Sinto-me entorpecida
Por uma vontade que me atormenta
E a cada dia que passa ela aumenta
Sou tomada por um desejo quase homicida
Calma! Não quero tirar ninguém da vida
Esse mistério cujo prazer (do perigo) nos tenta
Fazendo com que eu fique mais atenta
Vou matar sentimentos que me deixam perdida
Aproveitar minha vida bela
Jogar meus medos pela janela
Envenenar minha tristeza
Apedrejar minha depressão
Dar cabo da minha insatisfação
E, daqui por diante, ver em tudo a beleza.
Tati, ainda bem que existe a esperança. Gostei e muiiiiiiiiiito do teu poema. Abreijos!!!
Dayvson Fabiano "ImorrÃvel" · Recife, PE 19/4/2009 02:15
Ola Tatiana
Adorei seu soneto, especialmente quando diz claramente, que vai "homicidar" todos os sentimentos negativos que te invadem! (mas antes levei um susto, que foi curado pelo seu oportuno "Calma"...)
Voto com prazer e indicarei a amigos deste Overmundo.
Ah - Tbem tenho um texto esperando "A Doação" de votos!
A Doação
Abs,
GaMitto
É isso Tatiana!!! Mergulhar em apnéia!!!!
Beijos e votos!!!!
Pat
Tatiana,
lindo soneto
é a esperança que move nossos sonhos.
bjs
beleza de soneto tati...
beijos
Excelente soneto, minha cara Tatiana... E, em meio aos espinhos desta terra de homens que abraçam guerras, resta-nos um mergulho nos mares da esperança...! Um sincero abraço.
Jéfte Sinistro · Cabo de Santo Agostinho, PE 20/4/2009 20:49
Dar cabo da minha insatisfação
E, daqui por diante, ver em tudo a beleza.
Bela dedução! "A vida é bela!" VOTADO
Tatiana que beleza seu soneto, gostei e votei, parabéns!
kfarias · Ãguas de Lindóia, SP 20/4/2009 23:41
Obrigada a todos pelos
comentários e pelos votos!
Abs.
Isso que é mensagem forte! Perfeito! Que Seja sempre assim, poesia bonita e pensamento feliz! Parabéns! Bjs.
poesiabrindada · Rio de Janeiro, RJ 21/4/2009 00:01
Votada! Beleza de soneto! Uma lição para todos... Estou com um na fila de edição; dê uma olhada e não se esqueça de mim...
http://www.overmundo.com.br/banco/cada-um-da-o-que-tem
Greta Marcon Ponte Nova MG
beijosssss
Votdo, Tatiane, com meu abraço e beijo.
Abaixo, um textinho sobre o sonto que acredito qu você gostará de ler.
HISTÓRIA DO SONETO
Ao que tudo indica, o soneto - do italiano sonetto, pequena canção ou, literalmente, pequeno som - foi criado no começo do século XIII, na SicÃlia, onde era cantado na corte de Frederico II da mesma forma que as tradicionais baladas provençais. Alguns atribuem a Jacopo (Giacomo) Notaro, um poeta siciliano e imperial de Frederico, a invenção do soneto, que surgiu como uma espécie de canção ou de letra escrita para música, possuindo uma oitava e dois tercetos, com melodias diferentes.
O número de linhas e a disposição das rimas permaneceu variável até que um poeta de Santa Firmina, Guittone D'Arezzo, tornou-se o primeiro a adotar e aderir definitivamente àquilo que seria reconhecido como a melhor forma de expressão de uma emoção isolada, pensamento ou idéia: o soneto. Durante o século XIII, Fra Guittone, como era conhecido, criou o soneto guitoniano, padronizado, cujo estilo foi empregado por Petrarca e Dante Aligheri, com pequenas variações. Tais sonetos são obras marcantes, se considerarmos as circunstâncias em que eles surgiram.
Coube ao fiorentino Francesco Petrarca aperfeiçoar a estrutura poética iniciada na SicÃlia, difundindo-a por toda a Europa em suas viagens. Sua obra engloba 317 sonetos contidos no "Il Canzoniere", a coletânea de poesia que exerceu inflência sobre toda a literatura ocidental. As melhores poesias desse livro são dedicadas a Laura de Novaes, por quem possuÃa um amor platônico. Destacam-se os recursos metafóricos e o lirismo erótico dos sonetos.
Dante Alighieri, o autor da consagrada "A Divina Comédia", e também um seguidor de Guittone, em sua infância já compunha sonetos amorosos. Seu amor impossÃvel por Beatriz (provavelmente Beatrice Portinari) foi imortalizado em vários sonetos em "Vita Nuova", seu primeiro trabalho literário de grande importância.
Anos se passaram até que dois Ãcones da literatura mundial, um inglês e um português, deram ao soneto, cada um ao seu modo, o toque de mestre: William Shakespeare e Luis de Camões.
Camões freqüentou a nobreza em Portugal, mas foi exilado por suas posições polÃticas. Passou alguns anos na prisão, de onde saiu com "Os lusÃadas", uma obra que o colocou entre os maiores poetas de todos os tempos. Apesar disso, morreu pobre. Escreveu diversos sonetos, tendo o amor como tema principal.
Shakespeare, além de teatrólogo, desenvolveu uma habilidade única na poesia. O seu soneto, o soneto inglês, é composto por três quartetos e um dÃstico, diferente da composição original de Petrarca. O mais célebre dos escritores ingleses escreveu diversos poemas, alguns deles recheados de metáforas. Curiosamente, sua obra Romeu e Julieta destaca um soneto, bem no inÃcio do diálogo entre os seus protagonistas...
Desde então, o soneto adquiriu importância ao redor do mundo, tornando-se a melhor representação da poesia lÃrica. Alguns casos são notáveis: o poeta russo Aleksandr Pushkin compôs Eugene Onegin, um poema repleto de sonetos adotado por Tchaikovsky para compor uma de suas óperas; o francês Charles Baudelaire ajudou a divulgar os versos alexandrinos em Les Fleurs du Mal. Até Vivaldi usou-se de sonetos.
E por falar em versos alexandrinos, utilizados por muitos sonetistas, eles remontam - segundo alguns dicionários da lÃngua portuguesa - a uma obra francesa do século XII chamada Le Roman d'Alexandre, e significam versos de DOZE sÃlabas poéticas. Porém, os dicionários da lÃngua espanhola - apesar de apontarem para a mesma origem - insistem em afirmar que os versos alexandrinos são aqueles que contêm CATORZE sÃlabas gramaticais. Dê uma olhada nos versos que influenciaram decisivamente a poesia na Alta Idade Média e que eternizaram o nome de seu autor e de sua obra, e decida qual a melhor definição...
Finalmente, após aderir ao humanismo e ao estilo barroco, o poema dos catorze versos acabou sendo desprezado pelos iluministas. No século XIX, ele voltou a ser cultivado, com mais fervor, por românticos, parnasianos e simbolistas, sobrevivendo ao verso livre do modernismo - que viria em seguida - até os dias atuais.
Brida,
Adorei a história do soneto. Muito obrigada!
Bjos, Tatiana
É issi aà Poeta sonetista...
Serei eu teu seguidor: ver em tua a beleza!
bjs
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