Meu livro O Mundo Funk Carioca está esgotado há muito tempo. Culpa minha. Minha querida editora, Cristina Zahar, bem que tenta, todo ano, que eu escreva uma nova introdução para um relançamento. Ela tem toda razão: o baile funk carioca mudou radicalmente de 1988 (data da primeira edição) para hoje. Por exemplo: era 100% música importada, hoje é 100% música nacional. Ou: era totalmente desconhecido na Zona Sul... Etc. Mas não tive tempo até agora para a tarefa: é quase como escrever um outro livro... E como muita gente vive me cobrando o livro, enquanto não junto energias para a introdução, vai aqui um quebra-galho: o texto integral da dissertação de mestrado, intitulada O Baile Funk Carioca.
Demorei também para disponibilizar este texto aqui no Overmundo pois não tinha cópia digital. Marie Azambuja me ajudou a digitalizar. Tentei fazer uma revisão a mais cuidadosa possÃvel, mas muito errinho deve ter escapado. Coloquei o número das páginas originais da dissertação assinaladas em vermelho na margem direita do PDF, para facilitar a vida de quem quiser citar (assim a citação vai se referir à versão que está depositada na biblioteca do PPGAS, Museu Nacional, UFRJ).
Como brinde, disponibilizo também, um outro arquivo (encontrável via a tag "o baile funk carioca hermano vianna") com as fotos que acho que até hoje só os membros da minha banca de mestrado viram. A qualidade é péssima (eu sou o autor...) Mas é um documento de época. Chamo atenção para as fotos da roda, dança que desapareceu dos bailes atuais.
Relendo tudo, tive a impressão de que tudo que escrevi depois é apenas um anexo para esta dissertação. E tenho certeza que o melhor dela são as epÃgrafes...
Divirtam-se!
PS: O CapÃtulo 1, mais teórico e cheio de citações em inglês e francês, pode ser pulado na boa por quem estiver com pressa de chegar logo ao baile.
Excelente, Hermano, já me perguntaram muito se seus livros estavam aqui também. Só não achei o arquivo das fotos.
Abraço!!
Que bom que disponibilizou sua dissertação. Fui informada por um amigo meu da faculdade, que trabalha no Overmundo e sabe de meu interesse- Viktor Chagas - que você iria por o texto aqui, fiquei esperando pacientemente... e enfim poderei lê-lo. Minha pesquisa de fim de curso é sobre a sociedade e os bailes funk, utilizando como viés as mulheres no baile... ainda está em elaboração.
Obrigada pelo primoroso documento. Um abraço.
Finalmente! Daqui uns dias vai ser a vez do meu livro (Direito, Tecnologia e Cultura) ser postado aqui. E vamos nessa.
ronaldo lemos · Rio de Janeiro, RJ 22/9/2006 21:52beleza hermano. há tempos queria adquirir esse seu trabalho. ronaldo, aviso aqui também que logo logo estarei disponibilizando aqui a novela que acabei de lançar : eunóia.
eduardo ferreira · Cuiabá, MT 23/9/2006 17:34
Pronto, acabou-se a busca desesperada em sebos (ô livro difÃcil de achar!), as fotocópias passadas de mão em mão!
Ótima notÃcia!
Fico realmente empolgado com essa quantidade de livros postados. A coisa tá ficando boa!
Quero disponibilizar em breve a minha monografia por aqui. Uma hora vai!
Legal, Hermano. Eu me lembro de ter lido o livro na faculdade, numa cadeira de antropologia perdida no meio das jurÃdicas. Foi inclusive o objeto da avaliação final da disciplina. Na época achei tudo muito louco. Passados uns oito anos, acho ainda mais. O baile deve ter mudado, mas o texto não perdeu o charme, digo, o funk. Excelente contribuição para a parte de livros do site (que só faz melhorar mesmo)! Abs!
dansudansu · Rio de Janeiro, RJ 26/9/2006 14:25Hermano, que barato! Eu estava atrás desse teu livro há tempos! Obrigado por esse presentão!
