Nele cabe tanta coisa, parece infinito fim.
E sei que lá está, desarvorado e frÃgido.
Talvez seja negro, transparente ou marfim...
Quem sabe se enfeie ou talvez seja bonito,
Posto nos traços de minha tez enrugada
E em meus olhos calados.
Em estado de graça, na madrugada,
Só ele me abraça o passado.
Ah, mas estes dias não se sustentam!
Deixando só as paredes,
À meia noite ele se ausenta
Levando o inverno que eu tinha.
E assim, de segundo a segundo,
Meu companheiro me doa à primavera,
Jasmim tonto de mundo,
E calma me acostumo ao que eu era.
Pergunto-me: onde guardaria tanto adeus?
Aquelas ausências fatÃdicas,
Amigas minhas e da esperança que o tudo me deu.
Naquelas varandas, mesmo triste,
Curvo os joelhos e o pensamento
E beijo o meu nada, grata porque ele existe
E manda lembranças, ainda que perto,
Do meu desejo que tudo no tudo existisse.
Este é dedicado a uma sertaneja auto-ditada. Uma mulher de fibra, que valeu muito à pena ter conhecido em minhas viagens ao interior do Estado, D. Maria Silvéria.
Não sossegaria enquanto não a definisse em poesia, porque foi assim que a li.
Brisa,
lindo poema
há mulheres e mulheres.
muitas se rebelam outras se contentam com o que
conseguem e vivem de lembranças de invernos
numa eterna primavera.
bjs
E como nada é por acaso
Tudo faz sentido
Para tudo, no nada que é tudo contido.
Bjo
Um dos poemas mais lindo que eu ja li aqui.
POR NADA..........um tudo disso em mim!
parabens, poetisa.
bjs♥;;
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