já padeceram igualmente desta deprimente sina?

Na infelicidade do matrimonio sofreu desprezos, angústias, dores e desenganos, parindo seus filhos em meio a cruel abandono. Pela miséria passou, sem estudo, sem dinheiro, sem apoio. Uma de suas primeiras casinhas era pouco mais que um caixote. Quando chovia, colocava seu filho ainda bebê embaixo da mesa em um berço improvisado, pois as goteiras eram tantas que parecia não ter telhado. A mulher segurava sua outra criança, uma menina também pequena no colo, sobre a proteção de uma sombrinha velha, e ali ficavam até a chuva passar.

O mundo, agora gigante aterrorizante, bem que tentou minar suas forças. Ela apanhou tantas e tantas vezes da vida, mas mesmo assim seguiu em frente. Sem ter asas para voar, marcou seu destino com os próprios pés firmados no chão, forçando seu caminho de encontro ao futuro.

Catou quinquilharias que para outros era lixo, plantou, fez faxina, trabalhou como copeira, servente, costureira. Divorciou-se em um tempo em que ter a coragem de viver sozinha era algo mal visto e mal falado. Muitos dos amigos que pensava que tinha, viraram-lhe as costas por ela ter ousado este ato de liberdade.

Com muita luta esta mulher, meio anjo meio gente, conseguiu criar seus dois filhos, superando as dificuldades que eram lançadas diante de si. Hoje a menina que ela segurava nos braços em noites de temporal é gerente de banco, mãe e esposa dedicada, uma pessoa especial. E o bebê que era colocado embaixo da mesa para se proteger, também cresceu, virou pretenso escritor, e resolveu neste dia das mães contar um pouco da história desta mulher, sua mãe, seu anjo protetor. Um anjo de amor que poderia ter vários nomes, mas que para seus dois filhos se chama Valdira, ou simplesmente MÃE.

E-mail: abrasc@terra.com.br
Site: www.recantodasletras.com.br/autores/abrasc

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Sobre a obra

Um texto que tenta através de frases expressar um sentimento que dispensa qualquer palavra: o amor.

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Autoria
Antonio Brás Constante
Ficha técnica
Esta ficha técnia esta quardadinha em meu coração.
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Saramar
 

Confesso que chorei lendo esta sua história, ou melhor a história do anjo que o protege e que o fez ser o que é, em meio a todas as dores da vida.
Emocionante e bela, esta história é um exemplo de amor, força e dignidade.
Obrigada.

beijos

Saramar · Goiânia, GO 6/5/2008 16:20
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Tita Coelho
 

Antônio,
fazia tempo que não lia algo teu por aqui!!
fiquei emocionada lendo meu querido!!
um beijo

Tita Coelho · Porto Alegre, RS 7/5/2008 07:15
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Cherry Blossom
 

Uma linda e emocionante história.
Bendita seja, esse anjo mulher!
Beijos

Cherry Blossom · Dracena, SP 7/5/2008 19:05
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clara arruda
 

Saõ esses anjos que nos ajudam a passar por muitas fases.
te amo meu poeta.Publicado.

clara arruda · Rio de Janeiro, RJ 7/5/2008 19:18
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Antonio Brás Constante (Escritor maluco)
 

Obrigado meninas,
Um grande beijo em seus corações deste eterno aprendiz de escritor.
ABC

Antonio Brás Constante (Escritor maluco) · Canoas, RS 8/5/2008 05:58
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Nydia Bonetti
 

Um dos textos mais bonitos que já lí, sobre nossos eternos anjos-mães. Tenho ainda um anjo forte e corajoso, de cabelos branquinhos, que muitas vezes parece ser mais jovem do que eu, ainda a me ensinar lições e que caminha sempre ao meu lado...
beijo

Nydia Bonetti · Piracaia, SP 8/5/2008 13:06
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Isabela ramos
 

Simplesmente lindo e emocionante. Quem dera todos os filhos fizessem uma homenagem dessa as suas mães, num mundo de hoje em que os filhos não possuem tanto amor no coração por elas. Não tem como não chorar lendo esse texto, parabéns!.
Um grande abraço!
Isabela Ramos.

Isabela ramos · Teresina, PI 8/5/2008 19:43
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Livia Vianna
 

ótimo ... parabéns por palavras completas .....

Livia Vianna · Cuiabá, MT 8/5/2008 22:24
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Zingara RJ
 

ooi Antonio, cheguei até teu texto meio que por acaso, recebi um e mail falando de anjos e fui conferir essa historia dos cientistas... rsss... dai qd o google me apontou teu texto vim conferir e nossa! me emocionei e muito, de certa forma minha mãe que hoje está lá com os anjos tb foi lutadora como a tua, pelo texto, pela delicadeza e por tudo o mais.. li, votei e voltarei para te ler mais...

beijos no coração...

Zingara RJ · Rio de Janeiro, RJ 22/8/2008 08:29
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Tania Velázquez
 

Que bela homenagem, Antonio!
Apesar de todo sofrimento, sua mãe é uma vencedora e rendeu uma bela e emocionante crônica. Adorei!
Gosto de saber que existem mulheres que vão à luta, agarrando todas as oportunidades, com dignidade!

Tania Velázquez · Curitiba, PR 26/4/2009 04:04
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