Eu estava cobrindo o plantão de outro detetive no hotel Iate Plaza na av. Abolição. Depois de um perÃodo sem nada para fazer, no terceiro dia o subgerente procurou-me com urgência para resolver um problema no quarto 906. Subimos os dois pelo elevador e encontramos a porta entreaberta. Uma das camareiras se encontrava no meio do quarto, o rosto lÃvido a olhar a mancha de sangue que se formava no chão e que vinha abundantemente do guarda-roupa. Sem precisar forçar, abri lentamente a porta e um cadáver já enrijecido desabou de costas sobre mim, ensopado de sangue e, para o meu espanto, antes de constatar mais alguma coisa, outro corpo que estava apoiado no primeiro também surgiu. No que me afastei destes, mais um terceiro corpo saiu de dentro do guarda-roupa tornando a cena ainda mais medonha, pois se tratava de uma senhora com aproximadamente 70 anos.
Ouvindo um baque, voltei-me para trás e vi que a camareira havia desmaiado e o subgerente parecia em estado de choque a olhar para os mortos. Imediatamente, chamei-o pelo nome para que voltasse a si e pedi-lhe que chamasse um médico e, claro, a polÃcia.
Depois de ter estendido os corpos sobre o chão do quarto, passei a analisá-los em busca de pistas. Os dois rapazes que se encontravam frente a frente dentro do guarda-roupa aparentavam certa diferença de idade, estavam bem vestidos e eram bem apessoados. Examinando o ambiente minuciosamente encontrei um balde de gelo com uma garrafa de espumante ainda fechada e duas taças, o que indica que um dos três mortos não estava convidado. Uma bolsa de verniz preta no chão que, provavelmente pertencia à senhora, continha algum dinheiro, além de objetos pessoais da indumentária feminina. No mais, tudo estava no lugar, aparentemente nada havia sido roubado, nem dinheiro, nem cartões de crédito e nem objetos pessoais de valor. A cama não fora desfeita e nenhum outro objeto fora quebrado, não houve briga entre assassino e vÃtimas. Todos foram rendidos e entraram ainda vivos dentro do guarda-roupa. A senhora estava de frente, um dos homens de costas para ela e o primeiro a ser encontrado de frente para este.
Em busca de informações sobre os hóspedes junto ao hotel, soube que no quarto do crime estava hospedado Yossi Filho, a vÃtima que caÃra primeiro por cima de mim. Um milionário da indústria de sapatos de couro, 42 anos, filho de judeus, branco, olhos azuis e cabelos lisos, desses que quando muito curtos ficam espetados. Casado e pai de um menino de dois anos. O segundo estava hospedado no numero 910, no outro lado do corredor e chamava-se Alan David Soares. Solteiro, 25 anos, moreno, cabelos escuros e curtos, olhos castanhos, estatura mediana, residente na cidade de Belém do Pará, trabalhava no comércio de roupas femininas. A senhora não estava hospedada no hotel, mas tratava-se de Maria de Lourdes David, avó de Alan.
(continuação no download)
Ok! Adriana. Muito interessante. Texto elegante e de fina compreensão. Vc tem corpo de contista. Rs.
Abçs. Benny.
Oi, Adriana. rss Esqueci de deixar o comentário. Gostei muito do conto. Achei muito interessante você citar lugares particulares nas coisas que escreve.
Bjo.
Adriana. Você é boa em tudo. Adorei a esória, conto bom, prendeu-me do começo ao fim...bju
Cintia Thome · São Paulo, SP 26/9/2007 20:16
Adriana.
Quem entende de letras é bom e qualquer tipo de escrita. Teu conto é ótimo.
Parabéns
Noélio
Adriana adorei o seu conto, votadÃssimo...
Felipe Henrique · Mesquita, RJ 28/9/2007 22:06
Adriana.
O Ceará tem tradição de grandes escritores. Que bom ver aqui uma representante da Boa Terra, escrevendo de forma perfeita!
Abraços,
Baduh
Votado
Benny... Sérgio... Cintia... Noélio... Felipe Henrique... e Baduh...
Eu confesso que estive insegura com relação ao conto (uma aventura), por não dominar o gênero policial. Fico muito feliz de saber, ilustres overamigos, que vocês apreciaram este trabalho.
Obrigada de coração e flores para cada um de vocês @>--
Adriana.
Parabens mais uma vez. Muito bom, apresente-nos outros ...
Beijos. Votado.
Adriana,
chego bem atrasada, não pude vir antes... para te agradecer pelo envio do conto, dizer que gostei e votar!
Beijos,
Adriana venho pa reler e para votar, claro!
Muito bom o teu conto. De 'fadas' que és!
Grande abraço!
Suspense dá hora!
Investigativa heim!
tá pronta pra criar um personagem com nome sobrenome e RG.
um não, vários.
Teus detalhes vão montando o enredo com prestesa, cada objeto,
cada indagação nova deixa no ar perguntas, e a gente fica querendo
saber onde vai dar a investigação.
muiiiiito bom!
hora de mandar mais alguns, minha R. Chandler de saias.
bjssss, sem deixar pistas! rs rs rs
Cintia... LetÃcia.. Branca ... Humberto
Muito muitoooo fofos são vocês!
beijos e flores sempre @>--
Nossa,adorei o conto.Gostaria de saber se você permite que eu leve o conto para meus alunos,com o devido crédito,é lógico.Estamos estudando o gênero conto policial e penso que seu conto seria ótimo para exemplificar o gênero.
Abraço.
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