Todo poema tem vida.
E existe independente do poeta.
Todo poema é fÃsico,
Tem cor e cheiro.
Todo poema existe
Como o homem
Independente de criador.
Quer o poeta em sua soberba divina
Ser o seu criador.
Mas o poema resiste
Porque existe e
Não precisa pensar.
Há poema de todo tipo e gosto.
Há até poema religioso
Ao sol da tarde
Alvissareiro no campanário
Ajuntando gente e dispersando
Pardais.
Há poema que trai.
É ladino como o homem
Exercitando seu lado sórdido
Manchando lençóis
E reputações com falsas juras de amor.
Há poema que mata:
O tempo é a sua arma
E o sangue é a sua cor.
O amor é um poema
Com cheiro
E sem medidas
Quando praticado
Livremente.
Quando exagerado
Toma a forma aguda
E dodecassÃlaba da paixão.
Todo poema apaixonado
Equilibra-se na fina linha da escrita,
Caindo facilmente no ridÃculo parnasiano.
O poema ri constantemente
Às custas do poeta
Que já foi tÃsico e boêmio por sua causa.
E ri, e ri, e ri do poeta que lhe reclama
A posse como riem as putas.
Mas o poema não é uma puta,
Embora elas sejam poemas.
jjLeandro
Perfeito, leal e poético. Eis aqui, o estatuto de nós!
Boa, Leandro!
Muito bom! Tirando o "ridÃculo parnasiano", que, há meu ver não é tão ridÃculo, o poema é perfeito. Há poemas de todos os gostos e até poemas que não são poemas e eles nos cercam e nos usam para serem psicografados.
Marcos Pontes · Eunápolis, BA 16/10/2008 21:44
Uma ideia diferente que gerou poema ... e normas
votado
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