Minha querida cidade
Estás bela
Coberta de lixo
Nos teus becos.
Minha bela cidade
Estás limpa
Degustada de monstros
Nas tuas vielas.
Minha limpa cidade
Estás encanada
De esgotos abertos
Nas tuas ruelas.
Minha encanada cidade
Estás doente
De falta de saúde
Nas tuas avenidas.
Minha doente cidade
Estás abandonada
Por este habitante
Que foi embora
Em busca de vida
Extra-asfalto!
Cristiano Melo, 07 de Julho de 2008.
Minha encanada cidade
Estás doente
De falta de saúde
Nas tuas avenidas.
Coitada das nossas cidades, tão doente de nós!
E nós doentes de excesso de cidade. Parabéns, volto pra votar.
Adorei a reflexão poética, Cristiano.
Qual a cidade que você vive?
Agora tente responder, qual é a cidade que você vê?
Que espaços urbanos ela tem e de que maneira as pessoas os utilizam e se relacionam neles?
Estas perguntas foram feitas, olhe só a coincidência, por um grupo de quatro jovens de Fortaleza para "instigar a discussão" e dar o pontapé inicial sobre uma série de questionamentos sobre Fortaleza. O Coletivo Interatividade (CE) . Em Fortaleza vc responderia a partir de seu olhar de filho da terra.
Aqui, Cristiano, seu olhar de estrangeiro vê melhor BrasÃlia, porque não é tão viciado!
Parabéns
A cidade a que refere-se é Brasilia Cris?
Eu acho que tem um sentido não sei se estou certa mas falas de valores morais ?!
Minha bela cidade
Estás limpa
Degustada de monstros
Nas tuas vielas."
Momento para reflexão...
Fantástico teu trabalho como sempre Cris Poetissimo!!!
Beijo no coração
Pois é Cris, a minha cidade e as nossas cidades estão assim, apesar de tentarem mascará-las...
Mas onde foi tal "habitante 'extra-asfalto'?!
beijão, espero que volte a tempo...
Cristiano,
Seu poema dá margem a tantas reflexões sobre as nossas cidades ou as que habitamos. Há tantas mazelas, explicÃtas ou sub-reptÃcias, doenças do 'corpo' e da 'alma', em todas elas... e nós continuamos em uma alienação, um entorpecimento, uma falta de capacidade crÃtica que desespera.
Abs,
Angélica,
gostei de seu comentário que estamos doentes de cidades...rs
Muito obrigado pela leitura e comentário.
beijos
CD,
Muito inteligente a pergunta que fazes:
"qual é a cidade que você vê?"
Assim se pode ter uma percepção crÃtica sobre o meio urbano ou não em que resides.
Sobre morar em BrasÃlia, me considero mundano, do mundo, então o poema foi escrito sem ser inspirado em BrasÃlia necessariamente, mas nos espaços urbanos de maneira em geral.
O pessoal do Ceará, como eu, gosta de uma reflexãozinha, hein? Boa informação que trazes sobre o trabalho realizado lá, quem sabe escrever sobre o tema? É uma idéia, que aliás você têm muito, idéias...rs
Muito obrigado pelo incentivo
beijos
Celina, minha querida poetisa da paixão,
O poema foi escrito numa perspectiva generalizada, assim BrasÃlia pode ser enquadrada também, mas não foi objeto de inspiração.
Com relação à sua interpretação sobre valores morais, acho que pode ser, como também pode não ser....rs
Muito obrigado pelo carinho
beijos
Querida Branca,
É um alerta sobre as cidades mesmo, que elas podem ser saudáveis, sim podem, existe uma série de autores que lidam com o tema, tendo como fontes de estudo diversas metrópoles pelo planeta e em particular aqui no Brasil, um dos temas de discussão no SUS (Sistema Único de Saúde) brasileiro.
Não eu não saÃ....rs Continuo aqui.
Obrigado sempre
beijos
Grande MarcÃlio,
boa interpretação e comentário. Desde raskolnikov em Crime e castigo do Dostoievski, questiono-me sobre o espaço urbano, de como ele afeta, junto a maneira de reproduzir os meios de produção e consumo de nossa sociedade, afetam nossa maneira de ser/viver, trazendo maior facilidade ou dificuldade em ser saudável.
