Eu nunca te quis assim despido
assim tão frio, inerte, deitado
assim sem mais ardor, gelado
Eu nunca te quis assim violado
assim, pelas costas violentado
desse modo tenebroso alvejado.
Eu e tu queríamos viver
plantar e cevar a vida
alimentar, fazer crescer
Queríamos eu e tu ter semeado
filhos, netos, frutos enrodeados
Te queria vivo, não assassinado
[preito ao semterra Elton Brum, fuzilado pelas costas, desarmado, por soldado da BM do Rio Grande do Sul]
Doloroso demais!
Lembrei-me da "Pietá" e de todas as mortes sem sentido, dos sem valia, sem guarda, assim frios...
beijos
Maravilhosa_mente triste o poema.
adorei ler e sentir.
bjssssss;
Juliaura
teu poema retrata a maior covardia praticada
por quem detem o poder e esta ciente da impunidade.
bjs
Ai...as inconsequencias
E as consequencias?
Ninguem luta, ninguem berra ninguem muda vai pra rua e grita pelo mundo a fora
que o homem come homem e se veste de grana...grana...
Em círculo militar rígido, descobriram um soldado autor do disparo.
Não deram publicidade ao nome do comandado, afastaram temporariamente do comando o mandante, como se fossem fazer justiça.
O dono da terra pode mandar a polícia matar, para garantir o patrimônio... a vida vale nada.
Assim sabres e canhões mataram os aqui viventes quando portucalenses vindos os encontraram.
A terra é de quem?
Havida mesmo como?
Que nos respondam os sabres e os canhões soldados.
Grata, amigas, por vossas queridas e humanas presenças.
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