_...E eu não sei por que isso acontece. Soubesse, bem provável que não estivesse aqui. Mas, a verdade é o que eu estou te dizendo:
Tudo começa com observar a vÃtima. Eles são todos iguais, com poucas variações. Todo mundo sabe que casamento é enfadonho. Poucos, muito poucos não cairam na rotina, naquelazinha semanal e olhe só, sem sal nem tempero.
Eu observo bem a vÃtima e procuro saber quanto tempero anda faltando. Homem, de um modo geral, já quer variar mesmo quando as coisas vão bem e quando não vão nem pensam duas vezes. Nessas horas apareço linda e loira, cheia de novidades.
Os sozinhos, abandonados, carentes não me atraem. Ando cheia desse papo de homem carente que fica procurando a mulher ideal, a princesa encantada. Quando acharem a florzinha que procuram, juntarem os trapos e ela perder a motivação com sorte encontrarão comigo.
Meu barato são os amarradÃssimos, mortos de medo da perda de segurança em seus lares, suas vidas medianas, seus fins de semana na praia com as crianças, seus almoços de famÃlia. Comigo, além de uma brisa em seus sótãos empoeirados encontram alguém que não quer mais que diversão.
Não quero que ninguém se separe por mim, não sonho virar a segunda versão da oficial. Quem faz uma vez , faz muitas outras. Eles não perdem nunca o hábito. E não seria por mim. Não tenho a ilusão de imaginar que seja uma mulher tão especial assim. Minha diferença reside no fato de ter optado por ser sujeito e não objeto apesar de parecer o contrário.
Depois que eu observo bem a 'vÃtima' sou capaz de fazer a abordagem correta , a conversa flui sempre bem e eles nunca percebem que estão sendo fisgados, vão para casa felizes acreditando que são grandes conquistadores.
E enquanto a emoção e a novidade dura , eu me divirto e os faço divertir. Tenho certeza que em casa as coisas melhoram também. Faço o bem e todo mundo fica feliz . Terminada a graça da brincadeira , passo um batom e parto pra outra...
Bem, é isso. Então, o que o senhor acha?
__Seu tempo acabou, continuamos na próxima semana.
Meu barato são os amarradÃssimos, mortos de medo da perda de segurança em seus lares, suas vidas medianas, seus fins de semana na praia com as crianças, seus almoços de famÃlia. Comigo, além de uma brisa em seus sótãos empoeirados encontram alguém que não quer mais que diversão.
Este conto foi originalmente intutulado "'divã". Mas a escolha foi infeliz pois tira a surpresa da mensagem final. Não consigo achar nenhum melhor então convido os amigos a ajudarem.
abraço e obrigada
Ggostei da mulher brisa. Ela passa e e diverte os homens que desvaloriza. Conflito muito bem narrado Vanessa. um beijo.
Compulsão Diária · São Paulo, SP 19/9/2008 13:11
Uau !...Viuva Negra da psiqué dos medrosos e ajustados !...rsrs
O tÃtulo ?...sujestão : Mata Hari sem os códigos !...rsr
Bárbaro, Vanessa !
beijo, volto pra votar...
Joe
ops !...em sujestão, leia-se SUGESTÃO !...esse meu teclado, viu ! ( rsrs...)
joe_brazuca · São Paulo, SP 19/9/2008 13:47Essas vÃtimas do medo são pura adrenalina. Vivem sonhando com o insólito e são sempre vÃtimas. Adoro mulhres que usam a inteligência com profundidade, não ferem e não são feridas. Apenas a emoção perneada com a estratégia do observador. Uma tremenda X 9 de alcova! Beleza minha cara overmina! Sou um escravo realizado!
raphaelreys · Montes Claros, MG 19/9/2008 13:57Cavucou o orgulho masculino e desvendou seu espÃrito promÃscuo e insatisfeito. Mais um grande texto.
