Vejo na magia inspiradora do horizonte longÃnquo
filigranas de um sonho que negligenciei ao longo dessa jornada.
E entendo porque estou estéril,disperso,
inquieto nas rupturas de um silêncio que me tortura
na mágoa de não ter insistido na leviandade de ser eu mesmo.
eu vejo através das palavras dispostas em linhas desconexas
toda a saga de um sonho impossÃvel de se realizar
porque simplesmente
ficou enclausurado no passado.
Não tenho mais o tempo do romantismo afetado
que inspira o coração ingênuo do poeta arredio
e arrisco um olhar desconfiado para um amanhã
que talvez nunca traduza
o que eu realmente sinto
e entre a frieza do remorso e a ilusão
vou escrevendo em frases rotas um conto
inimaginário de mim mesmo.
Sou fantoche...
Assim começo a rabiscar a primeira linha do conto.
Sou fantoche, e embora não saiba ao certo que vem a ser um fantoche, não me sinto
nada mais que um mero fantoche.
Nunca é tarde para corrermos atrás de nossos "sonhos impossÃveis, Kasinsk. Se seu sonho ficou enclausurado no passado e julgas ser tarde demais para realizá-lo então és um fantoche de tua própria descrença.
O tempo tem o poder apenas de apagar parte de nosso entusiasmo para alcançar tais sonhos que, na maturidade, vemos como impossÃveis. Mas isso não é real.
Se tu se vê como um fantoche (um ser sem vida, sem iniciativa própria, movido por forças externas, de terceiros), então deixe de sê-lo e coloque seu verdadeiro EU para fora e sinta a diferença. Não tenha medo de ser humano, de ser falho, de ser aventureiro, de se perder e de se reencontrar. Somos assim. Arriscamos, ganhamos e também perdemos.
Gosto de uma música do Lulu Santos que diz: "Pode até parecer fraqueza, pois que seja fraqueza então. O que eu ganho, o que eu perco ninguém precisa saber". E tem outra, na voz da Marisa Monte (esqueci o autor): "E se alguém por mim perguntar, diga que eu só vou voltar quando eu me encontrar".
É preciso se encontrar primeiro para só depois se arriscar em novas trilhas e lançar-se em sonhos.
Belo poema!
Abraço.
Ficou algo misterioso e legal, assim como poesia, fica no ar se é ficção ou experiências fixadas no próprio autor.
Bom, gostei.
Abraço.
A sinceridade do seu poema refletiu em mim emoções da minha própria vida, em que muitas vezes suplantei meus quereres e como vc, me tornei fantoche não somente de mim mesma, mas também das circunstâncias da vida.
Entretanto, o que mais importa é saber que podemos mudar o cenário e descortinar para uma nova realidade a do eu quero e eu posso.
Abraços e obrigada pela visita.
Puxa, me deixou até com um ar triste, rs. Praticamente senti suas palavras, mas temo que isso surja de mim um dia. Parece tão doloroso, não quero senti-lo agora. bjs!
Giulia Tadaki · Biguaçu, SC 2/6/2011 01:30Caros, grato pelas postagens. A proposta do poema é simplesmente mexer com os brios de quem quer que esteja nessa circunstância. Seja qual for o seu sonho ou o tempo que se julgue perdido, é preciso não desistir nunca. Abraços a todos.
Kasinsk · Embu, SP 2/6/2011 21:21
Puts! conseguiu meu caro... MEXEU COM A MENINA AQUI.
Perfeito!
bjsssss
Me encontrei nos seus versos!!!!!!
Um abraço no seu sorriso!
Fantoche também me lembrou espantalho, cada um se parecem conosco, seres humanos, mas podemos mudar nossa condição. vlw
Edson1970 · Mossoró, RN 11/6/2011 00:17
vc escreve bem, para ser um fantoche. fantoche que nada! vá ler é ecrever, quem já se viu!
um poeta ser fantoche, pegue uma peixeira e rasque o bucho do homem que vai isto com vc. um abraço
O passado é o passado. O que realmente conta é o hoje. Esta maravilhosa experiência de todo os os dias. Na verdade sabemos quase nada de nós mesmos.
tenha uma boa SEMANA
"na mágoa de não ter insistido na leviandade de ser eu mesmo."
Quanto tempo perdemos evitando essa deliciosa leviandade de sermos nós mesmos... Poetaste muito bem.
Abração
Este é o grande desafio da Vida. Deixar de ser fantoche. Não é facil mas por acaso o que é fácil acrescenta alguma coisa DE POSITIVA para nossa aprendizagem?
Una boa Semana.
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