GRITO NORDESTINO
Olhando o facho de fogo na mão
vou caminhando no sertão
alumiar a vida do meu povo
que morre na seca do nordeste
a cabaça não tem água
a caçimba já secou
só resta agora a esperança
ou comer mandacarú
tempo esse já não sei
em que posso acreditar
se a chuva demorar muito
o sertão vai se afogar
esperar verde já não posso
esperança já morreu
partirei de pau-de-arara
para o mundo da ilusão
não ficarei para sempre
não vou me acostumar.
Se chover lá no sertão
voltarei para plantar
sementes no solo fértil
e viver ao Deus dará.
Poema que retrata o cotidiano do homem que vive
nas brenhas da caatinga do nordeste Brasileiro.
Valeu, poeta. Nordestinamente realista.
Um abraço.
Um forte abraço Jairo!
este é o nosso mundo! mandacarús, xique-xique, umbuzeiro, juazeiro, palma, macaxeira e de vez em quando uma chuvinha pra semear o sustento de cada dia.
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