Tradição da Mudança: A Rede das Festas Populares Brasileiras

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Hermano Vianna · Rio de Janeiro, RJ
26/3/2007 · 104 · 3
 

Artigo publicado na Revista do Patrimônio, nº 32 / 2005, edição sobre Patrimônio Imaterial e Biodiversidade organizada por Manuela Carneiro da Cunha. Tem partes sampleadas de outros dos meus artigos já publicados aqui no Banco de Cultura. Mas há coisas novas também, começando por comentários sobre gigantesca nova popularidade da ciranda na região amazônica.

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Hermano Vianna
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Spírito Santo
 

Hermano,
Desculpe mas talvez eu não tenha compreendido muito bem o que você quis dizer em certas partes deste seu último artigo. Bom, tá certo, não é novidade que me incomoda um pouco o fato de todo artigo seu bater na tecla do 'elogio á mestiçagem'. Já disse que gostaria de escrever á respeito mas, apesar de já ter feito a consulta, continuo sem saber se polemizar sobre isto cabe no Overmundo e, por isso fico na minha. mas agora não é isto não. É coisa de divergência de conteúdo mesmo. Vamos nessa:

Pelo que se sabe, o auge da Festa do Divino foi ali por volta de 1845, quando os cariocas já estavam carecas de fazer Carnaval (que era, evidentemente, uma coisa completamente diversa do que era a Festa do Divino). Eram portanto festas contemporâneas, nenhuma contradição havia entre uma e outra (muito pelo contrário) Por outro lado, o que se passou a chamar mais tarde de Samba (como você mesmo sabe) já existia muito antes de receber este rótulo (já rolava é claro, no som das nas bandas de 'barbeiros', nos 'Ticumbis' e, até no 'Entrudo, que era o Carnaval da época, para os íntimos), Afinal que dicotomia poderia haver entre Samba, Festa do Divino e Carnaval? Não sei de onde você tira esta relação de causa e efeito, esta hierarquização entre coisas e circunstâncias tão diferentes. E o mais curioso: O que teria brasilidade a ver com o assunto? Festa do Divino, Samba, Carnaval , não são todas coisas do Brasil? Ou não? Bem, poderíamos nos referir á lusitanidade evidente da Festa do Divino mas como, se é justamente à esta que você atribui uma improvável brasilidade? Diretamente, acho que Samba e festa do Divino só tem a ver com Carnaval por que este é uma espécie de síntese de várias manifestações populares, de rua que, como a bagunça se organizando, ali pela virada do século 19 para o 20, se aglutinaram. A Diversidade se afirmando, certo? (Aliás acho que o conceito Diversidade está mal compreendido. Recomendo cuidado com isto porque a aculturação vive desta sutil diferença, afinal, não é difícil entender o que é Diversidade real: é só olhar na natureza).

Não entendi também a que - ou a quem - você está se referindo quando define um tipo de tradicionalista que, supostamente seria contrário ás suas teses (?). Alguém que coloca a culpa de algo (que você não esclarece bem o que) nos meios de comunicação, em Hollywood, na globalização? Parece uma polêmica mas cadê o outro polemista? Foi isto mesmo que ele defendeu? Digo isto – e peço desculpas aos colegas pela personalização deste post - porque reconheci algumas frases neste seu artigo que se parecem com coisas que andei escrevendo por aqui só que você as cita, totalmente fora do contexto nas quais eu as escrevi (e olha que algumas destas colocações eu fiz diretamente em a comentários aos seus artigos).

Portanto, na boa, repito: Não tenho certeza se polemizar sobre estes temas assim tão...antropológicos, cabe aqui no Overmundo. Se couber, vou ter o maior prazer em escrever á respeito.

Abs,

Spírito Santo · Rio de Janeiro, RJ 26/3/2007 08:37
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Hermano Vianna
 

oi Spirito Santo: claro que pode escrever

mas só lembrando uma coisa: o texto acima foi publicado em 2005, portanto bem antes do Overmundo existir...

outra coisa: não escrevi que não havia carnaval no Século XIX, apenas que o carnaval só virou realmente a "grande" festa carioca no Século XX

Hermano Vianna · Rio de Janeiro, RJ 26/3/2007 19:42
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Spírito Santo
 

Faltou dizer, Hermano. Faltou dizer. Vou escrevendo então.
Abs

Spírito Santo · Rio de Janeiro, RJ 26/3/2007 19:45
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