Como jamais existiu
Sou um homem como qualquer outro
Como nenhum outro
Como jamais existiu
Sou um homem que respiro e expiro ar
Ando, falo , nado
Como qualquer outro
Como nenhum outro
Como jamais existiu
Sou um homem que vejo, que come, que dorme
Que morre de fome, de amor, de dor, do mal do século
A solidão
Sou um homem como qualquer outro
Como nenhum outro, como jamais existiu
Sou um homem como você, sou humano, finito
E brinco de Deus quando tento colocar no papel minhas angústias de bicho homem
Grudado a uma carne, com os pés grudados no chão, numa bola girando sem parar
Observo a mim e aos outros e me faço ver como qualquer outro
Como nenhum outro
Como jamais existiu
Chico Piancó Neto, 11/07/2014
Eu também gostei. Continue. Não pare de escrever. De sonhar. De viver. Como disse Manoel de Barros:
"minhocas arejam a terra; poetas, a linguagem". Abraço.
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