Memórias de alforje I

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Aldy Carvalho · São Paulo, SP
8/11/2008 · 171 · 57
 

Memórias de Alforje I
Aldy Carvalho
Dedicatória: ao overmano Raphael Reys.

Brincava eu em meu cavalinho-de-pau de cabo de vassoura. Papai contava-me fábulas com as quais ia sonhar mais tarde e fabricava boizinhos e cabritinhos de barro para eu secá-los ao sol e só depois pô-los no curral, aumentando meu patrimônio de fazendeiro das caatingas.
Corria atrás das borboletas, Jacy, Guaracy, por entre as rosas, margaridas e suspiros do jardim de minha avó que, quase toda tardinha lia romances, Pavão Misterioso, Sofrimentos de Alzira, Coco Verde e Melancia, em versos de cordel para a gurizada, nós, os sete irmãos. Na hora do Ângelus, mamãe ia ao alpendre da casa esperar papai retornar do trabalho e nós três, minha irmã, sete, eu, dentro dos quatro (era assim que se dizia) e meu irmão, com dois anos, íamos também esperar papai apontar na esquina da rua e aí o mais afoito, corria a destramelar o portão, e em desabalada carreira, eufóricos e tagarelas corríamos ao seu encontro, ganhando beijos e abraços e moedinhas de dez e cinqüenta centavos que ele deixava estrategicamente nos bolsos para nossa festa e alegria: -Verifiquem somente neste e neste, esse outro bolso é o bolso da maçã, só sua mãe pode mexer. Dizia ele sorrindo.
A essa época meus irmãos mais velhos, frangotes, cantavam “Helpâ€, pulavam e se sacudiam, “pois era assim que faziam os Beatles e Roling Stonesâ€, diziam-se apaixonados por uma tal de Brigite Bardot, uma tal de Barbarela, uma tal de Wanderlea. Colecionavam álbuns de figurinhas de times de futebol e eu me lembro que a figurinha de um tal de Pelé era a mais difícil, carimbada, e todo mundo queria, pois com ela completava-se o álbum e ganhava-se um prêmio valioso, bola de capotão ou bicicleta, não me recordo ao certo. Lembro que comecei a me interessar por tudo isso também, disputar no “abafa†com os outros meninos as figurinhas faltantes, brincar de bola de gude, pião, futebol com bola de meia e de capotão, mas essa, de couro, nós e o restante dos guris da nossa rua não tínhamos dinheiro para comprar, só mesmo aos domingos após o catecismo dado pelas freiras, catecismo, ensino de religião católica apostólica romana, pois que, o outro catecismo veio só mais tarde e às escondidas, “ô coisa boaâ€.
Então era aquela disputa pela bola reluzente, avermelhada, quando nova. Dividiam-se os times e começava-se a peleja, eu era denominado de café com leite, ou então ia ser gandula, por ser ainda bem guri pra empreender carreira de igual pra igual com os outros moleques atrás de uma “esfera de couroâ€, assim se referia à bola meu irmão mais velho, que detestava futebol e preferia se divertir atirando pedras nos telhados das casas ou construindo papagaios, pipas, que saia a vender para angariar fundos para a matinê de domingo. Normalmente papai dava o dinheiro para todos irmos, desde que acompanhado de nossa avó, “para cuidar dos meninosâ€, mas o dinheiro das entradas meu pai dava pra ele, meu irmão mais velho, por ser ele o primogênito, o mais ajuizado. Coisa das famílias sertanejas daquela época. Os filmes, normalmente bang-bang italianos, estrelados por Burt Lancaster, Giuliano Gemma, Franco Nero. Eu não conhecia mocinho nenhum e, diga-se de passagem, ao se fazer referência ao protagonista principal, nós, lá no Sertão, o chamávamos de “o artistãoâ€.
