Estes textos são de autoria de alunos da disciplina “Linguagem Audiovisual II” da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO-UFRJ), e foram escritos entre março e abril de 2007.
A idéia de incentivar a produção coletiva de críticas, análises, avaliações e comentários sobre as várias dimensões do consumo, da produção e da distribuição de música nos dias de hoje partiu dos debates e das questões levantadas no evento Música Chappa Quente, realizado no dia 21 de março na própria universidade.
Legal, Anna Carolina. Acho bem interessante usar o Banco como espaço para publicação de textos universitários. Ajuda a dar uma coesão aos textos e os alunos têm oportunidade de ter seus trabalhos "guardados" e disponíveis na web. Fica o registro da produção de uma turma, né, não deixa de ser uma produção coletiva. Melhor ainda saber que os alunos da ECO estão refletindo sobre essas coisas - estudei lá e escrevi tão pouco durante aqueles quatro anos! Abraços
Helena Aragão · Rio de Janeiro, RJ 9/4/2007 18:20
Os textos estão muito bons e dizem nada mais q a verdade. Conheço todas as bandas citadas no decorrer desses textos, mesmo não dispondo de tempo o suficiente para procurar e conhecer diversos e bons artistas q só conseguiram espaço na Internet e a partir dela. Muitos especialistas e as proprias gravadoras gastam horrores com campanhas contra a pirataria, só q não veem q o formato mercadologico q eles estao praticando está muito ultrapassado. Essa coisa de comercializar informações armazenadas num disco de dados é praticada desde o inicio do século passado, quando nos dias de hj dispomos de periféricos portateis e versateis, de maior custo-benefício, muito mais funcionais e usuais. Um disco de CD, vinil, etc. armazena rigidamente uma tipologia de informações q só se executam num drive específico para aquela função, logo, para isso, além do disco o usuário tem q ter o drive para executá-lo - no caso, ouvir música. Um ipod, mp3 player, celular, etc., além de armazenar as mesmas informações, permite adquirir outras de outros formatos, para outras finalidades, e executa-las ali mesmo no referido aparelho, sem necessidade de qualquer outro periférico externo. Isso permite um custo final menor ao consumidor. Desde então, cabe as gravadoras mudar suas estratégias de mercado, o seu formato e se adaptar à nova realidade. Até pq, cobrar franquias aos provedores pelo uso dos direitos autorais de seus artistas talvez não traga os rendimentos esperados, já q há sites na Web q oferecem as mesmas músicas em vários formatos gratuitamente. E até mesmo novos e consagrados artistas estão conseguindo muito bem vencer a competitividade do mercado da música, obtendo novos caminhos de gerar seus ganhos financeiros (digo receita), de fazer o seu marketing e de obter maior demanda nos seus shows. Pode-se até sugerir a comercialização de CDs como uma barreira para o artista, pois, como dito em um dos textos, o dinheiro q o fã gastaria na compra de um de seus discos pode ser direcionada para a compra de um ingresso da apresentação da mesma banda - acrescentando também, aqui no Brasil um artista "dependente" tem direito a menos de 1% na participação da receita gerada na venda de um disco.
Lendo esses textos e redigindo esta mensagem agora, me veio na cabeça a seguinte idéia: as gravadoras estão se tornando um dos meios de divulgação dos trabalhos dos artistas, e não mais o principal, aliado aos meios de comunicação de massa, como radio e tv.
Logo, cabe a elas se adequar a essa nova realidade e buscar fechar parcerias - seja com os proprios artistas, na concessão de acordos os quais permitam maior participação na receita das vendas de seus produtos autorias, ou com os provedores de sites e de acesso a Internet mais aparentes e acessados pelo público internauta. E, principalmente, lutar em conjunto as demais camadas da sociedade contra essa altíssima carga tributária brasileira, q é o principal culpado pelos altíssimos preços dos CDs no país.
Abraços!!
De fato acredito que estas questões, que não se restringem apenas ao universo da música, mas acabam atingindo todo o cunsumo cultural hodierno, merecem e devem sim ser amplamente debatidas e discutidas. Fico feliz de ver os textos têm ressonância e de que, uma vez publicados aqui, podem alcançar públicos extra-muros das universidades.
carolina · Rio de Janeiro, RJ 10/4/2007 11:40Tem ressonância sim, Carolina. Tem muita coisa escrita neles q eu com minha banda estamos pretendendo fazer e q até então acreditávamos q ninguém o havia feito. Os salvei aqui comigo pra mostrar pro pessoal...
