Percorreu muitos e muitos quilômetros
Na gravidade, na velocidade, sem vento
Se encostou no chão, eu pisei
Se caiu na pele, escorreu.
Do horizonte não se via nada
Que saudade rebocada
que solidão estereotipada
Se foi sem sede que viveu.
Pelo furo da telha penetrou-se
Que baita oportunismo
O feito do homem é sadismo
O feito do homem é um breu.
Marido da pinga, mulher do goto
Que aos poucos apagou a tocha
Ocupou o espaço da rocha
e do Rocha que escreveu.
Passeava pelo parque, uma chuva repentina veio, e com ela esse poema.
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