No rádio Telesparker da sala, um tal de “repórter essoâ€, em alta fidelidade, anunciava que o Governo estava baixando o Ato Institucional nº 2..., Pelo comentário do meu pai: - Eita! Agora eles mostram os dentes de vez, e não vão parar só nisso, vão arrasar meio mundo.
Pelo visto era o bicho papão. Pernas pra que te quero, melhor esconder-me debaixo da cama ou atrás das leiras de batata lá no meio do pomar, no quintal.
Em horas da tarde, mamãe colava ouvido e toda atenção ao mesmo rádio Telesparker. Um som ora longe, longe, com chiados, ora perto, audível. Era a onda que ia e vinha das emissoras do sul com o rádio teatro e radio novela, uma delas, O Direito de Nascer e outras mais que viriam. Ninguém podia fazer barulho nem solicitar a atenção de mamãe nessa hora sagrada de lazer cultural, pois ela ficava brava, muito brava.
Tempo, tempo, tempo guardado na memória, tempos de menino.
Lembranças das férias passadas na companhia dos padrinhos em sua pequena propriedade sertaneja encravada no meio do Sertão entre baixios e serrotes. De primeiro ia com a minha vó, pois era muito guri ainda, poderia chorar de saudades. Poucos anos depois, iria sozinho. Que maravilha chiqueirar cabras, colher mel silvestre, plantar mandioca, participar das farinhadas, debulha de feijão, subir nos imbuzeiros, chupar imbu até desbotar os dentes, caçar tatu, ver as vaquejadas e cantorias de viola.
Minha madrinha, àquela época funcionária pública, uma de suas funções era fazer a leitura dos ventos, das chuvas que por ventura pudessem ter caído por ali, naquele Sertão encantado, numa estação pluviométrica da Sudene, órgão federal, que ficava, a estação, bem no meio da caatinga, distante da casa uns três quilômetros, aonde íamos, a pé, duas vezes por dia. Quando à noite, vínhamos por uma vereda ladeada de marmeleiros e juremas, ela de farolete à mão clareando o caminho. Em época de vaga-lumes, ela apagava a lanterna para eu ver, encantado, o acende-acende dos ditos pirilampos, que de tantos que havia, iluminavam nosso caminho dispensando o farolete.
Tempo, tempo, tempo de menino, quando as novidades do mundo chegavam no galope das ondas de rádio.
Os Beatles na Inglaterra, Wandeca de mini saia, duas nações em pé de guerra, uma bate a outra faia. O Brasil é um gigante, se não ama, corra, saia. Eu, menino ignorante, naquele sertão distante, disse: Égua! Isso é paia.
Mas, quem viveu viu, a paia voar, o chicote acoitar. E houve quem não quis nem saber pro badalo não bater, a rua não encher e o soldado não prender, porém, quem soube fazer a hora não esperou acontecer.
Tempo, tempo, tempo de menino quando eu sonhava estradas, todas coloridas, bordadas.


