Pidido de Casamento

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Guigo F.G. · Salvador, BA
28/3/2007 · 67 · 6
 

Este poema é despreocupado com a métrica, talvez algumas rimas combinem mal e as palavras [em parte] estão grafadas, propositalmente, como são faladas aqui pelo recôncavo e litoral baiano. O propósito era pedir minha namorada em casamento de um jeito diferente. Ele foi declamado em 21 de julho de 2002, enquanto comemorávamos o batizado da nossa filha e o meu aniversário de 23 anos.


Pidido de Casamento


Parte I: A flor que existe em mim

Minha flor desabrochou
Quando no jardim encontrou
A mais bela das flores
Que me fez crescer
E perder o medo de ver
O mundo cheio de cores

Juntou seu perfume co’meu
E melhor presente me deu
O fruto do nosso amor
Uma flor tão pequena,
Bela como um poema
Que poeta sabe compor.

Parte II: O meu melhor cochilo

Agora vejam vocêis
O que é que o Deus feiz
Com esse bendito casal
Começaram fazendo filho
Mesmo sem ter milho
Pra fazer-lhe algum mingau.

Fizeram tudo pelos avesso
Trocou fim pelo começo
Nem se quer se protegeu
Cochilou por um momento
Largando a semente dentro
Viu, que o bucho cresceu

Agora não tem mais jeito
Já sou pai pra todo efeito
Só me resta aguardar
Ela já tem um mêis
e digo pra todos vocêis
que cansei de esperar.

Aproveitando a nossa festa
Com a parentesca aqui presente
Pergunto ao “presidenteâ€
Sem querer ser convencido
– Deixa Patrícia casar comigo?!

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Autoria
Guilherme Filadelfo de Gusmão [Guigo FG.]
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Carlos ETC
 

Muito legal e criativo, Guigo!
Abraço!

Carlos ETC · Salvador, BA 28/3/2007 00:13
2 pessoas acharam útil · sua opinião: subir
Saramar
 

Maravilhoso!
Irresistível!
Gostei demais.

Saramar · Goiânia, GO 28/3/2007 11:38
1 pessoa achou útil · sua opinião: subir
Guigo F.G.
 

Obrigado pessoal!!!

Guigo F.G. · Salvador, BA 28/3/2007 12:18
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Felipe Obrer
 

Guigo, me identifiquei com teu poema, mesmo morando aqui no sul. Tem um tom bem próprio.
Abraço

Felipe Obrer · Florianópolis, SC 1/4/2007 16:52
1 pessoa achou útil · sua opinião: subir
Guigo F.G.
 

Legal Felipe! Na verdade, todos nós amadurecemos um dia e o jovem muitas vezes coloca o carro na frente dos bois. Acredito ter sido por algum desses fatores que tenha se identificado com o poema, porque ele não é regional. Apenas coloquei algumas palavras na "forma oral".

Guigo F.G. · Salvador, BA 1/4/2007 22:11
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Felipe Obrer
 

Guigo, vale repetir o lugar-comum: se aprende vivendo.
O amadurecimento exige bastante "bateção de cabeça". E a ignorância, muito mais que etária, é espiritual. A paz só começa a se insinuar na vida quando a gente passa a exercitar a capacidade de amar (fico o tempo todo na tentativa, escorregando muitas vezes). É o que eu sinto.
Abraço

Felipe Obrer · Florianópolis, SC 1/4/2007 22:22
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