OLHOS “ESVERDE-ANTES�

OLHOS “ESVERDE-ANTES�


As estradas abarrotadas de trevas com o tempo
Trilhadas por mim deveriam ter-me tornado
Num ser melhor sadio e de lentes esverdeadas
Mas foi tudo ao contrario construído em tristezas
Alimentei-me de mazelas... traições de gazelas
Subtrações dos meus “eus� por aqueles que
Dei moradia no lado esquerdo de meu peito
Os céus por mim alcançados foram devidos pelos alucinógenos
Minhas crenças retornaram aos primitivos átomos
Deixando-me à mercê de quem quisesse me re-prostituir

Vi seres nada humanos “vampirescando� seus semelhantes
Vi seres “demonihumanos� esquartejando seus irmãos
Vi seres “subhumanos� realimentando de seus dejetos
Vi seres “nobrehumanos� alimentando de suas maldições azuis
Vi seres eclesiásticos de suásticas desumanas alimentando de suas mentiras
Foi assim através desses conhecimentos empíricos
Que descobri: de minha sabedoria nada vou ensinar
Para que não sejam infectados por minhas lentes plúmbeas

Ah! Mas vejam que não se deu a destruição total de meu ser
A morte se recusou de me ceifar e revitalizou minha matéria
Guardou o melhor para minh’alma...
Tornou-se dela seu inseparável e protetor: Anjo da Ressurreição
Trilhando agora as mesmas abarrotadas estradas de trevas
Que conheci uma diferente humana
Que carrega no corpo as marcas de um não lembrado passado
Fazendo-a chorar por saber que seu grande abstrato
Não compartilha mais desse doloroso legado

E são suas ações quando deveriam negrejar
As devidas vidas perfeitas todas adicionadas no in...
Pintam-nas de Pombas cantantes
Através de seus olhos “ esverde-antes� de vida celeste
Que estão a me ensinar que é ainda possível re-acreditar