Sou o pouco que me resta
Do muito que quis ser.
Esse engrandecimento de minha pequenez
É inversamente proporcional
Ao sentimento análogo de um ser
Exaurido de sua humanidade.
Mesmo tendo assassinado o deus que
Plausivelmente um dia esteve em mim
Me redimo de minha pseudo-insensatez:
Gotas de humildade que explodem
Em minha fronte despida de sentimento nenhum.
O acaso como conceito para os que
Aceitam o inefável como aquiescência certeira
Para dores, amores, fortunas e ruÃnas.
O acaso como réquiem para o dia
Em que a sombra da Verdade
Encobrirá o sol com sua força e relevância.
O acaso como revelação da mais escondida
Das profecias não proferidas pelos
Arautos das verdades envelhecidas.
O acaso – só o acaso.
Pelo túnel estreito das ressonâncias cibernéticas,
Algum resquÃcio de deidade
Ainda persistirá?
Enquanto meu canto soa unÃssono
Verdades não ditas jamais virão à tona.
Mentiras cristalizadas e meu testemunho
Único e volátil do que fui,
Mesmo tendo mentido a mim mesmo
Que vivi.
Palavras perdem a garantia de sua imanência;
Atos revelam a profundidade de uma vida.
Alma que se fluidifica,
Corpo que se desprende,
Mente desconectada de ambos.
Feliz aniversário pra mim!
08set11
...no setembro passado...
Desprende-se as folhas e no chão vemos o outono amanhecendo...
Cintia Thome · São Paulo, SP 23/2/2012 18:34Para comentar é preciso estar logado no site. Faça primeiro seu login ou registre-se no Overmundo, e adicione seus comentários em seguida.
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