O Cancro

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camuccelli · Rio de Janeiro, RJ
5/6/2018 · 1 · 0
 

             Quando o robô do tamanho de uma criança de cinco anos, voltava para a nave cujo o nome é o Curioso. Viu uma pedra do tamanho de um pires pequeno.  Olhou para ela e não se interessou. Continuou a andar em direção à nave a alguns metros a sua frente. Abriu a porta apertando um botão em sua mão, antes que levantasse o pé para subir o degrau, a pedra estava do seu lado esquerdo brilhando. Ele a olhou por segundos, não refletiu, pois robô não pensa, agi. Esticou o braço, e com as garras na ponta  pegou-a, retirou de dentro de uma gaveta do seu lado direito um saquinho, onde pós a pedra. Ao subir a escada jogou-a  no meio de outras matérias que tinha recolhido do chão rochoso do planeta Marte.
         Assim que entrou na atmosfera, a nave se transformou em uma bola de fogo. Ao invés de ir para o país de origem, alguma coisa aconteceu, e a sua rota foi mudada.  Caiu no solo deserto do nordeste brasileiro.  Havia uma cidade  a algumas horas do lugar onde ela caiu,  A cidade ficou alarmada,. Todos os moradores que viram a bola de fogo,ficaram temerosos achando que era castigo do céu. As autoridades, cientistas e jornalistas pegaram seus automóveis e saíram em disparada para onde a nave tinha caído.  Uma vez no lá,  demarcaram e isolaram o local.
       O jornalista fotografava tudo quando avistou a pedra. Intrigado, recolheu-a. Ela foi se transformando em uma coisa fibrosa  e tomando todo o seu corpo. Se espalhou pelo seu sistema nervoso. Assim que a ação foi concluída, estatelou-se no chão de uma vez só. 
        Ao recobrar os sentidos, viu-se preso  a em fios. Estava deitado em uma cama no pronto socorro em uma sala vazia. Arrancou-os de uma só vez.Sentou-se à cama por segundos. Olhou para os lados.  Levantou-se e andou até a porta, ao abri-la vê o segurança que assustou-se ao vê-lo vestindo uma camisola, agarrou-o  pelo braço. Os tendões transferiram se dele para o segurança deixando o corpo do jornalista a beira da porta.O segurança caminhou se ajeitando pelo corredor até chagar ao elevador.  Quando a porta abriu, ele entrou e desceu até a garagem, Foi até uma caixa perto da porta de saída,abriu-a e pegou a chave de um carro. Ligou - o e se foi.
       Dirigiu calmo pela a avenida até chegar ao aeroporto. Parou o carro na no meio fio,abriu a porta e saiu. Passou pela porta da entrada e foi até o balcão. Examinou cada pessoa no saguão por um bom tempo, o painel de horários ,o embarque e desembarque. Esquadrinhou cada canto com os olhos ávidos, até encontrar a pessoa que procurava. Viu-a na fila de embarque caminhando para embarcar. Ele foi se aproximando,se aproximando até chegar perto dela e tocar-lhe  nos ombros,ela se volta para ver quem era,os tendões saem do seu corpo e entram na mulher que carregava uma valise de rodinhas. De imediato cai,e o corpo dele fica perto da catraca com os olhos arregalados.. A mulher deu uma rodopiada,mas não caiu,um senhor que estava à sua frente a olhou sem entender,,ela se desculpou e seguiu  para o avião. Um tumulto generalizado se formou em volta do corpo do segurança.Um senhor dizendo-se médico examinou-o e disse:--Morto,está morto! Imediatamente um segurança do aeroporto foi afastando a todos e isolando o local. A mulher  não olhou para trás, seguiu com as outras pessoas até entrar no avião..
       Todas as ruas fechadas em volta  da praça. A pedido da mulher que tinha descido no aeroporto e pegado o primeiro táxi que viu. O motorista parou em uma rua paralela. Ela enfiou a mão na bolsa,tirou o dinheiro e o pagou. Desceu do carro e seguiu atenta por uma viela até  avistar o palanque, onde o ex presidente falava  para uma multidão alvoroçada. Ele dizia:----Um país que foi arrancado do tronco de uma árvore, teve que vê - lá arder em chamas, para depois. ..depois, separar o brasil das cinzas e soprar. Só então pode ser chamado pelo nome que hoje tem. Mais o "pobrema" não é a cinza, porque o homem de bem renasce das cinzas. O "pobrema" é o povo mal agradecido.---Virou para um dos seus, ele entregou - lhe um copo de plástico, a água no copo era água ardente. Ele bebeu, fez cara feia e prosseguiu:---Vocês devem se lembrar do que fiz por esse povo ingrato. O que me dão em troca?  Aplausos, não!  Forca! ---Falava com a voz já embargada. Ele olha para cima e vê helicópteros sobrevoando o local. A multidão enfurecida, gritava, aplaudia. A mulher conseguiu subir no palanque, depois de cumprimentar alguns, dar Beijos na face por duas vezes, ser gentil. Mas,todas as vezes que ia tocar no ex presidente, alguém a impedia. A senadora não saía de perto, impedia qualquer um que fosse se aproximar dele. Lá pelas tantas, a palestra acabou. O ex presidente asenou com a mão para a multidão,e entrou por uma porta no fundo do palanque.  A mulher ficou tão decepcionada que jogou o copo que segurava no chão. Numa rua detrás do palanque, no carro,dois agentes da polícia aguardavam o  ex presidente. A mulher correu para ver se conseguia chegar perto,mas o carro já tinha saído em disparada. Que fora seguido por outros dois.
