Atelier Cores de Reis

Vestir-se de acordo com a moda pode ser banalidade ou é uma banalidade vestir-se e não pensar sobre isso? Felizmente as pessoas começam a dar vazão às suas idiossincrasias, e de repente (ou com repente), não mais que de repente, surgem as mais diversificadas tribos contemporâneas, urbanas ou não. Diante de nós brotam a diversidade material e de pensamento, refletidas e manufaturadas sobre a gente insatisfeita com a homogeneidade que os retrata sob uniformes e diluídas sob leis rígidas de comportamento.
Sobrevém, assim, o vestir-se como uma forma de manifesto pessoal, como um grito de liberdade que permite que se diga: - Ei! Eu sou assim! Pode ser um grito em forma de cores berrantes, ou do peso dos metais, refletindo os tons da consciência. Vestir-se se torna uma expressão autoral. As roupas tornaram-se nossos adereços, aquilo que nos sentencia e nos qualifica, nossa plumagem estratégica: cada palavra explicada de nosso eu espiritual em cada botão, corte, acessório.
O Atelier Cores de Reis é uma pequena fábrica de sonhos (como a famosa fábrica de chocolates) que veio para atender pessoas que se preocupam com sua expressão nos mínimos detalhes. Tudo aqui é produzido manualmente. As roupas e adereços delirantes são experiências de laboratório com tecidos, linhas, contas, pedrarias, conchas, vidro, barro, ferro, vergalhão, brita, cimento (desculpe, cimento não!). Quase tudo vira roupa, arte e estandarte nessa pequena lojinha escondida na Rua Dom Fernando.