IDENTIFICANDO O SABOR REGIONAL

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Nelson Mota · Boa Vista, RR
20/1/2011 · 5 · 1
 

Pluriculturalidade, a etnodiversidade existente Roraima é o grande diferencial desse povo que está diante de um florescimento cultural. O choque de culturas permite a produção de novos conhecimentos e novas técnicas, e só quem ganha com isso é a população local e visitantes. Um grande exemplo dessa pluralidade e a gastronomia local.

O cardápio roraimense é variado e traz uma mistura de culturas, fruto das diferentes origens dos seus moradores, nordestinos, nortistas, sulistas, que escolheram o Estado como sua segunda terra. Aqui podemos encontrar de tudo um pouco, do queijo mineiro ao tacacá paraense feito por um amazonense, é essa mistura boa que realça o sabor.

Essa diversidade que inspira a arte da boa mesa, que dar prazer incomparável e quando feito com amor traz prestigio para o artista. Assim aconteceu com Eliane Mangabeira, dona do restaurante “DA NEGA†localizado na praça das artes. “Considero-me um uma artista na frente do meu fogão, pois cozinhar é uma arte e das boasâ€, diz Mangabeira.

Boa vista capital roraimense foi privilegiada pela sua diversidade gastronômica, mas de acordo com a eterna culinarista Lurdes Obadia, Boa Vista perdeu sua identidade gastronômica e hoje não possui uma culinária própria. A influência das outras regiões, fez a culinária local, indígena ser esquecida. “O grande exemplo desse esquecimento e desvalorização da culinária regional, é você não encontrar pratos regionais como a damurida nos restaurantes da cidadeâ€. Falava Lurdes.

Triste, mas pura verdade. E o pior é que alguns cozinheiros locais não conhecem seque um prato regional, e quando questionados sobre os pratos locais alguns se arriscam em falar da paçoca e damurida, no entanto o senhor Sassá, cozinheiro e proprietariado de restaurante diz “a paçoca tem suas controvérsias, pois ela também tem origem nordestina. e a damurinda é um prato indígena e pode ser encontrada em quase todas as aldeias do amazonas, então não pode ser considerado um prato localâ€.

Para Nelson Mota culinarista (que sou Eu), “cozinhar é uma arte, não temos que ter limitações regionais, se o tempero que estou usando é daqui então esse prato se torna regional, embora tenha sua origem em outro estado, região, país ou mundo, de Boa Vista ou Natal, Rio Grande do Sul ou Lisboa, o importante é que essa arte é sagradaâ€.


Sobre a obra

Pluriculturalidade, a etnodiversidade existente na culinária Roraimanse.

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Autoria
nelson mota
Ficha técnica
Militar, cozinheiro amante da culinária, acadêmico de jornalismo...
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kfarias
 

Bom demais conhecermos um pouco desse Brasil sem fim e saber que és culinarista, podendo falar de cadeira.

kfarias · Ãguas de Lindóia, SP 23/1/2011 19:48
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