Noite.
Na confluência dos meus lábios
ainda tremulam vestÃgios do desejo
que tua ausência me deixou.
Que mistério, essa volúpia?
Em que matéria o amor se cumpre?
De que semente germina?
Que mecanismo o deflagra, como animal no cio,
como as águas de um rio?
Como saber se é amor, de tanta ardência,
de quase grito, de tanta impaciência!?
Amor que se confunde em cheiros,
que mesmo ausente permanece,
amor de gruta e lábios, de ninho e pássaro,
como beijos alados que conduzem
a brisa, o vento, a tempestade,
e que, depois, saciado, me dorme e me amanhece...
Ah, amor,
essa tua umidade orgânica, subterrânea,
como um gosto dolorido de dança, grito, festa,
seio, chuva, gozo, fogo, paixão, afago,
que me alucina as mãos e me franze a testa...
é a própria condição de fêmea, que amulhece no meu corpo,
se fazendo verbo no presente do amor,
no futuro do infinitivo de teu nome,
Helena.
amor que se confunde em cheiros.. gostei!
:)
beijo!
Teluricamente sensual e poeticamente vestido de todos os mistérios o teu verbo. BElO!
Cida Almeida · Goiânia, GO 22/3/2007 16:49Nivaldo, que coisa linda, quanta paixão!!!
Marcos Woortmann · BrasÃlia, DF 22/3/2007 18:09Obrigado, Marcos. Foi de fato uma grande paixão que passou e ficou registrada no poema. É a vida. Um abraço.
Nivaldo Lemos · Rio de Janeiro, RJ 22/3/2007 18:28
Dá para sentir a paixão em cada palavra! Excelente!
Abraços
Muito obrigado, Fê. Fico feliz de que você tenha gostado. Valeu mesmo. Abração.
Nivaldo Lemos · Rio de Janeiro, RJ 22/3/2007 18:44
Nivaldo, teus poemas merecem sempre uma nova visitação. É muito bom relê-los e tê-los presentes na mente.
Meus parabéns!
Puxa, Poeta, que bom saber que você gostou. Muito obrigado por suas palavras sempre tão gentis. Um abraço.
Nivaldo Lemos · Rio de Janeiro, RJ 24/5/2007 15:25
Que beleza de poema, Nivaldo! Eu adorei demais. Meus sinceros aplausos.
carlos Magno.
...e nos reconditos da alma outros amores fraternos nos dão o equilibrio....fora isso, o amor é mesmo uma engenhoca que inflama nossa alma. Mas... nos faz compor e isso é bom! penso. Pois amanheceria em suas poesias, Nivaldo.
bjsssssssss;
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