Se fosse escritor, morderia a isca e diria: escrevo para arquitetar o futuro. Por que só consigo escrever assim. Quero leitores inteligentes. Escrevo para reflexão. Apago e corrijo. Jamais serei famoso. Sou positivo. Os outros escritores são melhores. Quem me influenciou foi meu pai. Um mutante, em extinção em público. Sou só um mutantezinho. Todos que me criticam têm razão. Aprendo com eles e faço diferente. Uso caneta, teclado e lápis. Não escrevi nenhum livro. O mundo não precisa. Busco material na vida real com imaginação. Figuras femininas são maravilhosas, e podem pensar o que quiserem, sempre. Fui abandonado por todas. A musa me ordena a escrever na hora certa. Jamais me considerarei escritor. Minha biografia se tornará uma grande ficção barata. A maioria dos artistas é pura fama e não proveito (já foi dito e cantado). Vida enquadrada. Há lenha e há brasa. Vivo da arte. Fundamento, meio e fim. A musa só consola. Lenha e brasa. Todas as anteriores são verdadeiras, até certo ponto, depois, passam a ser meremente posteriores. Sempre tentarei fazer melhor. E da� Melhorarei o caminho do fim. Chegarei lá.
Antigamente comÃamos os cérebros dos inimigos, para absorvermos sua inteligência; e o coração para roubarmos sua força e coragem. De certa forma, nunca abandonamos esses hábitos alimentares. Escritores são devorados aos montes, num banquete cada vez mais alucinado. Já perdemos o controle de quantas citações, a quem pertencem, estão arquivadas no nosso cérebro. Um verdadeiro "samba do leitor doido", lembrando Sérgio Porto (Stanislaw Ponte Preta) . No fundo, nos apropriamos só do que nos interessa, e, como tal, são parcerias com quem amamos.
Sobre "Questionário Amós Oz"
" para um poeta, ou um artista — basta a calcinha de uma garçonete para que se crie um grande romance. Ou basta olhar para um sujeito qualquer e logo inventar seu nome e sua história. São essas manhas que permitem ao escritor fugir da chatice do dia-a-dia. E elas estão longe de ser de uso privativo da categoria dos escritores."
"nem mesmo o menor dos escribas, o mais esquecido dos pobres deste mundo, deve ser considerado um morto social."
A filosofia do arqueiro Zen, sugere : " Não importa qual o alvo ou quando a flexa irá atingi-lo.O que conta mesmo, é o CAMINHO que ela vai percorrer, e como interagirá com os provavei obstáculos."
A arte é inequivoca, mas inócua quando noa se esparge e torna-se incomunicante.E a "fama" pe tão efêmera quanto a vida, proporcional...O ser tornou-se banal. O importante realmente será o fazer, no sentido de servir aos seus correligionários.
Comamos então do banquete da sapiência, para que ela crie efeito, sinergia e proficuidade !
Muito bom, Escritor !
abs, votado !
Manifesto pós-antropofágico. e é sim: incorporamos apenas o que nosso desejo investe. Diferente do querer. É raro querermos o que desejamos. E as parcerias são contruÃdas em cima de quereres - e não costumam dar certo. Outras em cima da verdade do desjeo e são mais profÃcuas. surpesa boa, Guto.
Viajei
Guto
gostei do texto
Destaco:
"Vivo de arte, fundamento, meio e fim"
Só nos apropriamos do que nos interessa!
é isso!
Bjs
Ser artista só traz uma vantagem.
Abrir espaço para que possamos gritar e mudar.
Gostei e votei..
A sua frase: "Não escrevi nenhum livro. O mundo não precisa." me faz refletir sobre o "porquê escrev'emos?" e "para quem escrevemos?" Escrever um livro somente para engrandecer o próprio ego? O mundo realmente precisa disso? A fama é efêra...
Vou continuar refletindo sobre isso...
Excelente!
Escrever é uma necessidade para um escritor. Um depuramento interior que muitas vezes nem visa à coisa nenhuma, mas que no entanto faz com que defininhe se privado disso.
Gostei do texto, Maia. Deixo aqui meu abraço e meu voto.
É pura filosofia.Adorei.Parabéns!Votado.
Orisvaldo Tanniy · Teresina, PI 21/11/2008 14:21Para comentar é preciso estar logado no site. Faça primeiro seu login ou registre-se no Overmundo, e adicione seus comentários em seguida.
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