Um dia a poesia saiu
em busca da palavra exata
que certamente está perdida
no meio das não-palavras.
Tarde e sem horas (que pra poesia
que se preze não tem hora lugar ou espaço certos!)
estava voltando na noite que sempre é dia
quando teve uma idéia:
p'ra não voltar de mãos vazias trouxe uns filhotes de raios de sol
(mais pareciam sementes
de passarinhos)
e resolveu plantar na tão lavrada entrelinha.
Brotaram uns 'não sei quê'
que fizeram o poeta esquecer da palavra que buscava
(e não encontrava e já era tarde pois
o silêncio havia-a engolido)
e agora inefavibilidades neologÃsicas
ondulavam em vôos sem asas
ao lugar nenhum.
não, desta vez não haverá apresentações...
Fazer palavras com filhotes de raios de sol, deixa-los crescer na boca ao som da voz.
Compulsão Diária · São Paulo, SP 17/10/2008 20:45
"e resolveu plantar na tão lavrada entrelinha."
OfÃcio de poeta, que olha dentro do olhar de quem lê, sem nem mesmo saber do destino destes raios de sol que planta.
Fiquei encantada com todas essas imagens...
beijos
e a gente vai atrás da palavra inexistente,
do poema que é só semente, mas ainda
vai nascer.
Bomm
Um abraço
Ola pssoa!!
"...busca da palavra exata
que certamente está perdida
no meio das não-palavras."
Constant busca no caminhar...
At +, 1 abrço.
André é sinônimo de entrelinhas.
Ao menos quando escrevinha.
Um abraço.
fagocitose visceral
expandindo o léxico do nexo das palavras
sementes de sonhos dementes
fio condutor da meada
saravá misifi,
publiquei esse aqui.
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