Fábio Fernandes · São Paulo, SP 30/9/2006 14:58
Muito bom, o livro e o anexo das fotos. Me pareceu bem familiar com os bailes blacks sulistas. As vestimentas (anos 80), me recordei de cara da minha infância dos bailes do Jara musisom, jogos de luzes e as paredes de caixas de som, parabéns.
abraço
Eu tenho... Hahahaha. MAs, ficou no Brasil. Impressionante como o funk carioca gera interesses. Fiz um documentario em 2001 e ateh hoje o documentario eh requisitado para exibicoes. Na verdade, acho que ultimanente bem mais requisitado que na epoca do lancamento. Coloquei o video no YouTube e descobri depois ele linkado ateh num programa de um curso de musica de uma universidade estrangeira. Recentemente, entrevistei para uma materia num jornal local uma funkeira japonesa. Na verdade, ela faz uma musica em que o funk carioca eh uma das influencias. Pensei em posta--la aqui, mas nao sei se rola pq ela nao eh brasileira... O que acham?
Roberto Maxwell · Japão , WW 9/11/2006 12:29rola sim, Roberto - fiquei bem curioso!
Hermano Vianna · Rio de Janeiro, RJ 9/11/2006 12:32
Hermano, valeu por publicar seu trabalho!!!!!!!!!
Agora vou esperar o livro. Estou dependendo dele p/ começar meu trabalho de graduação.
Bjs!!!!!!!!!
A entrevista esta na sala de edicao.
Roberto Maxwell · Japão , WW 9/11/2006 15:09
sempre indico esse teu texto para todos, e eu mesmo só tinha uma cópia tosca. Muito obrigado por esse presente.
Um abraço!
valeu por disponibilizar sua dissertação.
abçs.
Poxa! Amei sua atitude. Como assim, disponibilizar um livro? UM máximo... quem dera se os autores que preciso citar em meus artigos fizessem isso. Fico aqui, procurando, procurando e esperando minha poupança aumentar para conseguir comprar todos... Parabéns de verdade! Um máximo!
Bruna Célia · Goiânia, GO 7/5/2007 00:45
Não adianta ter preconceito contra o funk. Ele é a identidade do Rio de Janeiro assim como o samba.
Um grande abraço, Hermano.
poxa hermano, não daria pra disponibilizar o mistério do samba?
pois tenho procurado para comprar e não tenho consiguido.
sou estudante de filosofia da UF de Ouro Preto, mas sou pesquisador de samba, já li o MS e ele é de fundamental importancia para o meu trabalho
no mais valeu!
Participei de uns 3 bailes Funk no Clube Botafogo em Botafogo, com Luizinho D'J, era legal até eles começarem a fazer traduções das musicas tocadas, ai vinha palavrão e só esperavam a musica - acho que era do nazareth traduzida para: vou dar porrada, porrada até cair no chão, ai começava a pancadaria nós manés antecipadamente visados. Ai na saida quem deixasse para sair no fim do baile corria risco de vida, me lembro de um lance terrivel: formou um bolo em volta de 2 que tinham brigado lá dentro, ai um moleque aqui de fora pegou um paralepipedo e jogou no bolo visando a cabeça de alguém. Pouco meses depois meu amigo foi tirado da cama por outro "amigo" para ir nesse baile, esse falso amigo tinha batido em 2 fracotes na semana anterior- ja havia essa guerra de morros- e temia que ele viesse com muitos. Ele veio só com 1 que tinha uma camisa enrolada na mão. Os 2 amigos ja dentro do onibus, os pivetes la de fora chamaram: Vem bater na gente, otarios! O que tinha batido nos moleques desceu 1º, enquanto isso o pivete dizia ao outro: Me dá o negocio!
O outro deu um revolver, e este saiu atirando: Pegou na perna de um, e na cabeça do meu amigo!
Enterrei ele no dia do meu Aniversario!
A respeito do mesmo funk carioca, sob um enfoque social, cultural e também jurÃdico, fica o meu convite a quem se interessar a ler minha monografia. Está em:
http://www.overmundo.com.br/banco/direito-e-cultura-popular-o-batidao-do-funk-carioca-no-ordenamento-juridico
Abraços!
Parabéns Hermano Vianna.
Maior orgulho votar em sua obra.
Obra igual ao seu Criador.
Imensidáo de ricas informacoes, beleza e generosidade no compartilhar.
