VOLVER
Avalanche
em sentido contrário
como se a neve retrocedesse
ao topo da montanha
Gotas d’água
subindo às nuvens
como se o raio se arrependesse
depois do estrondo
Fogo brando
recolhendo todo o ardor
como se a faÃsca se desse
conta de um engano
Rajada diluindo-se
num breve suspiro
como se a lufada retornasse
ao fôlego primitivo
Palavras desfazendo-se
em meio ao poema
como se a emoção descrita
aviltasse a metáfora
Coração atônito
pulsando em outro ritmo
como se fosse exeqüÃvel
abrandar seu instinto
Acostumar-se ao vazio
dentro de si mesmo
como se nenhuma paixão
houvesse havido
Esconder nos olhos acesos
o tamanho da perda
como se a escuridão
resumisse o exÃlio
Dissimular a vontade
em gestos mÃnimos
como se fosse possÃvel
voltar o já acontecido
"Avalanche
em sentido contrário
como se a neve retrocedesse
ao topo da montanha"
É a lei dos movimentos contrários, poeta. Ela se processa a cada instante diante de nossos olhares astigmaticamente mÃopes.
Muito boa concepção!
Valeu. Um bom final de semana!
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