Muito obrigado pela leitura e incentivo
abraços
Fiquei me perguntando se falavas da nossa Fortaleza ou da tua BrasÃlia. Cheguei à conclusão que não importava, a média das cidades brasileiras caberiam nesse poema.
Marcos Pontes · Eunápolis, BA 20/7/2008 12:10
Isso mesmo Marcos,
Muito obrigado pela observação.
abraços
Grande Cris-Cris!
Como estamos sintonizados,meu querido!
Também devo postar hoje à noite um poema falando sobre a vida urbana...
Muito bacana su reflexão poética...um retrato de quase todas as cidades...com descaso do governo e a falta de educação dos seus habitantes...
Ainda bato na tecla que a educação é a base de tudo...Enquanto formos um paÃs que não investe em educação esse quadro de abandono total não mudará....
Parabéns,querido!!Importante chamado à reflexão.
Beijinhos azuiszencheiosdebrisavespertina...
Blue-Blue
FELIZ DIA DO AMIGOOOOOO,CRIS-CRISSSSS!!
Obrigada por sua amizade tão linda e gostosaaaaaa!!
beijinhos azuis...infinitos...
Blue-Blue, minha querida,
Futura mergulhadora em águas profundas do mar, mergulhadora do profundo das letras, não tenho palavras para lhe agradecer o carinho e o comentário sempre certeiro e inteligente. Feliz dia do amigo hoje e sempre!
E quero ler seu escrito sobre a vida urbana.
beijos yellowsalmostwarmfromcerrado
Cris-Cris
Cris meu menino poeta e anjo como diz ilia
estou chegando amanhã,mas dessa degustação eu não provo,já morei ai numa época repressiva lembra? Claro que não vc era só um menino.
Agora meu filho,espera....
Tiro comendo aqui na minha cidade.Já volto vou tentar fechar minha janela blindada rsrsrs
Pronto,janela fechada e eu volto para dizer que bela reflexão.
Não estarei aqui para os votos,mas na volta deixo lá no banco depositado meu imenso carinho e orgulho por ti.beijos em seu belo coração.
Bela reflexão Cris!
E vou ainda te dizer que nem mesmo as encantadoras e bucólicas cidades do interior escaparam de tantas doenças. Há duas novidades assustadoras pelo menos por aqui. Os presÃdios e a poluição do ar gerada pelas grandes usinas. Moro no centro e nessa época de seca o ar fica difÃcil de ser respirado por causa das queimadas da cana. Logo mais pra frente sentiremos um terrÃvel cheiro gerado pela fermentação do resÃduo. E assim quem tem boas e lindas recordações que as guarde para sempre, por que a realidade assusta!
Beijinhos
Olá, Cristiano
Muito boa e pertinente a sua reflexão. As cidades são palcos para as suas belezas, mas também para as suas mazelas. Atualmente, o descaso das autoridades e dos próprios habitantes das cidades, as tornam caóticas, com serviços básicos muitas vezes precários e insuficientes, a violência reinando, a educação e saúde entregue às moscas. Triste retrato real.
Parabéns ! Vo(l)tarei.
Abraços poéticos
onde eu acho a felicidade nesta infeliz-cidade?
Grande poema...
Um abraço
como achar a felicidade nesta infeliz-cidade?
Grande poema...
Um abraço
Clara,
o tiro come, a gente se sacode e vai levando...argh!
Que seu dia seja produtivo e que tudo saia bem
beijo e obrigado
Cherry,
que pena, mas temos de ter esperança e fazer a nossa parte com sensibilidade crÃtica e criatividade.
Muito obrigado e beijo
Caro Gustavo,
descaso de todos, mas é muito difÃcil ser saudável, mesmo em locais menores, como a Cherry lembrou. Só temos de continuar com criatividade e buscar alternativas que melhorem esta condição.
Muito obrigado
abraços
EG, a felizCIDADE está em cada um de nós e não é escrito de "auto-ajuda", por meio de reflexões crÃticas podemos buscá-la no nosso cotidiano e criar algo mais saudável.