Esta no lugar certo pra contribuir para a formacao do nosso povo.
Desculpas por meu micro nao ter til, cedilha e pontuacao.
Cara, lendo seu artigo lembrei de um texto que escrevi faz muito tempo... Vou colocar aqui pra você dar uma olhada.
Abraço,
Bom ou ruim?
Ultimamente tenho me perguntado bastante sobre o que é bom e o que é ruim na arte em geral. Normalmente é julgado bom o que a academia consagra, e ruim o que o grande público consome. Mas me pergunto: Para que serve a arte? No meu entendimento arte é catarse, é o remexer dos sentimentos guardados, é incomodação gerada por um ponto de vista limitado.
Logo, se vivemos em um paÃs no qual 70% das pessoas se mobilizam ao escutar “piriririm-pirirrim-piriririm alguém ligou pra mimâ€, e não só se mobilizam, mas se sentem provocadas com todo apelo sexual dessa música, será que ela não é boa? Será que se convencionou que é ruim?
Particularmente não gosto muito, no entanto não posso negar que a letra dessa música reflete perfeitamente a mentalidade do ser humano na entrada do século XXI; uma mentalidade impregnada com transações comerciais, uma mentalidade que considera pessoas iguais a coisas consumÃveis. Sendo assim, acho que a música do Bola de Fogo retrata perfeitamente a sociedade atual, assim como Machado de Assis retrata a sociedade no final do séc. XIX.
Não podemos negar que esses mesmos 70% da população que se comovem com “piriririm-pirirrim-piriririm alguém ligou pra mim†não sentiriam nada ao escutar “Construção†do Chico Buarque, por mais relacionada com suas vidas que a música esteja.
Para mim não existe bom ou ruim; o que existe são pontos de vistas, e alguns são mais doloridos de aceitar.
O que é bom e o que é ruim para você?
oi Mauro: seu texto inicia uma boa conversa! já leu o que escrevi (também nos comentários) neste outro post do Overmundo? grande abraço!
PS: e quanto ao Bola de Fogo: por que "transações comerciais"? os garotos só estão namorando na praia! hehehehehe
demorei mas vou ler...
abração
oi hermano, graças a deus vi tudo acotecendo, alô FUNK BRASIL 1!!!começei a ler hoje!venho numa expectativa de anos!!li por tabela através de entrevistas com dj malrboro e o livro do meu amigo jornalista silvio essinguer- batidão: uma história do funk; "é como dar um rifle para um chefe indÃgena" isso é maravilhoso, a forma crucial que vc participou da criação do nosso funk!
desde que eu tocava rock e o rock pra mim , principalmente o rock´n´roll tem muito do nosso funk; é energico, é sexual, duplo sentido, irônico, noturno e mestiço.o nosso funk é antorpófago, da maneira mais linda e espontânea que poderia ser, e vem e continua vindo num processo de massa, multidões!!!
alô inquisidores não me venham com a idealização cultural dos cadernos b que predominam na zona sul, é uma dificuldade e um pudor papal para requebrar os quadris...parecem um bando de freiras falando mal do falo do diabo, mas cheias de tesão, rsrsrs
acredito que o oiticica teria ficando pirado com o funk e sua apropriação canibal-espontânea.
DEMORÔ FORMà O BONDE DO ABAPURU!
até breve!pois eu vou viajar no tempo, ah!! fiquei muito feliz de saber que vc (hermano) ouviu nossos funks (perebah e jair) e achou legalzinho!
errata:
saiu antorpófago, e é antropófago (nesse caso foi uma citação ao Manifesto Antropofágico escrito por Oswald de Andrade caros amigos do overmundofashionparadisesuculentochurros)
tae um livro que eu ainda não tinha lido, apesar da vontade de ler. costumo dizer quando opino sobre o funk: "quem hoje diz que funk, rap, pagode não é música, ontem dizia que negro não era gente".
download concluÃdo. até mais!
hermano
lido e citado
logo mais aviso
abraços
oi Hermano!
voltando ao overmundo depois de algum tempo me deparo com seu livro, grata surpresa. O que você acha deste artigo que escrevi?
http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=481FDS010
abraço!
eenzo.m@gmail.com
...parabenizo-o por disponibiliar um trabalho tão importante. Fico torcendo pela reedição do seu livro. Abraços.
graça grauna · Recife, PE 24/5/2008 08:51Hermano, estou fazendo um artigo sobre o surgimento e a evolução do funk no brasil, li tua monografia (que ajudou muito) e não sei se é meio impossÃvel, mas gostaria de saber se nao teria como eu te mandar uma entrevista curta sobre o assunto por e-mail? obrigada
mariana. · Porto Alegre, RS 12/6/2008 01:11
Que bom que disponibilizou sua dissertação. Fazia tempo que queria ler.
