É possÃvel impedir que se plante maconha e cocaÃna? Creio que não, pois não há (pelo menos até o presente momento) como se fiscalizar cada centÃmetro quadrado do planeta incluindo debaixo de árvores nas florestas que é um dos locais preferidos dos que cultivam tais ervas.
É possÃvel impedir pessoas de vender drogas? As noticias que recebemos diariamente tanto da mÃdia quanto de nossa própria visão e interação com o mundo nos prova que não. Mas este “não†pode ser mudado de uma maneira mais eficaz do que as até agora tentadas, acabando com o mercado consumidor de drogas. Sem ter quem comprar para quem vender? E sem vender para que produzir? Esta assim resolvido uma grande parcela dos problemas das sociedades atuais, o tráfico e sua conseqüente violência e as drogas e seu mal à saúde.
Mas como que acabamos com esse mercado consumidor? Prendemos todos os viciados? Não! Até porque isso também não tem se mostrado útil, nosso sistema prisional é um fracasso, se alguém já saiu dele recuperado e foi completamente reintegrado a sociedade, por favor, fale-me que terei prazer em comunicar este acontecimento.
Então matamos todos eles? Não! Embora isso fosse uma atitude extrema que a um primeiro momento se mostra como extremamente eficaz, os ressentimentos gerados por ela trariam problemas maiores em um futuro não muito distante.
Uma solução verdadeiramente definitiva que não culminará em revoltas futuras é de certa forma simples e complicada. Trata-se ao invés de matar, educar verdadeiramente e amar incondicionalmente todos os jovens e crianças, dar atenção, carinho, informação e puxões de orelha. Conscientizá-los desde crianças sobre as drogas e trabalhar intensamente a integração da famÃlia, conversar com os filhos todos os dias, os pais devem ser amigo dos filhos, mas amigo verdadeiro, aquele que dá atenção e carinho, mas que também mostra quando ele esta errado. Desta forma, integrado em uma famÃlia, bem educado, consciente e principalmente amado sem ser mimado os jovens não terão nenhum motivo para comprar drogas. Alias terão muitos motivos para não comprar, pois terão uma vida a qual não desejarão destruir.
Até aqui é simples, o que proponho se resume em restauração e integração da famÃlia base da sociedade. O problema começa em quando pensamos na maneira de integrar a famÃlia nos dias atuais.
Para começo de conversa se pensamos em integrar é porque admitimos que ela não esta mais unida, e porque não está mais unida? Isso não vem de hoje, a revolução industrial deveria ser chamada de A Grande Revolução Social, não só pela mudança nas formas de produção, mas na mudança nas formas de sobreviver, na estrutura da sociedade, nos valores.
A famÃlia foi diretamente atingida por essa revolução, e seu modelo dês de aà começou a se modificar aos poucos até chegar à atualidade, onde pai e mãe trabalham fora de casa para manter a famÃlia e não têm tempo nem disposição para dar atenção aos filhos. Somado isso ao crescimento da tecnologia tanto em quantidade como qualidade e acesso a ela. Está criado um cenário de abandono da criança dentro do próprio lar. Os pais não fiscalizam e ou mesmo orientam o que os filhos fazem na internet, facilitando assim seu aliciamento por bandidos.
Toda criança e adolescente precisa de atenção, informação, referências e modelos de adulto para seguir, se ele só vê seus pais estressados e na maioria das vezes nem os vê, ele vai buscar um exemplo a seguir nas ruas e/ou internet, e facilmente achará um grupo de “amigos†que o iniciará nas drogas. Uma vez que ele não tem atenção em casa e tem uma vida a qual detesta, mesmo sabendo que as drogas vão destruir sua vida, ele vai para elas atrás de um alivio do fardo de sua vida. Esses amigos drogados dão para o jovem mais atenção do que sua própria famÃlia, fazendo com que ele os adote como famÃlia.
Por isso que informação só não basta, tem que haver um acompanhamento familiar diário do jovem. Ele tem que se sentir amado, querido, protegido, importante para sua famÃlia. Não adianta só falar nas escolas sobre drogas, o trabalho de informação realizado dês de o inicio dos anos 2000 foi excelente, hoje ninguém pode dizer que entrou nas drogas por falta de informação. Quem entra para o mundo das drogas hoje, entra consciente do que está fazendo, entra como forma de chamar a atenção, como forma de se suicidar porque não está feliz com sua vida. Há casos e casos, mas a maioria se origina mesmo da desestruturação familiar.
É claro que essa reestruturação não depende única e exclusivamente dos pais, depende de toda uma reestruturação social, de valores, de consciências, de cultura e da conjuntura econômica.
No momento devemos nos centrar na discussão, métodos e ações práticas sobre a reestruturação familiar. Discussão essa que é longa e complexa, pois envolve todos nós desde o mais pobre ao mais rico, e que atinge diretamente a diferença de classes, os interesses polÃticos, a educação e tantas outras áreas essenciais.
Uma vez reintegrada a famÃlia já estaremos a meio caminho de tornar real uma sociedade a qual hoje só existe em nossos sonhos esperançosos.
O titulo pode ser até taxativo, mas reconheço que não sou dono da verdade e sim humilde colaborador de minha sociedade humana, o que escrevo aqui é uma sugestão, minha visão pessoal de uma solução para um problema, baseada no que vejo como causa do mesmo.
Seu texto serve de estudo.Meu querido eu penso como vc.
Educar,amar levar aos jovens esclarecimento.Divulgue este texto para que ele possa ser publicado.Aqui deixo meus 8 pontos,e daria mais se os tivesse.
Obrigada pela leitura.
Votei no seu texto.
Concordo em alguns pontos, discordo de outros. O importante é o assunto ser discutido.
Abraço!
Creio que o problema seja bem mais complicado que isso. Desde que o mundo é mundo, as pessoas vêm se drogando. A humanidade conseguiu descobrir cada forma de se entorpecer, cada raÃz, folha, fungo, como preparar, como fermentar. A novidade de nossos dias é somente o tráfico, que surgiu justamente por causa da proibição.
Eu acredito na liberdade de cada um. Se o sujeito é adulto, ele que tenha o direito de fazer o que quiser, contanto que não faça mal a ninguém. Não é assim com o tabaco e o álcool? O álcool, aliás, é a droga de minha preferência, mas não sou hipócrita de achar que é melhor que a maconha só porque é lÃcita.
Claro que a estruturação familiar é importante, principalmente para impedir que os mais jovens se droguem. Mas a partir do momento que a pessoa tiver controle de sua própria vida, quem vai fiscalizar?
O assunto rende, é complexo. Mas parabéns pelo texto, como você disse, ninguém é o dono da verdade e esse meu comentário também é só a minha visão pessoal sobre o assunto.
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