Marcos Pontes · Eunápolis, BA 19/9/2008 16:43
Relatos do Odvan! ..hehe
ficou legal assim sem tÃtulo
meio q chega curioso, (se assusta), e depois dá risada
tudo isso!
mina prolÃfica árvore recheada de idéias sô!
Vanessa,
esse conto bem que poderia ter como tÃtulo
"Perdas e danos", o mesmo do romance irlandês
de Josephine Hart, que depois virou filme.
Eis a sinopse da Livraria Cultura:
"A narrativa de Josephine Hart explora o caso de amor compulsivo entre um médico bem-sucedido, de promissora carreira polÃtica, casado com uma bela mulher, e a noiva do seu filho mais velho, Martyn. Atraente e misteriosa, Anna Barton desperta uma paixão doentia no pai de Martyn. A obsessão irá transformar, o que inicialmente era uma relação proibida, em algo destrutivo e de conseqüências irreversÃveis."
Seu conto é no mÃnimo um relato realista e enigmático ao mesmo tempo. Paradoxal, portanto.
Bj
Voce e o tempero do amor, poe pimenta que a coisa melhora...Que tal o titulo de" Pimenta Malagueta", beijos
victorvapf · Belo Horizonte, MG 19/9/2008 18:58
Agradeço os comentários, malvada a minha personagem, não?
Estou anotando as sugestões e batizo o texto antes de mandar pra votação.
Juscelino Eu vi esse " Perdas e danos", mas faz tto tempo que não lembro mais da trama exatamente. Pegarei na locadora outra vez. É de 1992, perÃodo jurássico :-).
abraço em todos
Caro Juscelino! Bem lembrado a semelhança com Perdas e Danos de Josephine Hart! Beleza pelo realista e enigmático. É o nucleo de um romance com gosto de psicanálise freudiana. Os deuses no Olimpo vão adorar!
raphaelreys · Montes Claros, MG 20/9/2008 07:19
Vanessa,
Que conto!
Vc expõe a realidade em seu texto
Ta correto "Perdas & Danos" porque qd a esposa descobre ( se tem amor próprio) o felizardo? ganha um chute no trazeiro. AÃ, o arrependimento pode ser grande mas a perda já é total.
Amar não justifica falta de respeito.
bjsssssss
Como não sei se volto á net antes de segunda , coloquei um tÃtulo que , espero, deve servir.
abraço e obrigada sinceramente pela visita.
taÃ, cafifo acertou uma cesta votacional de 3 pontos pra tu vá!
uhu!
e o tÃtulo ficou bunito - o único porém é q fui correndo achando que era outro texto teu, desenrolando o fio de ariadne!
bjão!
o tÃtulo escolhido é massa !...deusa dos "tesões aprisionados"...
votado, Vanessa !
abs
Excelente texto, os homens sempre se julgam os bons, os certos, mas são inseguros e caem em armadilhas tão tolas que até criança percebe...muitos são vÃtimas do ppria escolha...Muito bom mesmo.happy
Cintia Thome · São Paulo, SP 21/9/2008 17:16Retornando para votar em "perdas e danos". Bjs.
Juscelino Mendes · Campinas, SP 21/9/2008 22:08
Querida,esse tÃtulo ficou perfeito
beijos e publicado com louvor
Tudo perfeito em seu belo conto.
Em atraso deixo mesus votos e carinho.
Muito bom,Vanessa!!
Estou adorando te ler!!
Eis o jogo da sedução....quem é a caça...e o caçador?...
Os homens sempre pensam ser caçadores...mas se esquecem que esse é um jogo bastante perigoso....e que as mulheres não são mais objetos...meros brinquedinhos de luxo...; elas descobriram que também podem brincar de vez em quando...,mesmo que pra sociedade machista isso continue sendo visto como vulgaridade...;
pra elas é um grito de libertação...revolução de costumes...
Adorei seu conto!!
beijinhos azuis
Blue
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