Cada verso tem um pouco
Do meu sangue
Da minha medula óssea
Da minha coluna vertebral
Cada verso guarda um lugar
Para as noites mais frias
E melancólicas
Cada verso é retirado do fundo de um poço
Buscando na maioria das vezes
a água mais limpa e pura
Um poço de mercúrio
Enquanto os homens
Matam em suas guerras de porcela...
Cada verso foi o silêncio das ruas
Que poliam
Imagens solitárias
Cada verso foi a vida
Que só existiu,
Depois de muito tempo
Depois de existir
Sobras e flores de plástico
Cada verso foi doloroso o desfecho
E pareceu interminável o seu fim
Mas enfim
Ganhou alturas
Como um balão de papel
O céu azul
Não posso explicar
Não teria sentido
Não posso presentear
O que a mim sequer pertence,
Não posso pedir
Que entenda
Ou respeite
Ou sinta
Ou imagine
Ou lembre-se
Doeria em meus ossos
E tenho apenas isso para me sustentar...
Para cantar
Para encantá-la
Para encantá-la
Para cantar,
Minha vida em um doce choro torto
As rimas aladas que sempre escapuliram
Das gaiolas que armei
Somente para cantar e encantá-las
Somente para isso.
Oi, Kilrio; essa imagem é sua? Se não for, seria legal dar crédito para o autor.
abs!!
legal, kilrio!!!
abraço,
Saulo, já havia colocado o crédito da imagem, mas não tá aparecendo. Aparece só o escrito na própria foto. É do 1000imagens.com A.M. Catarino.
Obrigado.
Muito bom, Kilrio!
Gostei.
Abraço!
A imágem do Catarino é deslumbrante e o poema é de nivel equivalente, por tanto eu parabeniso os dois trabalhos.
Carlos Magno.
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