Novamente, um poema que se poderia dizer musicado. No entanto, é somente falado este poema e editado com sonorismos. Febre #11 integra o livro que será publicado aqui no Overmundo, Falações, e estes registros são, como se diz, propaganda. No entanto, muito carinho tenho por estes áudios. Sim, sim.
voz sintética:
não terás colo nem peito
nem berço nem andador
a tua dor será contigo
a tua dor será contigo
a tua dor
(repete ad infinitum)
voz azul:
terás de ter paciência
(molemente paciente,
molemente forte:
fraco, mas com leveza:
azul)
voz sintética, em ritmo frenético:
a tua dor!
(a voz que te dirá o que fazer!)
Deus?
Onde?
Labes,
Não me atrevo a comentar o poema pq não é a minha área, mas me sinto a vontade para falar do aúdio.
Eu havia escutado o anterior e por estar "ausente temporariamente" do Over, não pude comentar. O que aproveito para fazer aqui junto com este.
É certo que nem uma idéia é nova ou original e para que ela se destaque como tal, ou, faça-se valer, é necessário executá-la com o melhor em cada detalhe que compõe a realização do trabalho surgido da idéia ou desejo.
Se tratasse de um trabalho escolar de algum adolescente, eu diria que estava bom. Mas não é o caso.
O trabalho não está bom, pq não há uma interpretação do texto. O locutor, visívelmente não é ator. E esta função, a de interpretar, ainda que só com a voz, é de ator.
Enquanto esta questão não for solucionada, todo o resto fica sem valor.
Quando eu estava gravando a radionovela, cheguei a gravar com 5 atrizes dieferentes. Se vc soubesse como ficaram diferente as versões...
Tenta gravar de novo com um ator e verás a diferença.
http://www.overmundo.com.br/banco/so-uma-vez-na-terra-piloto-de-radionovela
Boas palavras. Parabens pelo feito.
Sucesso.
abç
Você poderia ter colocado em word também o texto?
Mas bacana.
Bacana, Marcelo!
Bem diferente
Abraço
http://interludios.blogspot.com
Kais, obrigado por me agraciar com tão belas palavras de pessoa experiente que és. Mas veja bem: não estamos falando de texto dramatúrgico, estamos falando de poesia. Então, nesse, ponto, preciso te dizer que não colocaria um ator para dizer - veja que não digo interpretar - um poema meu simplesmente porque o poema... é meu! Entendeu? Se eu tivesse escrito algo que quisesse ver na voz de um ator, lá estaria, e então o ator poderia dizer muito bem aquelas palavras. Agora como esse texto foi parido por mim e para mim e no máximo integrar o Falações, achei que seria interessante se eu o dissesse como eu o vejo (tanto que acabei descobrindo muitas outras leituras para ele).
Agora, Kais, não pretendo me tornar nunca um áudio-poemista famoso, essas coisas, não gravarei um CD. Por isso, não respeito a tua fala de que todo o resto perde valor. Acho, pelo contrário, que acrescenta. Mas quem sou eu para dizer alguma coisa, sendo que fui eu que fiz o áudio.
Desculpem-me, mas este não era o Febre #11.
Labes, Marcelo · Blumenau, SC 28/12/2007 12:31
Labes,
Minha visão é a de um profissional avaliando o trabalho de outro profissional. O forte desse trabalho, está na mensagem falada que em alguns momentos não é compreensível. Por falta de técnica na postura vocal e na interpretação.
Até onde eu saiba, e reconheço que não sei muito de literatura, existe sim uma dramaturgia nas poesias e poemas que merecem a interpretação de atores ou atrizes quando apresentados através de aúdio, como vc está se propondo.
Talvez eu tenha me expressado mal quando eu falei que tudo o resto se perdia, mas é que não encontrei outra forma de dizer que um corpo sem cabeça, não é um corpo.
Agora, não é ruim se tornar um áudio-poemista famoso, ainda mais quando se gosta da coisa. Só tens que melhorar no que eu lhe disse.
E vc usando atores, vai se destacar muito mais como autor e diretor. Sim! Pois até para interpretar textos, os atores e atrizes necessitam de um diretor.
Com a tecnologia de hoje, é possível gravar este texto em qualquer lugar do Brasil e enviá-lo via Internet. Se vc quiser, posso lhe conseguir uma lista de contatos de bons atores e atrizes que lhe fariam numa boa esse trabalho.
Ficou bem legal, Labes.
Gosto muito destas "falações"...
FELIZ 2008!
Abraços
Voltei para ouvir. É da alma pra tua alma. Voto.
Sinteticamente sintético: voz/vozes/ruídos. gostei.
João Bosquo · Cuiabá, MT 31/12/2007 13:39
João, acho que compreendeste onde quis chegar (para a beira do poético, do ruidoso, e para longe do novelístico). Obrigado pelo comentário sintético, sintetizador.
Abraço e bom ano novo.
Olá, Labes!
Ao meu ver: o todo do Poema, é de prima.
Quanto a interpretação do mesmo, na minha parca interpretação, acredito que faz valer a idéia apresentada: áudio-poema.
Daí como sou vidrado em poema escrito,
confesso-lhe que gostei do que li!
Tenha um 2008 de Paz, Saúde e Poeticidade.
Abçs. Benny Franklin
Benny, perdoe-me o atraso do agradecimento e do reconhecimento. Há muito tinha lido teu comentário, que muito me deixou contente. Pelo atraso, me desculpo - e te refaço todos os votos de um ano muito bom.
Abraço.
Labes.
Poesia para mim é coisa sagrada, que se extrai pelo bico do funil estreito, com gosto de entranha e com sonoridade muitas vezes estranha.
Poema para mim é um rebento, de parto muitas vezes doído e lento; bicho sem cor, nem norma, mas todo corpo e forma.
Eu prefiro bradar as minhas crias e as de outros bardos secamente, sem auxílio de áudio. Mas viajo nas execuções dessa natureza e estou acompanhando seus registros.
Penso como você: "dizer" um poema é outro papo, "para longe do novelístico".
Viu o link para o MÚSICA deixado por mim na colaboração anterior?
Abraço!
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