    Naquela noite,houve brigas, mortes, e de tudo um pouco.. Ela foi para o hostel onde se hospedara. Tomou banho, se vestiu ,consultou a agenda. Tinha ouvido falar de uma festa em um clube, homenageariam alguns politicos,e o ministro do tribunal superior que soltava políticos presos por corrupção e empresário denunciados estaria lá. Chegando no local,ela  entregou o convite que conseguira à moça da entrada. No salão, música alta.Olhou para todos os presentes,e viu o ministro.O garçon passou perto dela com a bandeja de bebidas,ela pegou um copo. Foi se aproximando dele com o copo na mão, parou a alguns passos e ficou observando-o.. A hora estava avançada,e outros políticos continuavam chegando. O ministro pediu licença para  a pessoa com quem conversava,e se dirigiu ao  banheiro, ela o acompanhou com olhar até  entrar pela porta. Colocou o copo em cima do banco que viu vago e o seguiu. Segundos depois o ministro sai de lá enxugando as mãos com um lenço.
     Alguns minutos mais tarde. Um convidado sai do banheiro apressado, vai até o segurança,chama-o  à parte,em segredo conta-lhe o que viu. O segurança chama outro, e seguem para o banheiro masculino. O corpo da mulher com os olhos arregalados jazia no piso frio sem uma gota de sangue. O responsável pelo evento entra esbaforido olha a cena e diz:---Temos que nos livrar disto. Os dois--Aponta para os dois seguranças-- levem o corpo como se essa criatura estivesse bêbada. Vão pelo corredor dos fundos. Sem chamar a atenção,deipos a gente vê.--- Quando ele volta para o salão, o ministro estava se despedindo dos demais. A música tocava ao máximo, muitos dançando, e o responsável andava de um lado à outro sem saber o que é se divertir.
    No dia seguinte,o ministro entra em sua sala no supremo,abre o computador para ler as mensagens. Olha a lista de nomes de empresas,pessoas as quais lhe deviam favores. Risca o nome da senadora e do ex presidente. Sai do supremo e vai em direção ao senado. Cruzou a rua apé,, foi por um caminho  totalmente o oposto do que costumava fazer quando tinha que ir lá.
    Entrou na sala da senadora para o espanto da secretaria.Sem ser anunciado. Convenceu-a a acompanha-lo até o pátio dizendo que era necessário . A senadora riu e não discutiu, afinal era o ministro. Chegando lá, ele  certificou-se de que não havia ninguém por perto. Tocou-lhe nos ombros, os tendões saíram do corpo dele e entraram na senadora. O ministro ficou caído diante da estatua que olhava para a rua.  Ninguém viu nada. Só mais tarde.encontraram o corpo do ministro frio com os olhos arregalados e a sua pasta perto de seus pés.
    A senadora cancelou todos os seus compromissos. Pegou o celular e reservou passagem para a cidade do sul.
      Manhã de domingo,o vento assoitava os galhos das árvores em tornou do prédio. As pessoas dentro das barracas armadas em cima da calçada diante do prédio se protegiam da forma que podiam. O carro preto parou a alguns passos das delas. A senadora abriu a porta e saiu falando ao celular. Minutos depois,um homem aparece na porta e faz sinal para ela. Era o carcereiro que cuidava dos  detidos no interior do prédio.
     Assim que o senhor abatido,de barbas branca a viu,começou a chorar. Ela correu e o abraçou,o carcereiro ficou observando de longe. Assim que os tendões saíram dela e entraram no ex presidente, ele deu dois passos para trás, passou a mão na cabeça, segurou em uma cadeira. A senadora foi deslizando pela pelas barras de ferro até  cair  sem vida no chão. O carcereiro sem saber o que fazer, não entendia o que estava acontecendo. O instinto o fez retirar as chaves do bolso e abri a cela. Assim que entrou,o ex presidente agarra-o pelo  braço, os tendões saem do corpo dele e passa para o carcereiro. Do lado de dentro fica o corpo do ex presidente caído, do  lado de fora o corpo da senadora com os olhos esbugalhados. O carcereiro sai da sala e não fecha a porta. A sirene toca,imediatamente o corredor ficou cheio de polícias que observavam o estranho movimento diante da sela. As duas câmaras nas laterais tinham denunciado à sala de controle. Ninguém viu o carcereiro saindo de lá.
   A noite, o noticiário não cansava de anunciar a morte do ex presidente e da senadora. Duas mortes, num domingo de de ventos e mistérios. Os dois estendidos um do lado do outro com os olhos arregalados, e sem um lesão. E o carcereiro não tinha sido encontrado em lugar nenhum. As câmeras registraram os três, mas a causa não.
O  seu corpo  só foi encontrado perto à beira mar no dia seguinte a tarde, com uma pedra do tamanho de pires médio em sua mão.
   Os enfenfermeiros sentados, alheios só ouviram o berro do  jornalista arrancado as mangueiras que levavam souro às suas veias. Um dos dois  e o conteve. Colocou-o deitado novamente na cama. Encarando-os,ele parecia apavorado. Via-os como alguém que fossem fazer-lhe algum mal. Aos poucos, foi se aclamando e dormiu.                                                                             

                                                        Camuccelli
                                                                                                  Fim

Sobre a obra

Uma forma estranha vem do outro planeta para executar uma tarefa

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Camuccelli
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