Embrulho meus absurdos e invento tudo. Abro brechas pra lembrar e costuro aberturas para me perder. Não tenho ferramentas que me expliquem, mas tenho essa concessão para viver. Talvez não saiba mais usar pincéis e sim navalhas.
Sairia correndo agora se não fosse essa dor na perna direita. Arrasto-a há longo tempo e os vestígios ainda visíveis só fazem sentido para mim. Os rastros são meus, a sorte é sua.
Guardei este pacote vazio. É hora de recolher algumas coisas. O céu, o sol e a sombrinha amarela, só vou precisar da areia para arrefecer as pisadas.
Fui mesmo planejando os desencontros ao longo da estrada, patada por patada?
[anacris - 19/09/09]
Embrulho meus absurdos e invento tudo...
Olá Ana Cris,
Muito boa a sua prosa poética. "Não tenho ferramentas que me expliquem". Nenhum de nós! Esse é o absurdo existencial que os poetas traduzem na beleza de seus versos.
Abraço.
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