Houve um tempo em mim
em que a solidão, de tão vertiginosa,
submergia na espuma votiva do silêncio.
Tempo em que me cabiam a imobilidade das pedras
e o choro comburente dos jasmins.
É preciso hoje te falar daquele tempo,
quando o que me incandescia, antes do fogo,
era o deserto, como o bico feroz do esquecimento,
que, de tanta ausência, fabricava na espera o antitempo.
Mas, como a dor é sempre um parto em movimento,
um dia floresceu em mim o corpo nu da esperança,
como se um adocicado cacho de abelhas
reinventasse, na tristeza, a alegria,
no amor, o alimento.
Foi quando descobri o gosto de tua boca,
tua viçosa luz, essa transmudação!
Só então percebi que as línguas tinham sinos
e que os beijos, além de tudo,
eram crianças trapezistas,
como pequenos anjos bêbados
equilibrados ao som de violinos.
Obrigado, amor, pela doce desordem de tua língua.
Obrigado pela loucura justa dos teus seios.
Por teus beijos - poemas em desespero.
Por tua respiração arfando - terno murmúrio de esperança.
Meu amigo... o que é isso?
Estou embevecido de poesia.
Fantástico!
Parabéns!
Olá... daqui deste além mar, vejo este mar de amor,este arrumar de corpos... parabéns. Abraços
analuizadapenha · Natal, RN 19/3/2007 01:08Um relicário de imagens etéreas para se guardar na alma.
Cida Almeida · Goiânia, GO 19/3/2007 09:34
Poeta Jorge
desculpe a indelicadeza de não lhe agradecer antes, mas só hoje retomei as atividades. E, como nunca é tarde, mais uma vez obrigado por suas palavras estimulantes. Um abraço.
Analuiza,
obrigado, quanta saudade de Ponta Negra, da carne-de-sol do Bidoca, do Farofa d'Água, da feirinha de artesanato, das dunas-seios de Genipabu e da água de coco gelada ao fim do dia! Espero neste fim de ano voltar adesfrutar esse poema da natureza que é Natal. Obrigadão. Bjs.
Cida,
mais uma vez muito obrigado por suas palavras, sempre tão generosas e carinhosas. Vindo de você, herdeira de Cora na geografia e na literatura e cujos textos são tão belos, é um estímulo sempre renovado. Obrigado mesmo. Bjs.
Quanta beleza, hein Nivaldo!
Muito bom!
Abraço!
Valeu, Carlos. Muito obrigado.
Abração.
Poeta, quando leio algo tão belo, passo a achar todas as minhas pequenas tentativas mais triviais ainda.
Maravilhoso, belíssimo poema.
beijos
Ô, Saramar, não diga isso! Sua poesia é muito bela e nada trivial, ainda que nada tenha contra o trivial, pois os acontecimentos mundanos e triviais são a matéria-prima essencial da poesia. Bjs.
Nivaldo Lemos · Rio de Janeiro, RJ 19/3/2007 14:54
...sua poesia faz até a libido aflorar, rsrs
e ai vem um desejo louuuuuuco de arriscar de novo
no amor.
mas...
lindo demais esse poema, mto.
bjssssssss;
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