AS NOVAS FACES DA PAULICÉIA
( Lailton Araújo )
A tÃmida brisa da manhã à s vezes alegre, à s vezes apagada
Descontrai alguns corações apaixonados, outros magoados
E alguns pássaros invadem as águas paradas do parque...
É o Ibirapuera: indÃgena; voltei com a mala e a coragem
Paulicéia das mil caras, algumas éticas, outras - tão falsas
Tantas Estelas, tantas Marias, Josés, nomes e falas...
Que as rimas se perdem, como se perdem as crianças órfãs
E as palavras não soam, não existem declarações de afeto
Será que o amor sumiu? Será que a carência já é um fato?
Homens e mulheres enamorados na manhã fria de outono
Buscam o calor que foi dissipado, sem o toque dos corpos
Alguns parados, buscam meditação, outros... Nova paixão!
São meninas e meninos “ficantesâ€, malabaristas, humanos
Mirando as cores que anunciam mais um ciclo das estações
É Maio... Mais um ano: a vida continua nas transformações
Na “selva de pedraâ€, o Ibirapuera soa selvagem: é moderno!
Como é o “punkâ€, o “rap†e a “moda†das novas avenidas...
Desprovidas de visão, eretas nas velhas formas de â€Picassoâ€
Lailton,
me lembrou Mario de Andrade em Paulicéia Desvairada.São Paulo, cidade cosmopolita, coração do Brasil, pena uma ser uma verdadeira selva de pedra
Até mais!
Gostei muito, Lailton, dos teus versos sobre as novas faces da paulicéia!
Flores @>--
Lailton,
"e a vida continua nas transformações..."
Que beleza de texto. Visão fantástica sobre a Paulicéia.
abçs.
Nydia
LAILTON ARAÚJO · Amigo.
Trabalho muito legal.
Sáo paulo Querido tem tudo a ver.
Merece toda Votação
Parabéns e um Abração
Lailton,
Sem dúvida um texto fantástico.
Abração carinhoso. Meu voto sincero!
Amigo Lailton.
Uma nova aula sobre o coração que pulsa. São paulo, a cidade que tem alma, como pucas. Texto excelente.
Abraços
Noélio
Muito bom o texto, amigo.Sua capacidade de exposicao e belissima. Parabens amigo!
victorvapf · Belo Horizonte, MG 21/11/2007 07:04
Querido Lailton:
Muito linda tua descrição poética de uma transformação.
Beijos_meus*
*
RUMOS CULTURAIS... FALTAM BÚSSOLAS
( Lailton Araújo )
Os navegantes do “Oceano Atlântico†tentam descobrir o segredo das tempestades, calmarias, ondas, marés e águas navegáveis, neste lado continental. Talvez não conheçam a geografia destes mares. A nação da análise é Brasil ou Brazil?
Estando em qualquer porto seguro, as naus dos descendentes lusitanos, franceses, ingleses e holandeses, caminham na escrita em 2007. São textos, poemas, letras e rascunhos. As criações literárias são livres! Não podem ser vinculadas aos interesses comerciais dos anunciantes nacionais ou internacionais. Muito menos: multinacionais. Sem quaisquer dúvidas: esse pedaço de chão (cagado e cuspido) pode precisar de uma revolução meio “dente por dente (x) nota por nota (x) letra por letraâ€. Por aqui existem poetas, compositores, letristas, músicos, fotógrafos e outros aprendizes sérios. É a maioria! A outra parte - pode ou não - está usando o lema: "tenho que me arrumá, senão, perco meu barquinho!†Desculpem a sinceridade! O mar já não é de marinheiro de primeira viagem! Quem não lembra do refrão: “Marinheiro, marinheiro (Marinheiro só)... Quem te ensinou a nadar... Ou foi o tombo do navio... Ou foi o balanço do mar...†(Bi Ribeiro/João Barone).
Muitas obras culturais - da antiga “Terra de Santa Cruz†- são originais. Aquelas tão comuns, massificadas, com a assinatura da mediocridade - ajudam ou não - no nascimento natural de uma concepção artÃstica duvidosa, não crÃtica, que não recebeu crÃtica, e que jamais receberá crÃtica. Quem navega em tal mar poderá se afogar na monotonia; sonolento; em mar calmo. A viagem literária - à s vezes - é previsÃvel ou imprevisÃvel. Depende da condução do capitão e marujos da embarcação. Como escrever sem colocar palavras ovais e frases triangulares? Aqui é América do Sul. O Caribe fica lá em cima! Se existem léguas ou milhas marÃtimas é uma questão de história? Qual é a praia ou litoral? Eles são de fora... “Eu não sou daqui (Marinheiro só)... Eu não tenho amor (Marinheiro só)... Eu sou da Bahia (Marinheiro só)... De São Salvador (Marinheiro só)...†(Adaptação de Caetano Veloso).
Entende-se que o objetivo é a meta necessária. O subjetivo lembra a arte. Chocar um ovo pode ser arte? Depende da ave! Ave César! Ave de rapina! Ave-da-avenida! Ave Maria! Quebram-se as formas! Rompem-se os conceitos e preconceitos! Talvez, aconteçam mudanças! As formações culturais das elites brasileiras soam como afronta ao simples, verdadeiro e genuÃno. Será que os povos do Brasil sabem o que é cultura? Monteiro Lobato e Amacio Mazzaropi fazem falta!
Onde estão os artistas independentes? Será que não se afogaram nos patrocÃnios estatais do paÃs? As MTV's diárias concorrem com as linguagens das TV’s digitais abertas! E haja amor, chavões, carrões e algumas bundas com silicone! É cultura “cultâ€, curtida, malhada, de melodias fáceis, harmonias baratas e letras esculachadas. Os brasileiros e brasileiras sentem tesão por bumba! É normal! São formas de mÃdia, comunicação, música, literatura e sacanagem - sobrevivendo - no mercado do MP4! As gravadoras tornaram-se gravadores caseiros e que computam prejuÃzos. Os novos direitos autorais dos que criam, já não são garantidos. A internet mutilou a criação do autor? “É a vida, é bonita e é bonita...†(Gonzaguinha).
Abraços.
Lailton Araújo
Lailton: parabens pela face literária. Em tempo, tomo a liberdade de dizer que uma das faces da Paulicea vai também ao encontro da poética de Chico Canindé. A propósito estou com um texto em votação (De cuias e cocares) que trata da poesia dele. Abraços, Graça Graúna
graça grauna · Recife, PE 5/5/2008 08:22Para comentar é preciso estar logado no site. Faça primeiro seu login ou registre-se no Overmundo, e adicione seus comentários em seguida.
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