Sobre a obra

Fopi após ler texto do overmano Raphael Reys, que me vi "escascaviando"o alforje da memória de onde me chegou esta crônica.
Memórias de Alforje I

Brincava eu em meu cavalinho-de-pau de cabo de vassoura. Papai contava-me fábulas com as quais ia sonhar mais tarde e fabricava boizinhos e cabritinhos de barro para eu secá-los ao sol e só depois pô-los no curral, aumentando meu patrimônio de fazendeiro das caatingas.
... Tempo, tempo, tempo de menino quando eu sonhava estradas, todas coloridas, bordadas.

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Aldy Carvalho
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Marcos Pontes
 

Muito bom, Aldy! O Raphael deve estar babando de felicidade.
Eu invejo quem tem essas boas lembranças de infância, ainda mais de infância do sertão, de onde saí aos três anos e não pude viver. Com meu umbigo enterrado na caatinga, sinto uma saudade do que não vivi cada vez que passo por lá, é uma lembrança de coisas que não vi, mas sei guardadas aqui entro.
Me dixou melancólico...

Marcos Pontes · Eunápolis, BA 5/11/2008 23:11
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Langinha
 

Muito bom, Aldy; muito bem construído. Parabéns. Abraços e até...Langinha

Langinha · São Paulo, SP 6/11/2008 00:21
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raphaelreys
 

Beleza caro Aidy! Nda como reminiscências. Grato por ter tocado no seu alforge de memórias. Recordar é viver. Boas lembranças das " figurinhas difíceis!" Pele e o pedal da bicicleta, lembra-se. Albertinho Limonta e as ondas do rádio trrazendo emocionalidades. O Cavalo de Vassoura é uma viagem tal Alice no Pais das Maravilhas. Uma iniciação aos portais internos da mente. Apalusos pelo postado e obrigado de coração!

raphaelreys · Montes Claros, MG 6/11/2008 06:50
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Andre Pessego
 

Adorei ver este nome - ALFORJE - escrito embalado por esta capacidade de contar lembranças.
Sabe que é mesmo - parecia-nos que tudo chegava acomodado no
alforge, no suado alforje. Inclusive as ondas do rádio.
abraço
andre.

Andre Pessego · São Paulo, SP 6/11/2008 07:06
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clara arruda
 

Aldyr.
om te ler pela manhã meu querido.Como disse e bem meu querido André,contaste nossas lembraças tão maravilhosamente.
Uma dedicatória prciosa tb ao nosso grande contador e cronista Raphael Reys.
Parebéns meu aigo.

clara arruda · Rio de Janeiro, RJ 6/11/2008 07:41
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clara arruda
 

Obs;amigo

clara arruda · Rio de Janeiro, RJ 6/11/2008 07:41
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celina vasques
 

Maravilhosa homenagem ao nosso querido poeta Raphael Reys!
Aplausos pelo texto postado onde relatas com muito carinho
e saudades um tempo muito querido e bom de ter sido vivido!
beijo no coração!
No
sso poeta Raphael deve estar muito feliz!

celina vasques · Manaus, AM 6/11/2008 07:45
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Orisvaldo Tanniy
 

Aldy,
Ótimo trabalho, bem constrído.Estarei na votação.Um abraço!

Orisvaldo Tanniy · Teresina, PI 6/11/2008 07:55
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azuirfilho
 

Aldy Carvalho · São Paulo (SP)
Memórias de alforje I

Uma Incrível viagem numa época táo importante para o brasil numa visáo crianca mas muito preciamente contada dos acontecimentos jundo da continuidade da vida.
Coisas importantes e sérias acontecendo e a vida seguindo em frente, até se crescer e atingir s maturidade.
Ficou muito bem feito, é o retrato de uma época.
Uma memória muito bem feita , de um tempo duro do Governo Militar Ditatorial e ao mesmo tempo época de ouro da infáncia correndo atrás de borboletas no Jardim florido.
Verdadeiro sonho.
Muita Maestria e Merecimento.
Parabéns
Abracáo Amigo

azuirfilho · Campinas, SP 6/11/2008 08:25
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Aldy Carvalho
 

Raphael, Marcos Pontes, Langinha, andré, Clara Arruda, Celina Vasques, Azuir Filho
De todo coração, muito obrigado pelas suas considerações à Memórias de Alforje I.
Provavelmente meu p~´oximo CD se chamará Cantos de Alforje ou Cantos de Algibeira
bjs desse cantador, poeta de horas consignadas, beradeiro láaaaaaaaaa do Sertão

Aldy Carvalho · São Paulo, SP 6/11/2008 08:57
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Ivan Cezar
 

Salve overmano !
Voce invocou até o "spaguetti" western - a fase da macarronada do velho oeste .
Legal mesmo ! - Lembro dos primeiros filmes coloridos, os cartazes destacavam CINECOLOR - CINEMASCOPE - e a transição do P&B
Bom , muito bom !

Ivan Cezar · São Sepé, RS 6/11/2008 09:31
1 pessoa achou útil · sua opinião: subir
Turbilhão Psicodélico
 

Que massa... que massa. Parece aqueles poemas românticos que remetem à infância, só que com um toque sertanejo, com o sotaque nordestino e uma boa dose de realismo.

