Olhava pela fresta. Não tinha muito jeito de abrir toda a porta. Era só uma fresta. Por ali, via um pedacinho de realidade e tornava a fechar a porta. Assim, de pouco em pouco, tomava conhecimento da vida. De pouco em pouco, de gole em gole. Golinho .E só .
Um dia tentou colocar o nariz pra fora. Faltou coragem e saiu só meio nariz, o que acabou atrapalhando a visão. Aquilo apenas serviu para tomar vento na venta. Já que o nariz de pouco servia, imaginou se não seria melhor aumentar a fresta.
Quanto custo. Tanto tentou que conseguiu abrir mais um pouquinho. Pode ver mais que o costume. Mas a porta logo fechou , tamanho medo do que não sabia.
De pensar em como seria. De imaginar possÃveis segredos a desvendar, acordou de uma feita resoluta e, respirando fundo três vezes abriu a porta com vontade, pulando em seguida pra fora sem jeito de voltar de um instante.
O que ela viu? Se quiser saber, espie.
O que ela viu?
Acho que as vezes agimos assim mesmo.
Realidade crua e nua.
Muito bom seu texto
um abraço
Pela fresta do seu texto espio sua magnÃfica escrita. Parabéns.
Compulsão Diária · São Paulo, SP 12/9/2008 13:21Muito bom! Tá, fica parecendo comentário de quem não tem nada a dizer sobre o texto. Talvez não tenha mesmo, mas fica a reflexão: sem riscos, não há lucro.
Marcos Pontes · Eunápolis, BA 12/9/2008 13:47
Bastante interessante e desperta a curiosidade.
Bjs
Hum.. rsrs..
Concordo com a sinceridade de "Compulsão Diária",
és dona de um estilo bastante interessante...
Parabéns pelo trabalho...
(E adorei seu comentário, muito aobrigado,
volte sempre que quiser... És sempre bem-vinda...)
Vanessa,
interessante,
mas a verdade é que cada
um vê uma realidade diferente
pelas frestas das portas da vida.
bjssssss
Cada um tem sua verdade e vê exatamente o que quer ver
mas vou espiar com mais atençao
Beijocas
O que ela viu jamais veremos. Em cada instante, em cada olhar, o novo.
bjs
"O que haverá atrás da porta?" Dei esse tema de redação por vários anos. O resultado sempre surpreendia.
Outro: "Descreva o homem que acaba de sair da sala." Muitos respondem: - "Mas não saiu ninguém."
É o seu texto: um convite à imaginação. Eu vejo um menino dormindo à soleira da porta, abraçado a seu cão. Tento acordá-lo, mas o cão me avisa que está morto.
Abraços.
Amigos, muito obrigada pelos carinhosos comentários.
Sigo lendo com alegria o trabalho de vcs tb. Abraço
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