Assim é, se lhe parece I

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Vanessa Anacleto · Rio de Janeiro, RJ
26/9/2008 · 78 · 8
 

Antoine desembarcou no aeroporto do Galeão decidido a levar Tereza de volta a Paris. A namorada brasileira juntou suas coisas em menos de duas horas e conseguiu um vôo de volta para casa sem maiores explicações.
__Estou com saudades de casa e assustada com essa confusão na rua. Pensei que aqui fosse seguro mas não é , Antoine.

Perplexo, tentou dissuadir Tereza sem sucesso. Argumentos como o de que ela não deveria largar o trabalho em uma empresa de cosméticos como famaceutica , de que estavam próximos de realizar o sonho de comprarem juntos um apartamento nos arredores de Paris, de que eram felizes, Mon Dieu (!) não foram suficientes. Tereza beijou-o no rosto e partiu. Ele telefonou para a mãe da namorada no Brasil e ela também não entendia a decisão da filha em sair da França.
__Foi tudo muito repentino , Antoine, aconteceu alguma coisa?!

Não havia acontecido nada. Não que ele soubesse. E agora enquanto o taxi o levava para o Hotel , pela janela podia ver um grupo de policiais parando um automóvel e retirando rapazes a força , armados com fuzis. O que poderia ter assustado Tereza a ponto de voltar para um lugar como este?
Tomou um banho para se tormar mais apresentável após horas no avião e foi direto para a casa da mãe de Tereza. Optara pelo elemento surpresa . Eram 6 semanas de separação sem sequer falarem ao telefone e , segundo a sogra , ela já havia conseguido novo emprego no Rio. Se as coisas tivessem de ser desfeitas, teria de ser já.

Com seu excelente poder de convencimento adquirido em doze anos de trabalho como jornalista, Antoine conseguiu que o porteiro deixasse-o subir sem ser anunciado. Aguardou sem paciência o elevador que o levaria ao 11o. andar do edifício .

Desde que decidira vir atrás de Tereza não hesitou um só minuto. Mas naquele instante olhando para a porta branca e ouvindo a inconfundível risada da mulher amada , Antoine foi tomado pelo pânico e começou a suar frio. Não sabe o quanto durou sua estada ali , parado olhando para a porta do apartameno 1105. Não fosse Teresa abrir a porta para sair , por certo continuaria inerte por muito mais tempo.

continua...

Sobre a obra

Conto com ambientação no Rio de Janeiro, apresentado em quatro partes.

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Publicado no Fio de Ariadne
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Doroni Hilgenberg
 

Vanessa,
ótimo conto,
essa Tereza....
que venha logo próximo capítulo
bjssss

Doroni Hilgenberg · Manaus, AM 24/9/2008 11:07
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Gustavo Adonias
 

Vanessa,

Belo conto, de leitura leve, e como sempre prende a nossa atenção e ficamos querendo logo saber o que acontecerá na continuação...

Parabéns ! Vo(l)tarei.

Bjs poéticos

Gustavo Adonias · Salvador, BA 24/9/2008 18:06
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Marcos Pontes
 

Vamos esperar a segunda parte. a primeira já intrigou.

Marcos Pontes · Eunápolis, BA 24/9/2008 20:26
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Doroni Hilgenberg
 

Vanessa,
voltando e votando
bjssssss

Doroni Hilgenberg · Manaus, AM 25/9/2008 21:37
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Gustavo Adonias
 

Vanessa,

Vo(l)tando !

Bjs poéticos

Gustavo Adonias · Salvador, BA 25/9/2008 22:24
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Ailuj
 

Esperando o próximo
Beijos

Ailuj · Niterói, RJ 26/9/2008 03:01
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Marcos Pontes
 

Marcos Pontes · Eunápolis, BA 26/9/2008 09:51
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Helder Dutra
 

Nossa...logo te digo o que estou sentindo...

deixe-me ir atrás do próximo capitulo!

haha

Alegria, Força, Vitalidade e Luz

Helder Dutra · Rio de Janeiro, RJ 1/10/2008 17:20
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