as estrelas infinitas e perdidas invadiram a cidade: turbilhão de estrelas incandescentes e sinistras e sobretudo pequenas demais para suas mãos, para suas mãos muito dignas, pudessem se defender delas, podia-se dizer o numero de contar a tarde inteira, contar a tarde inteira, nas ruas sem mureta de cidade pequena, cidadela imensa que esta para terminar agora, respirando o nada até chegar a não respirar
as estrelas infinitas e perdidas luzem e reluzem enquanto caem e a beleza é ofuscada pela morte instantânea dos sujeitos da cidade: teóricos e trabalhadores, gente que se multiplica, se multiplica sem somar, antes deles se foram os satélites, depois as construções, depois os medos (o absurdo não está separado nem da vida, porque o seria da morte?), o turbilhão de estrelas incandescentes não podem se multiplicar, mas se somam até formar uma massa de luz sonora que se tange no horizonte- luzes bemóis e sustenidas que espantam esta tarde- de tal maneira estetizante e barroca que lembraram-se que, sem música, a vida é erro; esquecer pode ser ouvir, de qualquer forma, não poderia haver finitude mais lógica.
Muito bom o texto, Fernando! Continue produzindo!
abraço!
Gostei muito do texto! Muito mesmo.
Parabéns.
Alessandra e alcy (dois A´s)
obrigado
mesmo
Muito bom.
Adorei!!
Principalmente desta parte:
(o absurdo não está separado nem da vida, porque o seria da morte?)
vale pensar...
fernando niero é um talento!
telerama · Fortaleza, CE 15/4/2007 08:31Para comentar é preciso estar logado no site. Faça primeiro seu login ou registre-se no Overmundo, e adicione seus comentários em seguida.
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