A cidade amanheceu com sol, mas o dia estava longe de ser quente. Era maio, e portanto, quase começo de inverno. Mas o que importa mesmo é que era domingo, dia de prova de motocross. Isto significava invariavelmente sol, suor e cerveja. A turma dela era manjada e mal vista pelo pessoal da antiga. As famílias respeitáveis da cidadezinha tradicional e interiorana não engoliam bem aquele bando de motoqueiros que gostava de curtir a vida, viajar aos finais de semana, e se embebedar. Não necessariamente nesta ordem.
Fernanda era pura irreverência. Adorava uma provocação. Sozinha em casa, se vestindo para sair, às nove da manhã, sorria diante dos pensamentos que lhe ocorriam.
- Filha, deixa a moto aí e pega o carro do seu irmão – disse a mãe – não vai beber e andar de moto de novo Fê!
Ela concordou. Mesmo por que tinha planos diferentes para esse dia. Era a única mulher, motoqueira, num bando de rapazes. Desbocada, do tipo que fala palavrão. Masculina? Uns diziam que sim, outros não se importavam. E ela, pessoalmente, não estava preocupada.Talvez por que curtisse demais, beijasse demais, e tivesse uma vida sexual livre demais para uma cidade do interior.Guardou a chave da Honda na prateleira.
- Mãe, fala pro Chico que tá aqui!
Saiu para o sol. O Jeep do irmão, sem capota, era pura curtição. Bem ao estilo dela. Cabelos longos e molhados secando ao vento, rayban no rosto, buzinou cinco quadras depois (...)
Que coisa linda, Robrta. Parabéns pelo trabalho.
Carlos Magno.
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