Ave, poesia!

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André Teixeira · Aracaju, SE
26/8/2008 · 88 · 12
 

Ave, poesia!

por dentro, por fora, por sobre por baixo
entre-poesia,
voa poesia!

Ave-poesia
de penas feitas de sonho,
de carne feita de vento,
cimento feito de sangue quente,
vôo feito a alma da gente,
mesmo que enraizada na dura e fria
terra.

Voa ave-poesia!
com fogo nas asas
e sementes de Luz
para nascer mais Luz,
para acender faróis em noites
escuras e sem estrelas,
esquecidas no próprio peito,
cegando os olhos que buscam-nas fora,
procurando-as qual tesouros
no fundo do Mar
que cabe na superfície de nossa lágrima.

Enraizemos nosso sonho na nuvem,
plantemos as sementes de Luz no vento,
e o fogo,
- ah esse fogo ungüento! -
deixemos incendiar o Mundo todo
com a leveza abrasadora do nosso olhar.

Ave!
rara poesia,
de rapina ou da pajelança poesia,
e voa pra longe,
onde está nosso Ser,
distante e umbilicalmente ligado a nós.

Ave! poesia...

==

O.M. · 19/8/2008 09:55

Sobre a obra

escrita após ler comentário de Nina Araújo, em http://www.overmundo.com.br/banco/offlinemente-a-vida-corre-da-vida-escorrendo-em-inmedidas-atemporais

escrevi:
Nina Araújo, OBRIGADO por comentar... sem esse comentário esta poesia não teria nascido.

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Autoria
André Teixeira
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Doroni Hilgenberg
 

André,

Que maravilha!
Inspiração é isso!
De um comentário
surge uma Ave Poesia.
E como voa soberba e
cheia de luz.
Adorei!
bjsssss

Doroni Hilgenberg · Manaus, AM 23/8/2008 15:39
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nina araújo
 

Linda essa ave que nos convida aos vôos mais fascinantes dentro de nós André poeta amigo. E que inspiração de plantão é essa heim, que vem atender ao seu chamado!!! Maravilha! Que linda emoção! GRANDE abraço,como voce sempre diz, amigo!!!

nina araújo · Rio de Janeiro, RJ 23/8/2008 16:22
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Aglacy
 

Gosto da idéia de raízes fincadas nas nuvens e sementes de Luz brotadas do vento. Onde irão parar esses frutos? Onde não...?

Aglacy · Aracaju, SE 24/8/2008 15:57
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André Teixeira
 

de Aglacy:

Em dois momentos de seu poema, senti "ave poesia" como uma palavra só, um substantivo, que seria grafado assim:
1) Ave-poesia
de penas feitas de sonho,
2) Voa, ave-poesia!
Acrescentaria, além disso, uma ou outra vírgula, mas é caso de você reler; pode ser coisa apenas de minha leitura pessoal.


Acatadas as sugestões! Obrigado!!!

Quanto ao comentário... depois leio-o melhor... o dia-a-dia não me permitiu responder de pronto... até logo...

GRANDE abraço!!!

E obrigado a todas pelos comentários... , MUITO obrigado!!!

André Teixeira · Aracaju, SE 25/8/2008 08:19
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Frederico Rego
 

Muito interessante. Votei

Frederico Rego · Rio de Janeiro, RJ 25/8/2008 19:46
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delen
 

Belo trabalho , ficou perfeito. Votado.
Abraço...

delen · Cotia, SP 26/8/2008 01:48
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nina araújo
 

Belo e belo.Votado com muito gosto! Beojos poéticos,Nina.

nina araújo · Rio de Janeiro, RJ 26/8/2008 08:29
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Angélica T. Almstadter
 

ave Poesia!

Angélica T. Almstadter · Campinas, SP 26/8/2008 14:50
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André Teixeira
 

Ave vocês todos, a poesia que aqui nasce hoje em teus olhos te saúdam!!!

Ave pássaro-poesia, ave saudação... duplo foco, diverso sentir em olhares vários no mesmo ponto...

MUITO obrigado pela presença... renovam os ares desse meu fôlego cíclico fogo paradoxal... mata renovando caminhos trilhados de calor, chamas no céu, estrelas a arder no peito que grita mudo os dias todos de ontem na manhã dessa noite inflamada na tarde que termina.

GRANDE e afetuoso abraço em cada um(a)!!!

André Teixeira · Aracaju, SE 26/8/2008 17:14
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Denise A Souza
 

Lindo demais! Parabéns!

Denise A Souza · Guaratinguetá, SP 26/8/2008 17:18
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André Teixeira
 

Ei, pessoas, não resisti... verti mais uma poesia desse coração que tem quatro cotovelos que falam e falam e falam...

===========

Onde irão parar os frutos das sementes de Luz plantadas no vento?

Os frutos das sementes de Luz
plantadas no vento
não irão parar...

se estenderão pelas sombras
que caem à tarde no ritmo das marés,
e afogarão o nó que teima em apertar gargantas.

A Luz que quase não cabia na semente-poesia
coube. Sem fórceps: ‘com licença, por favor, obrigado...’
e foi ser novo dia, nova vida, melodias em fôlegos vários,
novo Ar, velho sopro.

Cíclicismos do paradoxal fogo
a matar renovando caminhos trilhados de calor,
chamas do céu, estrelas a arder no peito que grita mudo os dias todos de ontem na manhã dessa noite inflamada
na tarde infinda,... de hoje? Sei lá... parece a mesma de sempre
em antiga prece para uma nova fé...
acredito no agora pois o ontem é fato
consumido.

Onde irão parar os frutos das sementes de Luz plantadas no vento?
Sei não... é um cisco no olho do furacão.
planto mais uma dúvida pois de certezas que levam a lugar algum
já está cheia essa e outras duzentas e tantas
poesias.

==================

MUITO obrigado!!!

André Teixeira · Aracaju, SE 26/8/2008 17:38
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O NOVO POETA.(W.Marques).
 

bela poesia, parabéns.votado.

O NOVO POETA.(W.Marques). · Franca, SP 26/8/2008 18:53
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