ALMA
Às vezes
a nostalgia...
A alma
como se recordasse
outro espaço
outro tempo
outro estado.
A alma
quando ainda
nem nascemos
e vagava...
vagava com o vento
vagava nos coqueirais
vagava no tempo
tempos ancestrais
e a alma que hoje temos
não fosse mais
que uma pálida cópia
de outros dias
quando nos bate
a nostalgia
esse banzo
do Jamais.
Somos o infinito
de vez em quando revelado
nesses rasgos
da alma
nessas agonias
quando o espÃrito espreita
do lado de lá
e já
não lhe basta mais o dia
a monotonia
do seu estado atual.
Quer navegar!
Olá Júlio, adorei o teu poema!
"a nostalgia
esse banzo
do Jamais."
Penso que a alma recorda sim outros tempos. outros espaços...
E não falo baseado em nenhuma filosofia ou religião, mas falo por sentimento, por vivências e sensações de que em algum lugar ou momentos de outros ares estivemos... Esta mente, esta consciênscia, que à z vezes ñ parece nem nossa, Somos tão velhos, tão novos... um mix de quem somos ou seremos.
Boa tarde!
JulioCPerez Poeta.
Como Mestra Branca Pires diz.
..."a nostalgia esse banzo do Jamais."
Temos de urgente navegar para as imensidóes.
A Vida passa rápido e temos de encontrar o maravilhoso.
Temos de ver a luz que faz a vida valer a pena.
Náo podemos nos contentar com a mediocridade.
É vigiar e o Nazareno ao passar, seguir juntob pelas estrelas.
Espero estarestabelecendo com voce, uma amizade fraterna.
Voto na obra bacana e no autor Amigo.
Abração
Obrigado, amigos. Esse poema abre o meu livro Expresso Instante. Vou publicar alguns poemas desse livro aqui. É meu primeiro livro, o qual tem me dado muitas alegrias. Firmo-me como autor aos poucos. Ano que vem vou publicar o próximo.
Um abraço
Julio,
"esse banzo
do Jamais."
É algo muito, muito profundo. Remete ao que eu chamo de a mãe de todas as dores, a dor de não saber...
E eesa vontade que eu também sinto, eterna vontade de navegar, no meu caso de andar, como uma espécie de caminheiro, sem rumo certo, só conhecendo coisas novas mas ao mesmo tempo repetidas porque batem sempre na mesmice de nossa própria ausência...
Gostaria que você lê-sse uma poesia minha que fala sobre essa dor, aqui: http://www.overmundo.com.br/banco/a-mae-de-todas-as-dores
"Somos o infinito
de vez em quando revelado
nesses rasgos
da alma"
Júlio, sei bem deste sentimento... Saber-se eterno e mortal... A alma etérea, num corpo pesado. Ser humano e divino. Ser tudo e nada. Querer ir além... nestes rasgos da alma... querer navegar.
Bélissimo teu poema. Gosto de teu estilo. Limpo, claro e preciso.
Votado.
Um abraço.
Obrigado, Nydia, teu elogio me deixa ufano porque toca no ponto que tenho buscado esses anos todos. Falar sobre coisas, sobre fatos concretos, dar ao leitor referenciais para que ele não se sinta perdido na indefinição dos nossos sentimentos. Aprendi isso com Cabral de Mello Neto, o poeta da concretudo, da bala, da faca, do canavial, do vento no canavial, da cabra pastando ao largo do Mediterrâneo. Desde que o li descobri que também podia ser poeta e que era isso - sem ser tão cerebral quanto ele - o que eu queria fazer. Obrigado.
Grande Carlito, obrigado pela dica. Ela é tão elementar que chego até me envergonhar de não tê-la descoberto antes.
Um abraço
Naquele que habita a poesia vive o ser nostálgico. E ele o sabe ser como ninguém. Parabéns Julio. Me senti planando em memórias. Muito bom! Em verdade essa capacidade nos faz infinitos...
MakacoKósmico · Porto Velho, RO 13/11/2007 00:07
O Marcos, disse da alma que você disse. Eu lavei com calma as palmas que colhi das mãos do cerrado. Revi em revistas, a Salma, mulher Hayek lá do México que mexe comigo na carne entrando pelas janelas da alma. Depois li o seu poema de alma lavada e vi que ele é bom para a psique.
abço.
Lindo poema, de encher a alma!
Abçs de Betha.
Obrigado a todos. Graças a vocês consegui emplacar mais um.
Abraços
Marcos, gostei dos trocadilhos. Tem som, tem ritmo...dá vontade de cantar.
Que versos profundos, é realmente o retradto da nossa alma que sempre vai e vem. Meus sinceros aplausos e abraços, amigo Juliocperez.
Carlos Magno.
"uma pálida cópia
de outros dias
quando nos bate
a nostalgia
esse banzo
do Jamais."
ADOREI ISSO!!!!!
Obrigado. Voces me deixam lisonjeado, porém mais do que isso, estimulado a continuar.
Obrigado de verdade. Mas o importante mesmo é criar e na medida em que o estÃmulo de vocês me incentiva a continuar, é motivo de alegria para mim.
Um abraço a todos.
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