Achei MUITO bonito este trecho:
"Em época de vaga-lumes, ela apagava a lanterna para eu ver, encantado, o acende-acende dos ditos pirilampos, que de tantos que havia, iluminavam nosso caminho dispensando o farolete. "
Ficou muito belo... daria um quadro e tanto!

Como disse o Marcos, o Raphael deve ter adorado mesmo.
Parabéns!
Volto pra votar, com certeza.

Turbilhão Psicodélico · Cuiabá, MT 6/11/2008 09:32
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EdimoGinot
 

Raphael

Dei um flash-back na minha vida.
Com várias paradas de saudosismo.
Eta trem bão que era.
Parabéns
um abraço

EdimoGinot · Curitiba, PR 6/11/2008 10:02
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EdimoGinot
 

Aldy
Como o link era do Raphael (e ele também solta aqui suas lembranças, equivoquei-me). Só não me equivoquei da saudade
que essa crônica me trouxe.
Um abraço

EdimoGinot · Curitiba, PR 6/11/2008 10:03
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su angelote
 

Aplausos!!!!! Votarei

su angelote · Jaboatão dos Guararapes, PE 6/11/2008 10:36
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MonyBlu
 

nossa, fantastico!!!! beijocas

MonyBlu · São Paulo, SP 6/11/2008 10:37
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Carlos Mota
 

todos temos alforjes e alforjes de lembranças,
as boas nos tocam e satisfazem...
parabéns Aldy pelo texto, parabéns Rafhael pela
apresentação,
abraaços,

Carlos Mota · Goiânia, GO 6/11/2008 11:14
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Eloy Santos
 

Belas memórias.
"... Tempo, tempo, tempo de menino quando eu sonhava estradas, todas coloridas, bordadas."
Parabéns aos dois.
Ao homenageado e ao memorialista.

Eloy Santos · Rio de Janeiro, RJ 6/11/2008 11:14
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victorvapf
 

Bela homenagem ao nosso Rapha, tambem muito bom nas suas lembranças. Toparam dois escribas de mão cheia agora! Quem ganha é o Overmundo! Parabens

victorvapf · Belo Horizonte, MG 6/11/2008 11:29
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Juscelino Mendes
 

Lembrar do reporter esso foi bom demais. Quem não ouviu não sabe a sensação de descoberta que isso proporcionava. Era do tempo em que se tinha pouco e se vivia mais, ao contrário de hoje.

Juscelino Mendes · Campinas, SP 6/11/2008 11:33
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Aldy Carvalho
 

Juscelino
Realmente, lembrar do reporter esso, além do mais, ter aparelho de rádio era privilégio, mesmo nos anos 60, pelo menos no interior do nordeste. Normalmente era o serviço de auto falante na praça...
Grande abraço,
Aldy

Aldy Carvalho · São Paulo, SP 6/11/2008 13:20
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Langinha
 

Aldy : convido vc a visitar m/ novo trabalho em edição: "Amor de menina". Aparece lá...bjs Langinha...

Langinha · São Paulo, SP 6/11/2008 14:42
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Lena Girard
 

Parece que estou vendo minha mãe diante do "rabo quente" - nome que demos ao rádio lá de casa - ouvindo a novela e se debulhando em lágrimas, minha irmã cantando o Calhambeque, meu irmão tendo de se esconder por que era rebelde, como dizia minha madrinha, era comunista. Tempos deliciosos, tempo em que eu fugia de casa para ouvir as histórias mirabolantes que minha vizinha contava.
Tempo, tempo!! Ah, que tempo!!!
Adorei!
Beijos, meu querido e obrigada pelo texto!