Obrigado
abraços
eu não vou pra esta cidade, vai que eu não encontre a felicidade,rsrsrsrs,gostei muito depois eu volto.
O NOVO POETA.(W.Marques). · Franca, SP 21/7/2008 16:48meu voto, abraços.
O NOVO POETA.(W.Marques). · Franca, SP 21/7/2008 19:34
Votado com carinho,Cris-Crissss...
abraços e beijinhos sem ter fim... azuisss...rs
Blue-Blueeeeeeeeee
WM, Cherry e Blue-Blue, muito obrigado pelo incentivo
abraços e beijos
De volta meu querido, para os votos.
beijos
Quando os objetos de uso quotidiano e o ambiente em que vivemos forem obras de Arte, poderemos dizer que alcançamos por fim, um equilÃbrio vital. (Do Livro A Arte como OfÃcio).
***** ******
São os desafios da humanidade. Será que um dia o homem fará da Terra um ParaÃso?
Saúde e cheiro de capim verde!
rtis,
Este são problemas gerais.
As cidades e os seus habitantes.
Tenho dois poemas aqui publicados sobre cidades:
1- Cidade Grande
2- Cidade Bela
De uma forma ou de outra se entrelaçam.
Beijos e votos,
Regina
Olá, Cristiano
Cá estou novamente, relendo o seu belo poema e deixando o meu voto.
Abraços poéticos
Cris, parceiro.
Um dia pensei Como Parece bom ser Cidade. Apenas um devaneio, fruto de uma grande saudade. Todavia, amigo, tuas palavras me levam para o interior do homem, perdido, abandonado, e vejos nas suas artérias o silêncio e abandono da vida. Nossas artérias são nossas ruas, nosso coração a cidade, nossos olhos as janelas que dão para o nada.
talvez, Cristiano, fosse bom ser cidade por um dia só. Eu já fui e não gostei.
Abraços
Noélio
Cidades semi-mortas ...
ab
Cristiano você partiu de uma visão nada comum, muitos tentariam mostrar o lado limpo e mais sublime da cidade, seja ela qual for. Sua visão realista de uma cicade descreve muito bem o degaste das cidades, seu poema embora escrito tendo com base a sua cidade, esta diretamente relacionado com o cotidiano de cada leitor em sua respectiva cidade. Muito bom mesmo, apreciado.
Abraço
Branca minha querida,
obrigado sempre
beijo
Nobre irmão JB,
a esperança de alguns deve inspirar aos outros, tomara!!!!
E a arte como matéria reflexiva e transformadora...
Muito obrigado
abraços
Nobre poetisa Regina,
muito me alegra conhecer seus poemas, todos, e, como convidas sobre o tema, irei com certeza lê-los. Se já não o fiz.
um beijo de agradecimento
Caro Gustavo,
muito obrigado pelo incentivo e leitura
abraços
Caro Noélio,
Teu devaneio é muito salutar, deverÃamos treinar mais dessa maneira que fizeste.
Muito obrigado pelo comentário e experiência.
abraços
Cintia,
Semi dá a entender a metade, então podemos trabalhar com o que ainda não morreu/adoeceu... Por meio da arte e criatividade podemos ajudar na construção de algo diferente.
Muito obrigado
beijos
Caro aut,
sua presença e comentário muito me alegra. Isso mesmo, a intenção foi a de poder ser adequada a diversos espaços urbanos, e, assim, buscar, com criatividade, uma maneira de se modificar o mesmo, o espaço urbano.
Muito obrigado
abraços
Nousss.. discusão que dá pano pra manga...
A cidade que habitamos.. ou a cidade que habita em nós?
Quem destrói quem?
Abraços!
...ops...
E quem constrói quem?
Max, pergunta inteligente, e dessa maneira aumenta uma possÃvel discussão sobre o assunto. Quem cria/destrói quem? Isso mesmo, muito pertinente sua questão.
