I
Quando a marcha lenta do atrás
(Ilações e vômitos daqueles que habitam
nos halos lodosos dos filamentos desumanos)
compactuar com os bárbaros sentimentos
de nós mesmos;
se abrigar no podium do novo destino
e pressentir à boca da noite entediada,
que seu olhar é de quem
ama a máscara da memória fraudulenta,
posto que deseja que a lágrima dos sem-falas
seja enxugada pelo silêncio,
unamo-nos em unÃssono e gritemos bem alto
contra aqueles que entopem
as narinas da esperança:
Sim, nós podemos!
II
Quando a delação do combate
(esfomeações que recaem
por sobre o húmus do retrocesso)
desusar a dentadura alva da esquina dos dias;
se cobrir com a túnica do desespero
e olvidar à beira do cais a desfazer-se em ruÃnas,
que o entrever é de quem
subtrai das brumas do tempo
a fogosa brandura e o terno querer
das nossas mais instantâneas coragens,
unamo-nos em unÃssono e gritemos bem alto
contra aqueles que sonegam
a aurora da chegada:
Sim, nós podemos!
III
Quando com pavor desenharmos
(caricato como o covardia a ilustrou)
uma sÃmile charge de dor
cuja riqueza oferte indecorosa o seu despudor
a ilógicos retropassos tão céleres
que a déspotas foquem alumbramentos
no traseiro pelado das cabeças juguladas;
e, à beneplácito das mãos cruas,
imunes façam tombar do muro os urros
com que este poema revoltoso
persegue ferino
a mira do destemor,
unamo-nos em unÃssono e gritemos bem alto
contra aqueles que enfeiam
a beleza da partilha:
Sim, nós podemos!
IV
E quando imprevisÃvel nos for
a sangria das revoltas esmagadas
e ao desânimo em contÃgua fuga
com sanha não contrapor
o peso de uma ideologia não identificada,
mudemos chãos e não arrisquemos
aceitar o vértice deste baque
de acúmulos prenhe e estômagos vazio.
Lembrai-vos de que só o beijo elimina a impostura
e cura os corações machucados
porque para além deste sonho
só de mãos em punho se derrota
a insensatez,
unamo-nos em unÃssono e gritemos bem alto
contra aqueles que alimentam
o câncer da tempestade:
Sim, nós podemos!
V
Podemos instigar o levante de um novo dia
e ejacular na imensidão.
Podemos exaltar a certeza de um triunfo já bebido
e adormecer na escuridão.
Podemos amamentar a arquitetura dos rejeitados
e redefinir a comunhão.
Podemos afugentar a injustiça em preto e branco
e fortalecer a compaixão.
E quando os nossos sonhos nos envolverem,
renovemos-nos no cansaço; ainda que insuflados...
Ainda que inflamados pelo bel-prazer de desforra,
não usemos bombas nem fuzis
para conquistar o mundo.
Não coagulemos sangues bicolores
e nem arrotemos feitos desumanos
no âmago dos nossos dias próximos;
apenas — e tão somente por isso
— recomecemos desde hoje,
a despeito dos olhos murchos,
a celebrar a uma só flama
a reparação da vida,
e este canto é sua resposta!
© Benny Franklin
Canto de louvor a aurora de um novo tempo...
Porque esse é meu grito, a excitação de quem acredita!
"Podemos afugentar a injustiça em preto e branco
e fortalecer a compaixão. "
Que Deus ouça e de imediato atenda todos seus apelos, para que possas finalmente conhecer o real significado das palavras, amor, solidariedade e paz.
Abraços
Obrigado, Paulo.
GratÃssimo, Falcão, pelo comentário.
Respondendo-lhe, tento conviver com amor, solidariedade e paz,
a cada novo amanhecer dos meus dias.
Valeu!
E há mais belo canto do que este?
BelÃssimo!
Abraços,
Carlos ETC
http://interludios.blogspot.com
Belo canto
Podemos o que queremos!
Um beijo grande e parabéns
Meu poeta querido,que canto à justiça, ao que queremos fazer de nossas vida.
parabéns.Essa amiga te ama.
é isso ai, um texto maravilhoso.votado.
O NOVO POETA.(W.Marques). · Franca, SP 11/11/2008 11:33
Grande Benny
Não há como se render à força da eloquência dos seus versos....
Contra todos
aqueles que sonegam a
aurora da chegada.
Sim: nós podemos!..
Votado com todo louvor
Abraços
benny, amigo poeta, dos melhores
teus poemas são sempre um olhar sobre tempos diferentes. Tua alma anda por caminhos que ainda não descobrimos.
Abraços
Noélio
Benny
Que volte ou chegue ares ...tempos que desejas tanto, tanto
Mãos à obra
Obra divina precisa de mãos!
EU CREIO
EU CONFIO
EU TENHO FÉ
DEUS É PRESENTE!
DEUS É PRESENTE!
O.S. HENRY FORD
Salve Benny, poetAmigo,
Poema de uma beleza Ãmpar.
Traduziste com tamanha clareza
um grito de esperança, apesar de tudo.
Parabens pelo trato com a palavra: Belo!
Sim, nós podemos.
Aplausos.
Beijos,
Regina
POETA BENNY,
Os embrutecidos de espÃrito,
continuam varrendo,as migalhas
Que de joelhos,muitos irmãos,
sem cerimônias,tentam lamber...
MagnÃfico!!!
ABRAÇOS.
Porto Alegre-RS.
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