Eu que caà nesse mundo feito pá de vento
Espalhado, difuso, certeiro
Que me cobri com renca de “inhos†fortes e diretos
No meu corpo fui feita de sonoros conjuntos
Sem intercessão
Eu que me desenhei nas cavidades
E na cava, o quente suave
Me dividindo existências
Dividindo-me.
Eu que não sou mais do que uma alma no mundo
Alegre pelo simples fato de ser uma alma
No mundo.
Que me dispus de anteriores passados
Vistos no presente
pelas milhões de faces que possa ter
Sou única, fêmea, mulher
Efêmera, mundana, divina.
Eu que aprendi no toque do meu corpo
A tocar as visões do tempo conjunto
E do todo escapulir um sorriso
Brejeiro, de lado
De quem é percussão e grita
Aos toques tão fortes que ser humano dá.
Eu que tenho sete estrelas no pé esquerdo
E a lua cheia do lado esquerdo do peito
de niilismo ao non sense cotidiano.
Que caberia ser boneca de alma macia,
Virei turrona, intensa, humana,
tratando de ser amaciada na vida
como carne que vive e aprende
a ser carne também e a viver
Sem deixar de ser peito,
De ser vento
De ser tempo
Eu que me livrei do mal de ser
O que a vida dá
E me tornei tudo que eu posso dar
Pra vida.
Enquanto crio outra obra sobre um assunto diferente dos que costumo escrever, surge essa. Uma pretençao usar uma poesia pra falar de mim, mas enfim, esse ego sou eu por inteira. Surgiu em 5 min, nao existe forma entao de ser mais sincero.
ps: Eu realmente tenho 7 estrelas tatuadas no pé esquerdo.
e vc e tudo isso e tudo mas que vc quer ser vc tem esse´puder pois vc dar a vida ser
Valmir Franca · Porto Velho, RO 31/12/2008 02:38Muito bom, Marianne! Uma das melhores coisas que li por aqui nos últimos tempos. Você tem talento e jeito de usar as palavras. Sucesso!
Marcos Pontes · Eunápolis, BA 31/12/2008 13:09
Salve, Marianne!
Gostei muito de teus escritos!
Vou procurar mais mais de ti.
Abraço Pantaneiro.
Sua poesia é uma belezura danada !...da pra ler e reler, na boa, descobrindo outros sons a cada leitura...
Muito bom !
beijo, volto...
VotadÃssimo , Marianne!
gostei mesmo!
és toda uma constelaçâo, e uma constatação... poeta.
beijo,
"Eu que me livrei do mal de ser
O que a vida dá
E me tornei tudo que eu posso dar
Pra vida."
"Tomou nas mãos os pincéis, misturou com lágrimas suas cores e sorrisos com amores. Na tela branca a obra prima surgiu desde a alma
apaixonada, criou sua própria cara."
Beijos querida.
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