Entramos. A sala é inteiramente branca, asséptica. Perto da janela, uma maca e uma máquina: uma espécie de cubo cinza (encardido, contrastando fortemente com a sala) sobre rodÃzios com um braço mecânico muito comprido – porém, dobrado, com um tubo na ponta.
Ela tira quase toda a roupa e se deita, de sutiã e calcinha. A médica nos dá goggles – aqueles óculos protetores emborrachados industriais, parecidos com os que os mergulhadores usam – sem dizer uma palavra. Coloco o meu por cima dos óculos: cabe com folga.
A médica passa uma pasta preta gosmenta nas axilas e na virilha dela. Em seguida, puxa a máquina para perto da maca, desdobra o braço e aponta o tubo do laser. Não há feixe de luz vermelha como nos filmes (isso só aconteceria se o laser fosse de rubi, ela me explica na saÃda): apenas uma lua crescente muito branca sobre os pêlos e um constante tectectec muito agudo, ocupando a faixa do espectro sonoro entre um instrumento de percussão e uma metralhadora. (O laser é de diamante, ela completaria a explicação logo em seguida.)
O processo todo não dura mais que vinte, vinte e cinco minutos. Ao desativar o laser, a médica tira os próprios óculos protetores – seguindo a deixa, retiramos os nossos. Ela se veste e saÃmos.
Pergunto se doeu. Ela diz que sim, mas muito menos que a depilação com cera.
É um tempo de milagres.
Muito boa, meu velho. :D
É... estou de volta, e agora com tempo de sobra aqui neste enorme apartamento das minhas tias na praia de Copacabana. :D
Vou colocar minha leitura dos seus trabalhos em dia.
Vamoquevamo :D
Abraços do Verde em terras cariocas :D
ah santa imaginação...pensei em cada coisa durante o tec-tec das palavras no meu cerebro...
Helder Dutra · Rio de Janeiro, RJ 9/1/2007 20:38
Que bom que voltaste ao Overmundo e que estás no Rio, Verdão!
Vais ficar até quando? Estamos tentando marcar para a semana que vem uma reunião dos overmundanos no Rio.
É um tempo de milagres. Estou pensando aqui algo para te dizer, Fábio, mas eu sempre fico pasmo diante do simples (porque significativo em excesso, talvez) e prefiro calar, por hora. Abraço.
Labes, Marcelo · Blumenau, SC 10/1/2007 23:26
Fico vou dar uma passada em brasÃlia nestes próximos dias, mas volto ao Rio na semana que vem. Fico, a princÃpio, até o meio de fevereiro...
Se for rolar uma reunião dos overmanos do Rio, e for por aqui perto de Copacabana (sabe como é, né? eu sou newbie na cidade, não me arrisco a zanzar muito), eu apareço por lá. :)
Abraços do Verde.
Verde, não tem desculpa. A reunião será na Gávea, que para os padrões cariocas é perto de Copa (15-20 minutos de carro). MAs o que é isso para quem viajou de BrasÃlia para o Rio?? ;-)
Fábio Fernandes · São Paulo, SP 11/1/2007 18:53
Tem toda razão, meu caro. Nada que um taxi ou uma carona não resolvam. Não ligue para minha preguiça de brasiliense que cresceu dentro de um automóvel :D
A gente se vê lá. Trate de ficar bom, seja lá do quê for :D
Abraços do Verde.
Ai que você tocou no ponto fraco, quero uma dúzia de sessões assim pra abandonar esse estigma de elo perdido!
Bia Marques · Campo Grande, MS 16/1/2007 23:10
Elo perdido é ÓTIMO!!
Adorei, minha doce neandertal! :-)
Verdão, já estou melhor. Acho que vai dar pra ir sim.
Fábio Fernandes · São Paulo, SP 17/1/2007 15:11
Coisa boa, meu velho!
Então a gente se encontra por lá.
Temos muito a confabular... :D
Abraços do Verde.
Valeu, Fábio, muito interessante. Parabéns!
Remisson Aniceto · São Paulo, SP 2/8/2007 14:15Muito bem, Fábio. Me lembra um pouco uma adorável crônica de Rubem Braga, "Aula de Inglês". Literatura à s vezes é isso: transformar alguma coisa inteiramente prosaica em arte.
Jorge Nunes · Estados Unidos da América, WW 16/1/2008 00:07Para comentar é preciso estar logado no site. Faça primeiro seu login ou registre-se no Overmundo, e adicione seus comentários em seguida.
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