ENCOSTADO A PELE
** Gaivota **
Era o vento
na corrida louca
comendo a rua
a farejar o dia
era a aragem a tocar
o abraço
era a hora a devorar instantes
era o soluço
consumindo
a boca
Era a dor que oferecia
cálido beijo
que morreu no mar
embalsamado
derramava tempos
era a vontade
de buscar a noite
perdida entre pedras
atiradas
Era a morte
da boca trêmula
era o toque
do vento
no sabor
do ar
era o beijo
dormido no colo
encostado à pele
o cheiro a
sufocar.
mas um poema do meu pássaro desenjaulado. Que pensa, sente, ouve e escreve.
Muito bom! O ritmo e a linguagem quas explÃcita, quase porque dá margem ao leitor viajar e formar seu próprio cenário e sua história. Muito bom mesmo.
Marcos Pontes · Eunápolis, BA 7/11/2008 23:01Voei nas asas dos versos. Não se se foi o beijo adormecido no colo. Esplêndido poema. Passáro de ouro, esse seu amigo Gaivota.
Compulsão Diária · São Paulo, SP 7/11/2008 23:10
O cheiro desse beijo a sufocar é de um sabor explêndido. Um beijo que sufoca; delira e me toma numa intensidade absurda. Gaivota louca!
Além do mais tds os poemas gaivota são musicais.. eles vão num ritmo avassalador
era a vontade de buscar a noite
perdida entre pedras atiradas...
encontrar a noite que se havia perdido, sendo a ela tao dona de s.
muito bem feito
parabens
Gostei da sua poesia.Abs do Sergio e muito sucesso!
Sergio Berrini · Rio de Janeiro, RJ 8/11/2008 12:11
Gaivota...
A cadência do seu toque é suave, sensual, um vôo doce que explode em um beijo. Encosta em nossa pele e murmura o vento.
Lindo poema.
Beijo
Ivy, morro de inveja de você por ter um amigo como gaivota, com uma plumagem tão talentosa. Curto muito os saltos poéticos do penudo, mergulhando as letras numa poesia de primeira. Uma vez tive uma codorninha que comprei na feira, mas tadinha dela, nunca conheceu os céus. O máximo que fazia era ficar saltitando e adubando os ladrilhos do meu apartamento, seguindo as ordens do dono. Era uma codorna amestrada e durante cinco anos, que foi o seu curto tempo de vida, me teve como mentor espiritual. Agora está aqui, ao meu lado, empalhada, servindo como musa inspiradora da minha arte poética. Uma pena a minha codorna e o seu gaivota estarem separados por sentenças tão definitivas, ele com suas plumas aladas, ela com as rasteiras, ele pairando na imortalidade e ela frigida e empalhada vagando no inconsciente do niislismo. Se não estivessem assim tão distantes poderiam marcar uma sessão de alpiste la nos Andes, para trocar idéias poéticas e discutir o virus da gripe aviária.
Quanto a esse poema de hoje que você nos apresenta ele é bélissimo e essa sua metáfora de um vento corrosivo, roendo a rua, devorando o tempo no farejar do dia é de uma riqueza de sentidos que impressiona. Mostra uma visão muito ampla de um pássaro que conhece muito bem os meandros embalsamados do tempo.
Parabéns. Maravilha de trabalho.
beijos.
Ritmo, melodia e muita poesia nesses versos. Lindo, parabéns!
Angélica T. Almstadter · Campinas, SP 8/11/2008 19:45
muito bom
Bandys · Rio de Janeiro (RJ) · 8/11/2008 02:25 alerta
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Marcos eu sempre fico sensibilizada com vc. Meu bichinho de estimação nasceu uns 6 a 7 meses antes de escrever meu primeiro poema. Eu era apenas psi e artista plástica.. uma peq confusão com meu filho fez nascer esse passarinho. rsrs.. Bendita confusão.
bjus
é CD, meu passarim me trouxe sempre gde felicidade, além daqueles transtornos naturais... recebi mta cantada no orkut, mesmo usando a foto de jamisdim. rs. Acho que meu passarim deve ter uma alma feminina..e... encanta as mulheres..
Longe de mim passar uma cantada.. não faz meu estilo, sou hetero convicta! rs
Thi, meu gatinho fofo. Adoto vc! bgdus, nosso livro tem que ficar mto bom.. mas ando sem tempo pra te mandar as respostas. pra quem não sabe; eu e o Thiers escrevemos um livro de micro contos tipo comentário -resposta. Tá parado a um mes.. rs
Palavre que tentarei na medida do possÃvel devolverseus comentários..
brigadÃssimo
Assis pio, valeu a visita.. Sim a noite estava perdida entre as pedras atiradas.. No escuro isto pode acontecer....