Parabéns pela iniciativa
Abraço
Marianne
Hermano, agora poderei saber um pouco mais da pessoa que faz ótimos comentários e dá ótimas sugestões. Obrigado por disponibilizar.
Abrax!
Vou mergulhar no seu livro sem dúvida. Parabéns, overmano! Grande abraço.
Veja se aprova:
http://www.overmundo.com.br/banco/carnaval-transdoor-na-bahia#c369889
Comecei a leitura.
Na qualidade de professora de pós-graduação de IFES, posso lhe garantir que sua dissertação é valiosa.
Beijo!
Além do enfoque social, cultural e jurÃdico(sic), é preciso levar em conta o enfoque neuro-psiquiátrico dos frequentadores desses bailes. Centenas deles passaram a ser medicados com Haldol, que parece ser o único medicamento eficaz nesses casos. Música de baixa qualidade e excessivamente barulhenta pode prejudicar a saúde auditiva e mental dos atingidos. Nosso grande maestro Diogo Pacheco, ao transitar de carro pela periferia de S. Paulo, foi atingido por um projétil de música 'fanque'. Atendido pela emergência da Unimed,teve que fazer uso de Haldol, além de fartas doses de Respidon durante 3 meses. Quanto aos freqëntadores que foram baleados nestes tranquilos bailes, ficam apenas na esfera policial ou médico-cirúrgica mesmo. E de custo social barato... Para um paÃs rico como o nosso. Infelizmente, nestes casos,o uso do Haldol é inútil. Faz-se necessário, portanto, uma avaliação rigorosa do estado neuro-psiquiátrico dos amantes deste tipo de ... música. Nosso Ministro Temporão até poderia ser consultado. Quem sabe o Haldol não seja a solução?
lagoacristo · Rio de Janeiro, RJ 22/3/2009 07:04
Olá Hermano... não te conhecia mas por necessidade vim parar aqui e pude conhecer um pouco de seu trabalho.
a necessidade que me tras aqui não tem nada a ver com o que se está comentando, mas como não consegui outra maneira de falar com vc, vou postar aqui mesmo. tenho uma banda em goiânia na qual estamos lançando um cd e estamos utilizando 10 segundos de um música disponibilizada no programa música do brasil. É a música que imagino que se chama Rosinha, de domÃnio público. queriamos autorização para poder utilizá-la.... será que poderia me passar seu contato para podermos conversar mais diretamente? obrigado
FLávio (email - faclimaco@hotmail.com)
Hermano,
eu que não acreditava muito na divulgação internética de alguns textos, agora fico meio sem jeito em dizer que a sua idéia foi muito boa. Os meus alunos adoram o seu livro e as reflexões que ele propõe.
Um abraço afetuoso, Faraó
que bacana Faraó - mande abraços para os seus alunos!
Hermano Vianna · Rio de Janeiro, RJ 12/4/2009 21:00
Assisti há pouquinho e me veio a idéia de linkar aqui: Tom Zé falando sobre o Funk Carioca e a influência do estilo sobre o disco Danç-Êh-Sá, além de outras circunvoluções possÃveis.
Prezados,
vejam 3 min de graça!
http://www.youtube.com/watch?v=NHOr71ccj6A
Parabéns Hermano Vianna. Nós da Grafica , em poucas palavras queremos lhe desejar muito sucesso na edição e vendas de todos os seus livros...
Yeshua Arts Graficas · Curitiba, PR 9/4/2015 00:53Para comentar é preciso estar logado no site. Faça primeiro seu login ou registre-se no Overmundo, e adicione seus comentários em seguida.
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