Andesson_Cavalcanti · Natal, RN 10/4/2007 11:46
Muito bom. Mandei um email pra você depois me responde tá?
Um abraço
Texto produzido pelos alunos Camila Moreira, Felipe Xavier, Fernanda Fernandes, Igor Waltz, Julia de Moraes Vieira, Leonardo Cantero, Nathalia Nigro, Rodrigo Prates Carraresi, Tatiane Cruz Leal Costa
A revolução digital trouxe mudanças e levantou questões importantes quanto às configurações do mercado da música, à Internet e ao conseqüente comportamento de parte da sociedade “digitalmente inclusa”.
Quanto à indústria da música, há uma grande polêmica envolvendo a Internet, o artista e a gravadora. A disponibilização de músicas na Internet acelera o processo de divulgação do trabalho do artista, fazendo com que se atinja um público maior, ao mesmo tempo em que prejudica o desempenho da gravadora, que perde na venda dos CDs.
Entretanto, o preço dos CDs é alto, e o câmbio de músicas pela Internet, downloads e uploads, já é algo incontrolável, mesmo que considerado crime de pirataria por muitos. Sendo assim, como as gravadoras devem proceder? Baixar os preços dos CDs, ou aliar-se de alguma forma à toda essa “digitalização”, disponibilizando parte das músicas na Internet, por exemplo, resolveria o problema?
Essa é uma questão delicada e que muito faz pensar. Além disso, por um outro parâmetro, questiona-se também como alguns sites que detêm um enorme número de acessos, como o Youtube ou o Yahoo, poderão obter um maior lucro com isso. Sabe-se que há um potencial muito grande de lucro, mas ainda não se sabe como utilizar, usufruir desse potencial.
A Internet possibilita a cada dia, um maior dinamismo e interatividade, além do alcance global que ela proporciona, seja da notícia ou da música, por exemplo. Sites abertos contam cada dia mais com a colaboração das pessoas , que, por muitas vezes, assumem uma “função papparazzi”, fotografando tudo através de seus celulares, por exemplo, narrando e/ou criticando fatos.
A “globalização” da música, já mencionada, pode ser percebida na presença e influência de gêneros musicais brasileiros na cultura musical do exterior. Um exemplo disso é a presença de quatro CDs do funk carioca na lista dos 100 títulos mais “chiques” de uma loja francesa. É a revolução digital promovendo a aproximação do mundo de forma mais rápida.
Tava conversando com um amigo meu a respeito do assunto e ele me abriu uma idéia: Há CDs q entram no mercado a preços exorbitantes e depois de algum tempo os mesmos caem em níveis impressionantes. O exemplo q a gente usou foi o do cd do acústico Kid Abelha. Assim q foi gravado, nas lojas daqui de Natal e na Net, seu preço girava em torno de 35 reais, em algumas lojas se cobrava até R$ 49,99. Nos dias atuais, e desde há um ano e pouco, o preço desse cd se encontra no patamar dos 10 reais. Patindo da idéia de oferta X demanda, de fato pode-se explicar esse fenomeno com a queda da demanda por esse disco, se comparado na época de seu lançamento. A discussão atual do alto custo de aquisição de um cd aqui no Brasil se vale da alta carga tributária incidida sobre esses produtos, q é muito pesada. Mas como q se pode explicar tal ocorrência, como esta dada a respeito do cd do acústico Kid Abelha, se as gravadoras hoje em dia conseguem pôr no mercado discos a baixo preço pro consumidor final, mesmo q cobrando preços altos para outros cds? Ainda em uma entrevista com um executivo de uma das maiores gravadoras atuantes no país, o mesmo relatou q é mais interessante pro empresario do ramo vender 10 discos a 40, 50 reais do q vender 40, 50 discos a preço de 10 reais, visto q há uma demanda de consumidores constante e fiél ao CD convencional. Há uma série de justificativas por parte das gravadoras, mas continuo a insistir q o modelo de prática de mercado q eles insistem em praticar é muito ultrapassado e desatualizado. Os caras querem construir e morar numa caverna bem no meio de um grande centro urbano, cheio de edifícios e arranha céus.
Andesson_Cavalcanti · Natal, RN 16/4/2007 12:04Para comentar é preciso estar logado no site. Faa primeiro seu login ou registre-se no Overmundo, e adicione seus comentários em seguida.
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