Introspecções

Quando olho para dentro de mim, o que vejo é brasa
A dissipar-se pelas inconstâncias que afligem a existência do homem.
Perco-me no labirinto da escuridão,
Escondo-me de tudo e de todos,
Menos de Ti.


Teus olhos alcançam aqueles que o homem esqueceu
E nas sombras perderam a esperança de viver.
O Teu amor constrange o vil pecador
Que não entende o alcance da Tua graça.


Curvaste em minha direção
Para aparar as lágrimas que regavam o solo árido.
Estendendo-me a mão,
Tocou-me.


Tua presença, fez-se labareda em mim.
Tentei-lhe explicar o quanto as pessoas são cruéis,
Mas, fizeste-me calar como criança em soluços,
Estendida aos teus braços.
Agasalho perfeito Tu és!


Bendita presença!
Tirou-me da escuridão de mim
E trouxe-me para Tua luz.
Razão incompreendida
De tanto amor!


Constrange-me a me tornar o que um dia sonhaste,
Ensina-me a não perder a visão
De quem és em minha vida!


Quem em meio a dor
Haja a certeza de que não estou só
Que, apesar das minhas limitações,
És o Cordeiro Santo que nos traz a paz,
Mesmo que as guerras não cessem.

Daniela Sá (09.08.2015)