Ivy Gomide · Rio de Janeiro, RJ 9/11/2008 00:11
Sérgio e
Lola
Brigada gente a Lola já havia me dito isso...A cadência do seu toque é suave, sensual
Quer dizer ela me disse que o Ga, é um sedutor nato!
Gabriel e
Angélika off
Sim eu me preocupo com o ritmo e a cadência.. gosto disso.
Qto ao gabriel sentir inveja... besteira... vc pode criar sua avezinha.. ou um jacaré ou um monstrengo...
Literatura é delÃrio e como os delÃrios são particulares nos permitimos.
esse poema é 2006, tenho outros de 2007 e 2008 mais arrjados.. Minha ave é tão compulsiva...mto mais do que eu.. rs
consertando;
Gabriel e
Angélika off
Sim eu me preocupo com o ritmo e a cadência.. gosto disso.
Qto ao Gabriel sentir inveja... besteira... vc pode criar sua avezinha.. ou um jacaré ou um monstrengo...
Literatura é delÃrio e como os delÃrios são particulares nos permitimos.
esse poema é 2006, tenho outros de 2007 e 2008 mais arrojados.. Minha ave é tão compulsiva...mto mais do que eu.. rs
Belo pássaro de vôos à lá Fernão Capelo e Gaivota.
Bjs.
Ô menino Juscelino... vc sabe que o apelido surgiu daÃ... começaram a chamar de fernão capello.. e eu cheguei à gaivota
Ivy Gomide · Rio de Janeiro, RJ 9/11/2008 00:35
Ivy,
Imensa liberdade sobrevoei a cidade, lindo primim.
beijinhos
"...era a hora a devorar (OS) instantes
era o soluço
consumindo
a boca..." (...)
Pôxa, que gostosa de se ler é a tua poesia. Teu poema, dada a sua natureza ritmada dá-me a ligeira impressão(o que é ótimo) das antigas cantigas de ninar. Aliás coisa que não existe mais...Admiro sobremaneira a poesia cadenciada o que a aproxima da música. Também tem o lado erótico/sensual enfim, há toda uma quÃmica, diria, uma salutar alquimia que vc soube dosar ao teu jeito para dá todo este colorido especial ao teu belÃssimo poema. Mil parabéns meu anjo.
Poemaço amiga!
Lindo mesmo!
beijo no coração!
Era a hora
sem demora
de dizer que sua poesia
é puro destilar da glória.
Fiz uns versinhos para dizer do meu contentamento de te ler, minha querida parceira.
Mil parabéns é pouco para te dar.
Beijo.
Inaugurando a votação de my mu-si-ca
sim pq vc é uma cad~encia mu- si- cal
baci
"Era a morte
da boca trêmula
era o toque
do vento
no sabor
do ar"
lindo ivy...
beijos
Querida Ivy ,
voltando com muito carinho e viva a gaivota liberta de si!
beijos
Era eu, maravilhado com seu talento.
Bjs
Ô Ivy
Passaros tem mais é que voar.
E pode ter certeza... mesmo sem asas, eles voam...
E voam
um abraço
Olá, Ivy
Beleza de versos. Alto vôo poético, nas trilhas livres do vento e do pensamento...
Parabéns ! Deixo o meu voto.
Bjs
Opa!
Meio atrasada, Ivy, mas olha só minha codorninha chegando pra votar no seu pardalzinho rs
beijos.
O encadeamento dos versos
Esse jeito de escrever me toma por inteiro, me identifico.
Bjinho
Belo, belo este seu "Encostado à pele".
Desculpe-me pelo longo atraso.
Mas fica o voto sincero de quem muito admirou seus versos.
Parabéns.
Ivy,
Cheguei ontem do Rio.
Encontro este belo poema,
agora posso dormir.
Beijos,
Regina
Ivy Gomide · Rio de Janeiro (RJ
ENCOSTADO A PELE
Uma Poesia dos sentidos e dos sentimentos.
Do que rola todos momentos.
Que nos faz expressar.
Sáo coisas de amor.
Nos acompanham onde for.
E estáo sempre a nos motivar.
...Era o vento
na corrida louca
comendo a rua
a farejar o dia
era a aragem a tocar
o abraço
era a hora a devorar instantes
era o soluço
consumindo
a boca.
A sua poesia tem presente uma grande carga de encantamento.
Deve de ser seu sentimento
passeando no Poetizar.
Parabéns pelo merecimento e talento
Abracáo Amigo.
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