Lena Girard · Belém, PA 6/11/2008 16:11
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Aldy Carvalho
 

Lena
Pois é, cada um visitando os guardados no alforje, tirando de l;á as bonitezas todas de quando criancas, de quando de vez, adultos.
Como disse anteriormente, meu próximo Cd se chamará Cantos de alforje ou Cantos de algibeira ou...
Acho que vou submeter nomes aos caríssimos confrades overmano.
Bjinho

Aldy Carvalho · São Paulo, SP 6/11/2008 18:06
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Aldy Carvalho
 

corrigindo...
overmanos.

Aldy Carvalho · São Paulo, SP 6/11/2008 18:15
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raphaelreys
 

Êta! Um pavilhão de saudades e saudosistas! Belas lembranças da voz de Eron Dominques e a correria para escutar o Reporter Esso1 Beleza grande família overmana!

raphaelreys · Montes Claros, MG 6/11/2008 18:21
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Lola...
 

Aldy, em seu alforje moram tesouros. Uma preciosidade seu texto. Fala da saudade de acontecimentos rotineiros mas extremamente ricos na vida de qualquer um, independente da época em que vivemos. Beijo e um parabéns a você e ao Raphael cheio de nostalgia e saudade.

Lola... · Curitiba, PR 6/11/2008 18:58
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Doroni Hilgenberg
 

Aldy,
Que bela infância menino.!
Retratas uma época cheia de encanto e magia.
Parabéns pelo texto
Parabéns ao Raphael, ele merece a dedicatória.
bjs

Doroni Hilgenberg · Manaus, AM 6/11/2008 20:12
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Poeta Devany
 

Parabéns Aldy.

Poeta Devany · São Paulo, SP 6/11/2008 22:07
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JACINTA MORAIS
 

VC MERECE ,
RECONHECIMENTO EM BOA HORA...
TEXTO QUE NOS DEVOLVE A INFANCIA
POR ALGUMAS HORAS...
Recuperação das coisa boas,
esquecimentos das coisa ruins...
VALEU,
MTO BOM,
Parabéns a ambos!

JACINTA MORAIS · Cascavel, PR 7/11/2008 05:32
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Aldy Carvalho
 

Jacinta Morais, Poeta Devany, Doroni Hilgenberg, Lola
Caríssimos overmanos, família querida que se apresenta, solidária, fraterna,
Obrigado pelas considerações e opiniões compartilhadas.
Abs.

Aldy Carvalho · São Paulo, SP 7/11/2008 10:37
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joe_brazuca
 

Nossa !..tunel do tempo !
Bravo, beleza pura sua crônica de seu tempo !
abraço, volto !

joe_brazuca · São Paulo, SP 7/11/2008 11:04
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Raiblue
 

Maravilhosa homenagem ao Raphinha!
Mais que merecida!!

BEIJINHOS AZUIS
Blue

Raiblue · Salvador, BA 7/11/2008 12:01
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marilia carboni
 

Amei a homenagem !!! Beijos ...volto!!!!

marilia carboni · Londrina, PR 7/11/2008 12:40
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José Carlos Brandão
 

"Tempo, tempo, tempo guardado na memória, tempos de menino."
"Tempo, tempo, tempo de menino quando eu sonhava estradas, todas coloridas, bordadas."
Somente as suas palavras para falar das suas memórias!
Abs.

José Carlos Brandão · Bauru, SP 7/11/2008 17:56
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clara arruda
 

iniciando sua votação.

clara arruda · Rio de Janeiro, RJ 7/11/2008 22:01
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joe_brazuca
 

na sequencia da Clara...rs

joe_brazuca · São Paulo, SP 7/11/2008 22:21
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joe_brazuca
 

ah !...o Rapha, nosso amigão, merece a homenagem muito !...grande Rapha Reys !

joe_brazuca · São Paulo, SP 7/11/2008 22:22
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Ivy Gomide
 

Estes textos nostálgicos são pura delícia.. raphael é especialista nisso e pare e que agora descolou a trupe.. rs

Ivy Gomide · Rio de Janeiro, RJ 7/11/2008 22:37
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Marcos Pontes
 

Marcos Pontes · Eunápolis, BA 7/11/2008 23:01
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marilia carboni
 

Voltei p votar e deixar um beijo!

marilia carboni · Londrina, PR 7/11/2008 23:44
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Eloy Santos
 

Votei.

