Uma declaração de amor para BrasÃlia e Cedric Price, travestido de comentário sobre as novas estrelas da arquitetura (Rem Koolhaas, Lars Spuybroek, Kaas Oosterhuis - não por acaso todos holandeses)
Hermano, ótimo texto (como sempre, aliás). Não lembrava da menção que Bowie faz em Outside (pra mim, um de seus melhores álbuns dos anos 90 pra cá) sobre a visão "through the eyes of thoe architects". Muito bacana.
Fábio Fernandes · São Paulo, SP 31/10/2006 08:19Arquitetura rizomática. ehehehe... Muito bom o txt.
Claudiocareca · Cuiabá, MT 31/10/2006 13:08
É. A arquitetura pode mesmo ser a melhor diversão...acho que a geração de Price e Archigram entendiam isso muito bem. Já entendiam em 1960 as vantagens de uma arquitetura despretensiosa, mutável e perecÃvel - uma afronta à vaidade dos "arquitetos geniais" e suas "obras de arte" tombáveis. Aberta à s modificações do usuário, sem nenhum um objetivo fatal. Era brincadeira, jogo.. Acho que me perderia feliz em uma cidade assim...
É Hermano... sobra arquitetura pós-moderna nos centros metropolitanos e falta urbanismo para as periferias, devidamente policiadas...
Marcelo Chagas · Santos, SP 22/2/2007 12:44
Hermano, arquitetos e planejadores sempre assumem ares de quase-deuses quando “desenham†a vida dos outros nos espaços que projetam. E quanto mais famosos e incensados são mais a própria sociedade os transforma em quase-deuses. Na verdade há uma conveniência ideológica ou mercadológica no endeusamento de arquitetos e planejadores. De fato, o que revitalizações urbanas em cidades como Bilbao, Barcelona Berlim e Buenos Aires (1) promoveram, além de toda badalação e a atração da atenção da mÃdia para si, foi o espetacular resultado econômico imobiliário, turÃstico e comercial dos seus emprendimentos urbanÃsticos e arquitetônicos. A assinatura de arquitetos do “star system†como Gehry, Koolhaas, Nouvel, Calatrava e outros conferem um retorno altamente lucrativo a estes investimentos urbanos, embora não se possa dizer, separando a obra arquitetônica do seu resultado capitalista, que estas não tenham valor em si. Algumas, de fato, cumprem o papel da arquitetura enquanto arte, que é o de criar a beleza, o inusitado, a emoção estética, o puro deleite. Mas, referenciado em Lefebvre, não se pode deixar de admitir que a arquitetura-espetáculo unida ao urbanismo de resultados, produzem uma interação quase perfeita entre consumismo e culturalismo, na qual a cidade-produto (mercadoria – valor de câmbio) encontra o seu melhor resultado na cidade-obra (monumento, arte, espetáculo- valor de uso). Dogmas ou modismos do passado, como o modernismo e o planejamento centralizador são substituÃdos por novos paradigmas do presente como o planejamento estratégico-participativo e a estética high tech e midiática mas o papel dos arquitetos e planejadores como artistas de reis mecenas (travestidos de grandes investidores urbanos) não mudou no decurso da história.
(1) – Por uma estranha coincidência não planejada o nome de todas estas cidades começam por “Bâ€
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