Fuga

A ânsia de alcançar horizontes mais abrangentes incendeia a alma...
O suor que escorre dos labores espirituais não pode ser visto.
A tez seca carece de hidratação do mesmo tipo que um solo desértico necessita.
A desolação do intimo só e superada pela imensidão do universo de palavras vazias
que se repetem e se espelham..
Não a nenhum momento em que não estejamos dependurados em conjecturas que nos
formam, do sabor da necessidade muito se conhece.
Das vezes que se encontra a si mesmo não se pode dizer o mesmo...
Entre tantas formas de se criar o mundo, não poder volitivamente decidir
de fato do que e necessário, muito entristece...
Quisera se afastar da impessoalidade...
Mas isso a todos pertence e a todos desola...
Seria mais fácil ter a possibilidade de voltar as origens de tudo
onde somos parte de todas as coisas e nada...
Não a nenhuma pista dessa impossibilidade nos símbolos
que carregam todas as coisas ou algumas ou nenhuma.
De certeza só se sabe de chances
[de sim e de não]
De fagulhas de eternidades já basta.
Então só resta fulgor...
Só resta fuga...