Muito obrigado
abraços
Brasilia e uma cidade bem projetada, mas nao tao bem como as cidades americanas que avancam para os confis, aproveitando os espacos, delimitar uma cidade e burrice. Belo Horizonte, Sao Paulo, Rio de Janeiro etc, todas delimitadas, para um determinado numero de habitantes, ai aparecem as ditas "Grandes" Grande BH, Grande Ri, Grande Sao Paulo etc...porque nao foram bem projetadas para dar conforto aos seus moradores. Alias dificil achar no Brasil um cidade bem projetada...Brasilia seria uma execao nao fosse as cidades perifericas...afinal porque destes conglomerados ? Nao houve um planejamento global para nossa capital...
victorvapf · Belo Horizonte, MG 22/7/2008 12:34
Cristiano,
amigo do coração
Desculpe a demora, estava sem NET
Belo e esclarecedor poema, construção de uma cidade sendo destruida em toda a sua plenitude e complexidade.
Bjssssss com carinho
Cristiano
Como vocês, seres urbanos sobrevivem? rss
Eu, "jamais serei urbana, civilizada; jamais serei um bicho da cidade, apenas por que sou bicho do mato..."
Bárbaro, seu poema.
bjos.
Belo poema. Às escâncaras do social. Abraço.
Juscelino Mendes · Campinas, SP 22/7/2008 13:58
Cristiano Melo · BrasÃlia (DF) ·
Cidades
Tudo tem a ver com tudo e pode haver o abandono.
Tem de cuidar sempre para que tudo tenha chances.
Tá tudo muito bem colocado.
Minha doente cidade
Estás abandonada
Por este habitante
Que foi embora...
Muito merecimento.
abraços Amigos
Camarada Cristiano,
fiz como teu personagem,
neste fim de semana.
Fugi pros braços de outra,
menos doente, paciente
do SUS.
Depois de três dias voltei,
como teu personagem,
prá nossa incômoda
comodidade urbana.
POESIA! Valeu de MELO!
Carlos Mota
Caro Victor, BrasÃlia e outras cidades ditas planejadas acabam por deixar a desejar, pois o planejamento nunca pode prever o que se acoontecerá em décadas ou mais, pois a tecnologia cria tanta coisa distinta que à época nem se sabia que existiria...Como automóveis, conduções alternativas clandestinas, os "gatos" de energia elétrica, etc e etc....
Obrigado pelo comentário
abraços
Doroni, obrigado pela leitura e comentário,
beijos
Nydia, mas nós, os seres humanos, apesar de sermos seres com hábito social, somos do mato...rs
Muito saudável sentir-se assim, eu também não consigo ficar sem minha dose de natureza, vez ou outra me embrenho no mato, mas de se embrenhar mesmo....Ou noutros tantos me enfio em mergulho, em locais com arranjos sociais tão distintos e tão semelhantes...alguns peixes tem caracterÃsticas tão próprias que dá para refletir....
Obrigado pela leitura e comentário, querida
beijos
Caro Juscelino, seja bem-vindo,
obrigado pela leitura e comentário
abraços
Nobre poeta Azuir, muito me alegra seu comentário,
Que bom que gostaste.
Obrigado pelo incentivo
abraços fraternos
Caro Carlos, meu amigo, achei divertido o seu comentário...
Pois é, as cidades são objeto de estudo mesmo pelo SUS. Onde aproveito para lembrar de seus vinte anos, mas essa é uma outra estória. Toda a nossa sociedade deve sim se envolver com a construção de seus espaços de residência. De maneira criativa se pode construir algo novo e saudável.
Muito obrigado pelo incentivo de sempre
abração
É, a cidade precisa morar dentro da gente também, limpa, organizada, próspera.
Um poema-denúncia.
Faltava pergunta pelos candidatos?
Mas, deixemos estes cabras pra lá, né e vamos construir a nossa Jerusalém (a referência aqui não é religiosa, é metafÃsica).
Caro Hideraldo, muito obrigado pela leitura e comentário,
abraços
Olá... amigo Melo...
citadino... gosatei das esqueinas
de teu poema...
parabéns
ps. tentarei voltar mais vezes... rs
Oi amigo Mello,
Volte mesmo e muito obrigado.
abração
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