Eloy Santos · Rio de Janeiro, RJ 8/11/2008 00:07
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Agenor
 

Tantas recordações da minha infância me trazem este teu texto:
álbum de figurinhas; jogar "abafa", bola de meia, bang-bang com Giluliano Gema...
Bons tempos com gratíssimas recordações.
Votado com todo louvor
Um grande abraço...

Agenor · Aquidauana, MS 8/11/2008 00:32
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Circus do Suannes
 

Parabéns, Aldy.
"Hora do Ângelus" é mesmo coisa de alforje.

Circus do Suannes · São Paulo, SP 8/11/2008 09:38
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Lena Girard
 

Lena Girard · Belém, PA 8/11/2008 11:17
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Bethânia Zanatta
 

ai, essas gavetinhas quando abertas...
quanta coisa bonita.
obrigada por abrir essa gaveta para a gente.
beijo.

Bethânia Zanatta · Santa Maria, RS 8/11/2008 12:40
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O NOVO POETA.(W.Marques).
 

publicado esse lindo texto.

O NOVO POETA.(W.Marques). · Franca, SP 8/11/2008 13:00
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Doroni Hilgenberg
 

Doroni Hilgenberg · Manaus, AM 8/11/2008 14:17
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Falcão S.R
 

Bela inspiração para uma obra digna de aplausos.

Abraços

Falcão S.R · Rio de Janeiro, RJ 9/11/2008 03:48
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Carlos Mota
 

Carlos Mota · Goiânia, GO 9/11/2008 09:19
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Cintia Thome
 

Muito, muito bom texto, descreve os fatos com informação precisa, transcorre doce aqueles anos tão de sonhos e esperanças, muitos horrores...de moças lindas, filmes chorosos italianos, de saias curtas e também de 'saias justas"
Parabens. Perfeito!

ab

Cintia Thome · São Paulo, SP 9/11/2008 13:20
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Sônia Brandão
 

Aldy, que delícia ler a sua crônica lembrando dos doces velhos tempos. Tempos de sonho, quando se sabia valorizar as pequenas coisas e se satisfazer com elas.
abs

Sônia Brandão · Bauru, SP 9/11/2008 17:47
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azuirfilho
 

Aldy Carvalho · São Paulo (SP
Memórias de alforje I
Com carinho elogiando e exaltando o merecimento do Autor.
parabéns.
Abracáo Amigo

azuirfilho · Campinas, SP 11/11/2008 13:25
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ana wagner
 

Votando rapidinho! Parabéns! bjs

ana wagner · Porto Alegre, RS 12/11/2008 17:21
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rené ociné
 

Adorei também!
Cabra bom...
O jeito de se compor brasileiros do bem, diferentes de alguns que se intitulam elite, até hoje. Que bom que as diferenças se mantenham e sejam tantos os homens bem formados, dando orgulhos uns aos outros, aos filhos, aos pais e antepassados, dos quais o orgulho se mantém intacto e liso.

Parabéns Aldy
.

rené ociné · São Paulo, SP 19/11/2008 12:06
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Aldizio Barbosa
 

Aldizio Barbosa · Salvador, BA 2/12/2008 01:09
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Aldizio Barbosa
 

"em alguns trechos me vi entre os musambês,macambiras,quipás,jogando bola de meia no oitão de casa,chupando um picolé da sorveteria alaska,ô calor retrinca! olhando a morena bonita que passava todas as tardes pra granja,enquanto esperava o vizinho matar o porco,logo depois a gurizada raspava o porco e ganhava os rins,TEMPOS,TEMPOS que hoje as crianção não conheçem mais. como diz o poeta Isto vale um abraço companheiro."

Aldizio Barbosa · Salvador, BA 2/12/2008 01:22
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